Nos dias 10 e 11/06 foi realizada 6ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Paraná. O evento foi realizado em Curitiba e reuniu mais de 400 delegados e delegadas de todo o estado, representando usuários e usuárias e trabalhadores e trabalhadoras dos serviços públicos de saúde, além de gestores e prestadores dos serviços, de acordo com a representação prevista na legislação do SUS.
A 6ª Conferência Estadual foi precedida por conferências regionais realizadas nas vinte e duas regionais da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e debateu e aprovou propostas para a 5ª Conferência Nacional, que será realizada em Brasília de 18 a 21/08. Os Sindicatos do Pactu participaram da Conferência Estadual, representados por Edilson José Gabriel e Elias Soares, de Umuarama, e Leonice Cazarin de Mattos Silva, de Campo Mourão.
Edilson, que é diretor de Política Sindical do Sindicatos dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região,o lamentou que o Paraná, pioneiro na discussão das políticas públicas para a saúde do trabalhador e da trabalhadora, tenha tratado com tanto descaso o processo de realização das conferências regionais e estadual. “Um dos exemplos que comprovam essa afirmação é que os municípios não tiveram tempo hábil para organizar conferências municipais. A realização apenas de conferências regionais reduziu participação de representantes de usuários e usuárias, principal alvo das políticas de saúde do trabalhador e da trabalhadora. Nem todas as pessoas têm disponibilidade para sair de sua cidade e participar de uma conferência regional”, informou o dirigente.
Apesar disso, segundo Edilson, “as propostas aprovadas na Conferência Estadual vieram de encontro a principal demanda da classe trabalhadora no SUS: o atendimento nas UBSs (unidades básicas de saúde), precisa estar preparado para olhar o usuário e a usuária, antes de qualquer outra coisa, como trabalhador ou trabalhadora. Ou seja, muitas doenças e acidentes do trabalho não são diagnosticados nem notificados porque os profissionais de saúde não foram formados nem qualificados para essa abordagem”, concluiu o dirigente.
Fonte: Pactu