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Itaú quer ampliar microcrédito do País

O banco Itaú pretende ampliar o mercado de microcrédito do País por meio das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs, espécie de ONGs regulamentadas pelo governo) que operam essa modalidade de empréstimo para empreendedores de baixa renda. Segundo estimativas do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), o microcrédito movimenta R$ 300 milhões e conta com 320 mil clientes.

“O Itaú identificou na relação com organizações da sociedade civil uma boa oportunidade de orientar a aplicação dos recursos disponíveis para empreendedores de baixa renda, de forma a maximizar seu impacto no desenvolvimento socioeconômico de comunidades”, afirmou o vice-presidente do banco, Antonio Matias.

A instituição financeira apresentou ontem a pesquisa “Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil” em conjunto com o IETS. O estudo – que analisou 39 OSCIPs cadastradas no Ministério da Justiça – concluiu que o grau de penetração dessas organizações no mercado de microcrédito ainda é pequeno e só poderá ser ampliado com a ajuda do sistema financeiro tradicional.

“Elas têm pouco acesso ao capital e não conseguirão sobreviver se não chegarem aos bancos”, afirma Manuel Thedim, pesquisador do Iets.

O estudo mostra que cada OSCIP movimenta em média R$ 450 mil. As principais fontes de financiamento são Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), União Européia e prefeituras. Em média, cada cliente empresta R$ 1,6 mil a uma taxa de 5,5% ao mês. A maior parte dos tomadores de recursos provém do comércio e do setor de serviços.

Quatro OSCIPs têm a carteira de crédito operada pelo Itaú: Empreenda (São Paulo), Ceape (Maranhão), Banco do Povo (Minas Gerais) e Ande Visão Mundial (Pernambuco). Segundo o Itaú, as OSCIPs são um canal de acesso para pessoas que não conseguem obter empréstimos pelos meios formais. “A pesquisa mostra que ainda há uma baixa escala de operações nessas organizações. É um mercado potencial”, diz Matias.

ABN

O vice-presidente do Itaú evitou comentar a disputa entre o consórcio de bancos formado por Royal Bank of Scotland, Santander e Fortis com o britânico Barclays para a compra do holandês ABN Amro. “É uma questão que ainda não foi resolvida lá na Europa. É prematuro prever alguma mudança por aqui”, ressaltou Matias.

Caso o consórcio compre o concorrente holandês, o Santander passará a ser o primeiro banco privado do País, ficando atrás apenas do Banco do Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.dci.com.br

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