Aposentadoria das mulheres e o suposto aumento dos custos da Previdência
O Estado de São Paulo, na edição do dia 18, publicou matéria mostrando que as aposentadorias, pensões e demais benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo governo federal passaram de 3,5% para 9% do Produto Interno Bruto (PIB), nas duas últimas décadas.
O economista Fábio Giambiagi, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atesta que o maior volume foi de pagamento de “auxilio-doença, salário-maternidade etc”. O economista afirma que a elevação de gastos é um reflexo do crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, pois “os gastos da Previdência têm sido comprometidos com aposentadorias precoces e uma grande parcela desses benefícios se deve às mulheres”. Por fim, o economista conclui que estas despesas somente serão diminuídas ou amenizadas com o “aumento no tempo de contribuição para as mulheres”.
O Estado de São Paulo do dia 24, volta à carga com matéria de página inteira sobre a reforma previdenciária tendo como fonte a empresa de consultoria especializada em previdência privada e recursos humanos, Watson Wyatt Worldwide. Segundo a empresa, qualquer que seja a proposta de reforma da Previdência, tanto para servidores públicos quanto para os trabalhadores da iniciativa privada, ela não passará de um “remendo” se não forem adotados um teto único de benefício, menor até que o atual (R$ 1.561,60) e a exigência de uma idade mínima avançada para aposentadoria de homens e mulheres.
De acordo com a matéria, estudos realizados pela empresa de consultoria e o Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS) sobre o envelhecimento da população mundial apontam que em 2030, 20% dos brasileiros devem ser idosos, o que acarretará “um custo fiscal imenso”. Com o envelhecimento da população, a tendência é diminuir a proporção de trabalhadores que “pagam contribuições para os aposentados que não trabalham”. No Brasil, esta proporção, segundo a matéria, já é de 1,7 segurado em atividade para um aposentado. A saída apontada pelo estudo é no futuro “reduzir pensões e trabalhar mais”, estabelecendo a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
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Por Mhais• 22 de abril de 2003• 15:59• Sem categoria
APOSENTADORIA DAS MULHERES E O SUPOSTO AUMENTO DOS CUSTOS DA PREVIDÊNCIA
Aposentadoria das mulheres e o suposto aumento dos custos da Previdência
O Estado de São Paulo, na edição do dia 18, publicou matéria mostrando que as aposentadorias, pensões e demais benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo governo federal passaram de 3,5% para 9% do Produto Interno Bruto (PIB), nas duas últimas décadas.
O economista Fábio Giambiagi, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atesta que o maior volume foi de pagamento de “auxilio-doença, salário-maternidade etc”. O economista afirma que a elevação de gastos é um reflexo do crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, pois “os gastos da Previdência têm sido comprometidos com aposentadorias precoces e uma grande parcela desses benefícios se deve às mulheres”. Por fim, o economista conclui que estas despesas somente serão diminuídas ou amenizadas com o “aumento no tempo de contribuição para as mulheres”.
O Estado de São Paulo do dia 24, volta à carga com matéria de página inteira sobre a reforma previdenciária tendo como fonte a empresa de consultoria especializada em previdência privada e recursos humanos, Watson Wyatt Worldwide. Segundo a empresa, qualquer que seja a proposta de reforma da Previdência, tanto para servidores públicos quanto para os trabalhadores da iniciativa privada, ela não passará de um “remendo” se não forem adotados um teto único de benefício, menor até que o atual (R$ 1.561,60) e a exigência de uma idade mínima avançada para aposentadoria de homens e mulheres.
De acordo com a matéria, estudos realizados pela empresa de consultoria e o Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS) sobre o envelhecimento da população mundial apontam que em 2030, 20% dos brasileiros devem ser idosos, o que acarretará “um custo fiscal imenso”. Com o envelhecimento da população, a tendência é diminuir a proporção de trabalhadores que “pagam contribuições para os aposentados que não trabalham”. No Brasil, esta proporção, segundo a matéria, já é de 1,7 segurado em atividade para um aposentado. A saída apontada pelo estudo é no futuro “reduzir pensões e trabalhar mais”, estabelecendo a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
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