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Por 11:16 Banco do Brasil, Destaque, Regional Curitiba

Sindicato leva a Brasília reivindicações de funcionários da CRBB

Cumprindo agenda em Brasília no final de fevereiro, o diretor do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região Alessandro Garcia (Vovô) levou ao executivo da Unidade Atendimento de Canais (UAC), Isaac Nicholas, a pauta de reivindicações dos funcionários da unidade de São José dos Pinhais da Central de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB).

“Com a recente mudança da CRBB, saindo da administração da Vivar (Vice-presidência de Varejo) e retornando para a UAC, a expectativa dos funcionários e do movimento sindical é que a Central de Relacionamento volte a ter um papel preponderante no atendimento ao cliente e, consequentemente, proporcionando ao cliente uma melhor experiencia no relacionamento com o banco”, explica Vovô. “Essa mudança tira das agências e do atendimento gerencial via aplicativo as situações em que o cliente será atendido em tempo mais hábil na CRBB e o funcionário da Central pode aproveitar todo o potencial de todos os clientes BB”, destaca, afirmando que diversas outras situações deixam os funcionários das Centrais, especialmente os de São José dos Pinhais, insatisfeitos com a situação que permanecia. “Junto com isso, esperamos também a valorização dos atendentes e melhorias nas suas condições de trabalho. Por isso, voltamos a cobrar do banco o atendimento das reivindicações dos bancários da CRBB”, completa.

Reivindicações da CRBB

 Cumprimento pleno da NR-17

Com vários atendimentos sendo realizados ao mesmo tempo pelos funcionários e intervalo mínimo entre as ligações, a NR 17 não está sendo cumprida na Central.

 Preenchimento de vagas na CRBB

As vagas em aberto de atendentes, função de entrada na CRBB, têm sido um problema constante nos últimos anos. Esses claros dificultam muito o trabalho dos atuais funcionários, trazendo muitas vezes acúmulo de atendimento e, principalmente, impedindo muitos funcionários de seguir seus planos de carreira, já que existe uma limitação e a trava no limite de saídas, mesmo todos sendo casos de promoção.

A última convocação, de 25 novos funcionários, amenizou brevemente essa situação, porém, a existência de 2012 vagas não preenchidas no prefixo 9940 (que reúne as Centrais de São José do Pinhais, São José (SC) e Recife) faz com que o problema persista e sem um novo concurso ou a valorização da função a tendência é a piora no quadro e o fechamento da CRBB.

 Valorização salarial

Atendentes acabam exercendo na ampla maioria das vezes atividades de Assistente e até de Gerente de Relacionamento. Com a recente a valorização da função de Assistente, aumentou o desinteresse no cargo de atendente da CRBB, já que um Atendente após 90 dias no cargo (para os novos concursados) acaba tendo um VR próximo de R$ 4.500 e um Assistente pode ter um VR de no mínimo R$ 5.700, podendo chegar a R$ 6.338. Com isso, a diferença para o atendente varia entre R$ 1.200 e R$ 1.800.

 Fim da estagnação na carreira

O clima é ruim nas CRBBs (as Centrais mais antigas têm resultado pior em algumas questões da pesquisa sobre felicidade, clima no ambiente de trabalho, etc.). Esse resultado é consequência do tempo médio de função, que chegou a ser de 9,7 anos, acima do limite de tempo para se trabalhar com teleatendimento, que, segundo estudos, é no máximo a metade dessa média de tempo.

A sensação de desânimo, desvalorização e principalmente de sobrecarga de serviços/metas continua, muito devido ao impedimento/dificuldade em seguir carreira e sair da Central e da desvalorização salarial quando comparado com todos os demais cargos comissionados do banco.

 Fim da competitividade extrema nas premiações

O nível de competitividade é exacerbado na CRBB. Mesmo com aumento no percentual de indicados no PDG, passando de 30% para 40%, e aumento na quantidade de faixas, passando de 3 para 5, porém com redução significativa no valor dos prêmios, com o maior percentual de premiados na última faixa, 20% com prêmio bruto de 0,3 VR, sendo que no primeiro semestre de 2019, apesar de serem 3 faixas de premiados, eram 10% de premiados em cada faixa, o nível de competição é tão extremo que como consequência tem sido elevado o índice de adoecimento/afastamento.

O Sindicato tem relatos de terem começado a surgir “roubos” de contratos, tanto entre CRBB X Agência como entre CRBB X CRBB.

 Novos concursos

Os funcionários da CRBB SJP alertam para a necessidade de realização de novo concurso. Mesmo que haja a valorização do VR dos Atendentes, necessária para que tenha atratividade na vinda de funcionários de outras regiões, como sempre foi o histórico da Central em SJP, a CRBB ainda é vista como porta de entrada no banco, como tem sido nos últimos 20 anos e com muito sucesso pela preparação que esse funcionário vinha tendo ao longo do processo da central e que acabava sendo sempre entre os mais almejados nas concorrências dos demais departamentos/agências do BB;

 Melhora do público-alvo das CRBBs

Com valorização do quadro próprio em relação ao quadro contratado, ao direcionar atribuições de atendimento e venda de um público selecionado para o quadro contratado, isso compromete a qualidade do atendimento.

“Sabemos do potencial do funcionário do BB, quando comparado a um funcionário de atendimento terceirizado, e, com certeza, o foco no quadro próprio iria não só trazer uma maior rentabilidade para o banco, como uma melhora na satisfação com a qualidade do atendimento, considerando a preparação e a qualificação do funcionário BB e a facilidade com que esse funcionário atua com um público mais diversificado. Ele poderia atingir as suas metas, que muitas vezes podem se tornar inatingíveis justamente por durante muito tempo ter como foco somente o público não encarteirado”, explica Vovô.

A avaliação do Sindicato é que a CRBB virou um “Escritório Digital do carteirão”, pois para conseguir atingir as metas, os Atendentes estão precisando buscar clientes da Carteira para oferta ativa, isso durante o atendimento receptivo, deixando de lado o atendimento resolutivo de problemas dos clientes.

 Fim da distorção dos resultados

Atualmente, até mesmo Gerentes de Setor, além dos Gerentes de Grupo, estão fazendo contatos ativos com Cliente com o objetivo de realizar vendas e negócios, buscando assim o atingimento das metas. Além do problema de desvio de função, isso gera uma distorção dos resultados, uma vez que as vendas são gravadas apenas pelos Atendentes, isso gera um problema de possível favorecimento de alguns Atendentes, pois o direcionamento dessas vendas fica a critério do Gerente de Grupo, sem contar o contato com o Cliente que não tem sido feito pelos canais oficiais do banco e pode gerar problemas, inclusive com processo administrativo e descumprimento do código de ética do banco.

 Fim da exposição de ranqueamento de desempenho

Apesar de proibido pela CCT, o ranqueamento de desempenho é publicizado internamente, com a permissão de acesso de qualquer atendente/funci na consulta do Conexão tendo acesso ao resultado de outros atendentes.

 Revezamento das equipes

Os funcionários reivindicam o revezamento entre Atendentes que trabalham com o “Real Time”, pois esses acabam sendo privilegiados com uma maior facilidade no atingimento das metas e indicação dos respectivos atendentes ou gerentes a promoção como por exemplo a promoção dos últimos três gerentes de grupo que gerenciaram essas equipes.

 Fim do desvio de função no atendimento especializado Cooperativa e Franquia

A reivindicação é pela reclassificação dos Gerentes e Assistentes que atuam no segmento especializado Cooperativa e Franquia, que desde a implantação do projeto piloto, há mais de uma década, aguardam a solução do desvio de função enquanto atendimento PJ.

“Sabemos que temos que dar o devido tempo para que a nova diretoria a qual a CRBB está vinculada possa ter acesso aos detalhes e poder demonstrar que existe um planejamento para melhorar a atual situação dos funcionários da Central, mas iremos cobrar que muitos desses problemas sejam rapidamente sanados, assim como cobrar da direção do banco a valorização da função e a solução para o complicado e grave problema gerado pelos claros existentes”, finaliza o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Alessandro Garcia (Vovô). “Para os funcionários, fica o alerta: temos que manter uma mobilização constante!”, conclui.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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