O governador Roberto Requião participou nesta sexta-feira (19) em Engenheiro Beltrão da inauguração do projeto municipal Internet Gratuita. “Aproveitando a fibra óptica da Copel, o prefeito Elias de Lima comprou um provedor empresarial e oferece a ligação da internet sem fio para 3 mil pessoas, que passam a ter todas as informações disponíveis na rede, colocando o mundo à disposição da população de Engenheiro Beltrão”, disse Requião.
Com investimento de R$ 120 mil e antenas distribuídas no Centro e nos quatro distritos, a internet foi levada a 100% da área do município com velocidade de conexão de 128 kbps.
“Este é um dia muito especial, principalmente pela presença do governador que veio participar deste dia tão importante”, afirmou o prefeito Elias de Lima. “É importante para que nossos estudantes e professores façam suas pesquisas e para todo mundo, tanto para os agricultores que acompanham os preços da safra e a meteorologia, quanto para as empresas”, disse.
Para inaugurar a transmissão de dados foi firmada uma comunicação entre o governador e a estudante Vânia Sacco, que estava em uma fazenda que fica a aproximadamente 7 quilômetros da cidade. “Este tipo de comunicação vocês podem fazer com qualquer parte do mundo”, explicou Requião.
Participaram da solenidade de inauguração os deputados estaduais Alexandre Curi e Wilson Quintero, o prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck e demais autoridades. Além do projeto de internet o município inaugurou outros seis iniciativas: Sala do Empreendedor, onde são oferecidos cursos, assessoria e consultoria; Cooperativa de Agroempreendedores, que tem por objetivo promover a agroindústria familiar; Academia da Terceira Idade; Programa Injeção Eletrônica, de formação profissionalizante; Programa Pelicano, anti-drogas; e programa Saúde Mental.
O Internet Gratuita já estava em funcionamento experimental em cerca de 20 residências. Uma das famílias que estava testando o sistema era a de Patrícia Alves de Mello, secretária, que contou que a internet passou a funcionar há aproximadamente 20 dias em sua casa. “A conexão é boa e não oscila”, contou. Patrícia disse que contratar o serviço custaria pelo menos R$ 40 por mês. “Aqui em casa quem usa mais é meu marido, que está cursando a universidade, então ele faz as pesquisas para os trabalhos”, disse. “Antes usávamos a lan house, mas agora temos internet em casa”, afirmou.
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Internet banda larga pode custar entre R$ 25 e R$ 35 por mês, afirma ministro
Brasília – O governo quer criar um programa que garanta acesso à internet banda larga com preços acessíveis, afirmou hoje (18) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro. De acordo com ele, estão sendo discutidos preços na faixa de R$ 25 a R$ 35 por mês.
Segundo o ministro, deve ser utilizada a rede de fibra ótica da antiga Eletronet e que agora pertence ao governo. O mecanismo de acesso pode ser feito em parceria com empresas privadas. “[A empresa] terá o acesso à fibra ótica e vai fornecer para o usuário. Vamos condicionar que tenha um preço compatível.”
Para Paulo Bernardo, não poderá haver, nesse caso, venda casada, em que a operadora oferece a internet com o telefone fixo, uma vez que isso ampliaria os custos para o usuário. A ideia é que, depois de lançado, o projeto de uso da fibra ótica se dissemine pelo país em dois anos.
De acordo com ele, o debate sobre o assunto foi interrompido por conta da elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Segundo o ministro, o assunto deverá voltar à pauta de conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final deste mês ou em abril, após o lançamento do PAC 2.
O ministro também afirmou que a utilização da cabos de eletricidade está sendo testada pelas distribuidoras de energia elétrica e pode ser mais uma opção de acesso à banda larga com preço menor.
Paulo Bernardo disse que em alguns locais onde não há cabos de eletricidade ou fibra ótica poderão ser usados sistemas de rádio ou acesso via satélite.
Para o ministro, o Plano de Banda Larga, que está sendo elaborado pelo governo, deve ser aprovado pelo Congresso Nacional com rapidez. “Temos observado que há uma demanda muito grande [pela banda larga]. Se a gente fizer uma boa proposta, com certeza o Congresso vai correr para aprovar. Todos sabemos que é muito importante diminuir o custo, facilitar o acesso”, disse.
Na entrevista, Paulo Bernardo também afirmou que não há previsão de lançamento de programa de incentivo às exportações brasileiras, que caíram por conta da crise financeira internacional. “É muito difícil antecipar medidas que estão em estudo”.
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil.
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