É só chegar São João, fim de semestre, com a preparação das quadrilhas, das fogueiras, das canções, dos fogos de artifício, etc. para que tenhamos nos bancos o famoso acocho para “bater” as famigeradas metas.
Não raramente, as metas revertem-se em prêmios indiretos não declarados no Imposto de Renda em forma de pontos de cartão de crédito. E não é pouco.
Logo, alguém pressiona mais não por profissionalismo, mas para auferir algum ganho.
Não, isso não está ocorrendo. O sindicato não pode duvidar do profissionalismo e da entrega de determinados ocupantes de cargos mais altos e mais remunerados nas cúpulas bancárias, sejam municipais, regionais, estaduais ou nacionais.
Pois eis que a caça às Bruxas (por isso Salem) começou e cada vez de forma mais descarada.
Profissionais de longa data com bons serviços prestados já não servem mais. Por que perderam o profissionalismo? Não, porque não acompanham o aumento de 100, 200, 300 ou 400% nas metas.
Aí são descartadas (ao contrário do discurso politicamente correto) , por etarismo, por serem mulheres e, talvez, por não se sujeitarem a bater metas a qualquer custo.
Onde? Num banco estatal cheio de Estilo.
E sabe o que é pior? Que gestores de outras unidades já até mencionam nas reuniões de comitês que há um descomissionamento em outra agência, portanto: “fiquem atentos”.
O pavor está espalhado, tal como os romanos fizeram quando derrotaram o escravo rebelde Spartacus, quando penduraram em postes na via Ápia os corpos dos derrotados. A mensagem “sub” e “super” liminar é: comporte-se ou serás o próximo ou próxima.
Assim, os números vencem a humanização. Não à toa Marx previu em seu Manifesto de 1848:
“Tudo o que era sólido desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar friamente sua posição social e suas relações mútuas”.
O que será o que será , que não tem vergonha e nunca terá. Com a resposta , o que restou do RH.
Fonte: Fetec/PR