Tarifaço de anunciado de Donald Trump provavelmente não ficará impune no Brasil. Em urgência, a Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei que permite o poder executivo adotar contramedidas a países ou blocos que criarem taxas restritivas a produtos de brasileiros. A medida da aval para o governo revidar os 10% impostos pelos EUA. Saiba mais na TVT News.
Como foi a votação na Câmara?
O relator, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), apresentou parecer favorável ao texto que permite ao Poder Executivo adotar contramedidas em relação a países ou blocos econômicos (como os Estados Unidos e a União Europeia) que criarem medidas de restrição às exportações brasileiras, sejam de natureza comercial (sobretaxas) ou de origem do produto (de área desmatada, por exemplo).
De autoria do Senado, o Projeto de Lei 2088/23 será enviado à sanção presidencial. O Itamaraty publicou na noite de terça-feira (2) uma nota oficial sobre a taxação de Trump. No texto, o órgão afirmou defender os interesse nacionais, o que permite supor que o governo federal tem tendências em aprovar a reciprocidade alfandegária.
Entenda a taxação de Trump
O anuncio de Trump aconteceu na noite de quarta-feira (2). De acordo com os documentos publicados pela Casa Branca, o Brasil será taxado em 10% sobre todas as importações provenientes do Brasil. A medida faz parte de um pacote de guerra tarifária aplicado a diversas nações que cobram taxas sobre produtos norte-americanos.
Durante coletiva de imprensa, Trump explicou que as novas tarifas serão calculadas com base na alíquota imposta por cada país sobre produtos dos EUA. Segundo contas apresentadas por ele, os Estados Unidos aplicarão aproximadamente metade das tarifas que esses países cobram.
“A partir de amanhã, os Estados Unidos implementarão tarifas recíprocas em outras nações. Vamos calcular a taxa combinada de todas as suas tarifas, barreiras não monetárias e outras formas de trapaça, e vamos cobrar deles aproximadamente metade do que eles têm nos cobrado”, afirmou o presidente Trump.
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Fonte: Agência Câmara de Notícias