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O absurdo dos juros praticados no Brasil

Dieese: queda dos juros dos bancos públicos pressionou os privados a reduzirem os spreads bancários

Estudo publicado pelo Dieese mostra que o alto custo do crédito no Brasil deve-se hoje principalmente à ausência de competição e à oligopolização do sistema financeiro nacional, em que os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) concentram mais de 80% dos ativos totais e das operações de crédito. É por esse e outros fatores que a nota técnica do Dieese avalia positivamente a iniciativa do governo para reduzir os juros cobrados nos bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil: “ainda que seja uma ação pontual, tem papel central no estímulo à atividade econômica ao forçar a queda das taxas de juros e dos spreads nos bancos privados”.

A Fenae apóia o papel da Caixa Econômica Federal como empresa pública, que adota medidas para regular a economia, estimular a competição entre os bancos e oferecer melhores serviços para a população. No entanto, coloca-se em alerta em relação às condições de trabalho dos empregados da Caixa frente a essas novas demandas.

A Contraf/CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) estão cobrando da empresa medidas efetivas para melhorar as condições de trabalho nas unidades, bem como medidas referentes a extrapolação da jornada, o trabalho gratuito e outros tipos de fraudes. De acordo com o diretor vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, será preciso não só melhorar as atuais condições de trabalho na Caixa como também acelerar a contratação de novos empregados para cobrir a forte demanda de serviços que só tende a aumentar com a adoção dessas políticas.

A CEE/Caixa questiona, por exemplo, a abertura das agências no dia 12 de maio, no sábado, véspera do dia das Mães, pois não há necessidade para isso. A Caixa vem prometendo solucionar os problemas, mas as ações adotadas até agora não surtiram o efeito desejado. A orientação é para que as entidades continuem fiscalizando as condições de trabalho e denunciem os problemas encontrados à CEE/Caixa.

Fonte: Fenae Net
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Dívida pública chega a 36,6% do PIB em março

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,538 trilhão, em março, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27). Esse saldo corresponde a 36,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Em relação ao mês anterior, houve redução de 0,9 ponto percentual.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a redução da dívida líquida ocorre “fundamentalmente pela variação do dólar [alta da moeda estrangeira]”. A influência do câmbio ocorre porque o país é credor em dólar, ou seja, as reservas internacionais e outros ativos são maiores do que a dívida externa.

A previsão do BC é que essa dívida continue a cair. Para abril, a projeção para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB é 36%. Se a previsão se confirmar, será o menor resultado da série histórica do BC, iniciada em 2001.

A dívida líquida do setor público é um balanço de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais e das empresas estatais. Outro indicador fiscal divulgado pelo BC é a dívida bruta do Governo Geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países.

Em março, a dívida bruta do Governo Geral chegou a R$ 2,366 trilhões (56,3% do PIB), um aumento de 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro. A previsão do BC para abril é que a dívida bruta em relação ao PIB fique em 56,2%.

Edição: Juliana Andrade // Matéria ampliada às 13h12

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Dieese ‘desmonta’ justificativas de bancos para manterem alto spread

Com dados apurados antes da atual onda de corte de juros, que ainda permanece restrita a determinados pacotes de serviços e segmentos de clientes, Dieese revela que maior parte do spread é formada por lucro, compulsório representa apenas 4 pontos percentuais da taxa e índice de inadimplência é estimativa, e não dado real.

Da Redação

São Paulo – Um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese) desmonta alguns dos principais argumentos dos bancos brasileiros para manterem spreads elevados na intermediação financeira.

No início deste mês, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), pressionada pelo governo federal, condicionara a queda do spread a uma série de medidas a serem tomadas pelo governo, como redução do compulsório e de impostos.

Como se sabe, a resistência durou pouco. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sob ordens do governo, cortaram os spreads, obrigando as instituições privadas a fazerem o mesmo para não perderem mercado – ainda que os benefícios permaneçam restritos a alguns pacotes de serviços e segmentos de clientes.

O que o estudo da subseção do Dieese no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região confirma agora, com base em dados do Banco Central (BC), é que o spread é alto no Brasil por conta das altas margens de lucro embutidas na taxa.

Em 2010, última pesquisa feita pelo BC, o spread era formado por 32,7% de margem líquida, 28,7% de inadimplência, 21,9% de impostos diretos, 12,6% de custo administrativo e 4,1% de despesas referentes ao compulsório, subsídio cruzado e fundo garantidor de crédito.

A alta margem de lucro embutida não é o único problema. “Alguns analistas dizem que é preciso reduzir o compulsório para cortar o spread, mas isso é um desvio de foco, porque o compulsório representa apenas quatro pontos do spread”, afirma o economista do Dieese Gustavo Cavarzan, um dos autores do trabalho.

Ele lembra ainda que está embutido no spread um custo administrativo de mais de 12 pontos percentuais, apesar de os bancos já obterem uma remuneração via tarifas de 130% do valor das despesas com pessoal.

Por fim, uma outra crítica do Dieese diz respeito à inadimplência cobrada via spread, que na verdade é uma estimativa, e não a “inadimplência real”. Isso sugere que em determinados períodos os bancos cobram um valor referente à taxa de inadimplência que, na verdade, poderia ser menor.

Antes da atual onda de corte nos spreads, os bancos brasileiros eram um ponto fora da curva no mundo, onde alguns países chegavam a ter “spreads negativos”. Em janeiro de 2012, enquanto a taxa média paga para aplicações financeiras no Brasil estava em 38% ao ano, a taxa média de captação era de 10,2% anuais, resultando em um spread de cerca de 27,8 pontos percentuais ao ano.

Na Argentina, esse número estava em 3,39 pontos, no Chile, em 4,49, no México, em 3,82, na Colômbia, em 7,37, e na Bolívia, em 9,61. Agora, aguarda-se um novo estudo para confirmar se os spreads no Brasil convergem rumo a padrões normais.

Apesar das novidades, Cavarzan afirma que não acredita que os bancos do país deixarão de registrar lucros relativamente mais elevados do que em outros países. “Eles vão deixar de ganhar na margem, mas vão ganhar na escala,”, diz.

O mercado de crédito no país realmente tem um amplo potencial de crescimento. Enquanto por aqui o volume de crédito alcança patamares de 48% (metodologia do BC, em janeiro de 2012) ou 57% (metodologia do Banco Mundial, em 2010), esse número chega a 225% na Dinamarca, 169,2% no Japão, 145,5% na África do Sul e 130,0% na China – conforme dados do Banco Mundial.

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Elevação do compulsório “alimenta” lucro recorde dos bancos em 2011

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