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Conferência Estadual de Saúde elabora sugestões para melhorar atendimento

A 8.a Conferência Estadual de Saúde, realizada em Londrina desde a última quinta-feira (11) até este domingo (14), definiu 549 sugestões que foram elaboradas pelos 1.200 participantes do evento. Foram montados 14 grupos de trabalho com a finalidade elaborar diretrizes para melhorar o sistema de saúde no Paraná. As sugestões poderão ser incorporadas ao Plano Estadual de Saúde e algumas serão levadas à 13.a Conferência Nacional de Saúde, que será realizada no mês de novembro deste ano, em Brasília.

O superintendente de Gestão de Sistema de Saúde da Secretaria de Saúde, Gilberto Martin, acredita que essas propostas irão melhorar o Plano Estadual de Saúde que está sendo preparado para a gestão 2008/2011. “Esse é um evento que ocorre em paralelo à formulação do Plano Estadual e as diretrizes apresentadas ajudarão a fortalecer esse material”, disse.

Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raymundo Marques Machado, o Paraná vem se preocupando com a questão da saúde. “Estamos em constante de evolução, melhoramento e aperfeiçoamento do sistema de saúde do Estado”, completou.

O médico sanitarista, Armando Raggio, reforçou a importância de o profissional de saúde saber escutar o paciente. “Este é o século do cuidado. É necessário que o profissional de saúde saiba ouvir, dar atenção e acompanhar o paciente para um melhor atendimento”. Segundo ele, é preciso ainda que as pessoas não tenham receio de perguntar ao profissional de saúde qual a enfermidade possui. “Muitas vezes, é uma equipe multidisciplinar que cuida do paciente e nenhuma delas conversam entre si. Nem o paciente com seus médicos e nem os médicos entre si. É importante haver esse diálogo para se tratar uma doença”, explica Raggio.

GRUPOS – Nesta conferência, os participantes foram divididos em 12 grupos de 60 e em dois grupos de 120 pessoas para que fossem elaboradas as sugestões de melhoria para a saúde pública estadual. Desta forma, os 14 temas principais puderam ser bastante discutidos e elaborados para que a população possa usufruir de um sistema de saúde de qualidade.

Dentre os temas principais, está a questão da política de Estado na Vigilância em Saúde. O orientador deste grupo, Luiz Armando Erthal, diretor-adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), explicou que a vigilância em Saúde é a parte do Sistema Único de Saúde (SUS) que faz a prevenção das doenças e a promoção da saúde. “O trabalho é feito juntamente com a atenção básica, programa saúde da família, agentes comunitários de saúde e outras esferas de atuação dos municípios e estado”, detalhou.

Erthal explica ainda que uma das principais metas da Anvisa é fazer com que a vigilância em saúde aproxime-se da população. “É importante que os profissionais de saúde saibam mais sobre a região onde atuam. Existem ainda várias formas da comunidade participar para a melhora do sistema em sua região como integração com a vigilância sanitária, ouvidorias e conselhos de saúde.”

IDOSOS – Com a melhora da qualidade de vida da população, o número de pessoas idosas tende a crescer. A orientadora do grupo que debateu esse tema, Eliane Catussi, enfermeira da 18.a Regional de Saúde, com sede em Cornélio Procópio, e da Assessoria Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, contou que é importante refletir sobre os cuidados do idoso. “Não podemos deixar o mundo envelhecer para depois tomarmos alguma atitude. Temos que ter em mente as estratégias de atendimento neste momento para que essa população receba o melhor atendimento.”

Na área de Assistência Regional de Fronteiras, o diretor da Associação de Consórcios Intermunicipais de Saúde (Acispar) e orientador deste tema, Alfredo Ayub, ressaltou que fronteiras interestaduais e intermunicipais também devem ser debatidas para que o município não fique sobrecarregado na atenção a pacientes de outras cidades. “É uma estrutura que está sendo formulada no Paraná com a ajuda principalmente dos consórcios intermunicipais de saúde. Esse modelo de gestão é exemplo para o Brasil e estamos levando a experiência para outros Estados. O governo do Paraná tem dado uma ajuda muito grande para que os consórcios pudessem promover esse trabalho”, explicou. São 22 consórcios intermunicipais de saúde no Estado, sendo que 19 fazem parte da Acispar.

Também foram formados grupos de trabalho para elaboração de diretrizes nos temas: Políticas de Estado na Assistência Farmacêutica; na Assistência à Saúde e Acesso ao SUS; na Atenção à Criança e ao Adolescente; em Relação ao Controle Social no Âmbito do SUS; na DST/AIDS; na Agenda de Saúde, Auditoria Interna e Regulação, Financiamento e Orçamento; Fundo Estadual de Saúde, Pactos de Gestão, Planos de Saúde e Prestação de Contas e Relatório de Gestão; em Recursos Humanos; na Saúde Mental; na Saúde da Mulher; na Saúde do Trabalhador e na Vigilância Ambiental e Saúde.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br.

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