A indústria brasileira de eletroeletrônicos registrou um crescimento expressivo em 2024, com 117,7 milhões de aparelhos vendidos ao varejo, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. O setor teve o melhor desempenho da última década, segundo a associação Eletros.
“A boa notícia não sai só do forno. Ela sai da geladeira, da TV, da air fryer, do ventilador”, brincou o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, ao comentar com a imprensa os dados.
O segmento de ar-condicionado foi o destaque do ano, com crescimento de 38% e produção de 5,8 milhões de unidades. Em 2023, foram produzidas 4,2 milhões. A demanda aquecida impulsionou a expansão da indústria.
A linha portátil, que inclui cafeteiras, secadores de cabelo e ferros de passar, também apresentou forte crescimento. Foram comercializados 80,8 milhões de equipamentos, 33% a mais do que no ano anterior.
A linha branca, composta por fogões, máquinas de lavar e geladeiras, teve alta de 17%, com 15,6 milhões de unidades vendidas. Já o setor de televisores e equipamentos de áudio cresceu 22%, atingindo 13,4 milhões de unidades.
Mesmo após o impacto positivo das Olimpíadas, o setor manteve um ritmo forte, atingindo seu maior volume de produção em 10 anos. A Eletros prevê investimentos de R$ 5 bilhões até 2027 para expansão do setor.
Para 2025, as projeções da Eletros apontam um crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Já em uma perspectiva mais conservadora, a expansão esperada é de cerca de 5%.
Texto: Yuri Ferreira
Fonte: Revista Fórum