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Por 11:10 Notícias

Desemprego se mantém em 5,6% e repete menor taxa da série histórica

A taxa de desemprego para o trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6% novamente, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta terça-feira (9). O índice atingido durante o governo Lula repete o trimestre encerrado em julho, e segue no patamar mais baixo desde 2012, início da série histórica. O desemprego era de 6,6% no mesmo período do ano passado. Saiba mais em TVT News.

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho do país. Sua amostra corresponde a 211 mil domicílios, distribuídos pelos 26 estados e o Distrito Federal, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na coleta da pesquisa, integrados à rede de mais de 500 agências do IBGE.

Desemprego no Brasil é o menor em 13 anos

Com o resultado, são 6,1 milhões de pessoas desocupadas no país no trimestre até agosto, o menor patamar da série. O desemprego caiu 9,0% (menos 605 mil pessoas) frente ao trimestre até maio. Em relação ao mesmo período de 2024, a queda foi de 14,6% (menos 1,0 milhão de pessoas).

A população empregada foi de 102,4 milhões no trimestre até agosto, alta de 0,5% (mais 555 mil pessoas) em relação ao trimestre até maio e de 1,8% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2024. Com esse resultado, o nível da ocupação se manteve no patamar mais alto da série histórica.

De acordo com o analista da pesquisa, William Kratochwill, a queda no desemprego passa pelo setor de educação pública. “A educação pré-escolar e fundamental fazem contratações ao longo do primeiro semestre. São trabalhadores sem carteira, com contratos de trabalho temporários”, explica. Esse grupo faz parte dos trabalhadores sem carteira do setor público, que cresceu 5,5% em relação ao trimestre até maio e ficou estável (0,8%) frente ao trimestre até agosto de 2024.

“Muitas vezes, em momentos mais difíceis da economia, as pessoas migram para os serviços domésticos. O que podemos estar presenciando é o movimento contrário, onde os trabalhadores identificam melhores oportunidades de trabalho, com melhores condições e rendimentos, e deixam os serviços domésticos”, avalia William.

Taxa de subutilização segue no patamar mais baixo desde 2012

A subutilização na força de trabalho é formada por desempregados, subocupados por insuficiência de horas, e quem não procurou trabalho, mas estava disponível para trabalhar, ou que procurou trabalho, mas não estava disponível para a vaga.

No trimestre encerrado em agosto, a taxa composta de subutilização (14,1%) repetiu a mais baixa da série. A população subutilizada reduziu para 16 milhões de pessoas, caindo 6,2% (menos 1,1 milhão de pessoas) na comparação trimestral e 11,8% (menos 2,1 milhões) na anual.

Já a população desalentada (2,7 milhões) caiu 6,7% (menos 191 mil pessoas) no trimestre e recuou 13,7% (menos 423 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. Desalentados são aqueles que gostariam de trabalhar, porém não procuraram trabalho por achar que não encontrariam por se acharem muito velhos, muito jovens, não qualificados ou porque não havia vaga na região em que viviam.

Número de empregados com carteira assinada no setor privado bate recorde

O contingente de empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi recorde (39,1 milhões), com estabilidade no trimestre e alta de 3,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 3,3% (menos 464 mil pessoas) no ano.

“O mercado de trabalho aquecido proporciona uma alteração do perfil das contratações, pois com menor disponibilidade relativa de mão de obra, as contratações somente acontecem com mais benefícios para os trabalhadores, como a carteira assinada por exemplo”, explica William.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fonte: TVT News com Agência Gov