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Assassinato de sindicalista leva para 30 as mortes de líderes políticos na Colômbia

Na sexta-feira, 8, o dirigente político Luis Mayusa Prada foi assassinado com vários tiros no município de Saravena na Colômbia. Mayusa Prada tinha 46 anos de idade e era integrante do Partido Comunista Colombiano (PCC) e da direção do Pólo Democrático Alternativo, além de atuar na Central Única dos Trabalhadores da Colômbia (CUT).

Segundo informações da ONG Reiniciar, voltada para a defesa e promoção dos direitos humanos, Mayusa Prado foi um importante dirigente da União Patriótica (UP), o partido político que nasceu do acordo de 1984 entre a guerrilha entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano. Estima-se que entre 3 e 5 mil membros da UP tenham sido assassinados.

A morte de Mayusa Prada também chama a atenção por ser o segundo em três dias, como denuncia a Fundação de Direitos Humanos Joel Sierra. “Denunciamos o assassinato de Omar Yesid Tarazona, de 29 anos, no dia 5 de agosto”, afirma a organização via comunicado a imprensa e as organizações de direitos humanos. Além disso a entidade pede que se iniciem investigações e que os defensores de direitos humanos continuem a monitorar “a grave crise social e humanitária que vive a Colômbia”, além de reforçar o pedido por um acordo político. “Aos atores dos conflitos armados solicitamos a exclusão da população civil de suas ações e busquem saídas políticas para acabarmos com o banho de sangue em nosso país”

Com o assassinato de Mayusa Prado, sobem para 30 os sindicalistas mortos na Colômbia. Segundo a CUT, 39 lideranças ligadas à central foram mortos em 2007. Desde a sua criação, em 1986, 2.600 pessoas ligadas ao sindicalismo foram assassinadas, com a estimativa de 97% dos homicídios ainda hoje impunes.

União Patriótica
No sábado, 9, completaram-se 14 anos do assassinato de Manuel Cepeda Vargas, senador da UP e seu último membro do parlamento.

Segundo o Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado (Movice), após 14 anos os responsáveis pelo crime foram julgados, porém as raízes do assassinato e o genocídio dos membros da UP permanecem impunes. “O Estado continua não reconhecendo publicamente que foi um dos atores intelectuais destes crimes, porém mais do que nunca estamos trabalhando pela reconstrução da memória, da verdade e da justiça dos acontecimentos”.

Segundo nota da organização, em memória do assassinato de Cepeda Vargas, a sociedade colombiana tem direito de conhecer toda a verdade sobre os crimes cometidos contra a UP. “Exigimos que o Etado colombiano assuma suas responsabilidades pelos feitos e que garanta que não voltem a acontecer estes crimes. Exigimos também que se possa exercer o direito a divergir e propor um projeto alternativo ao país, sem que isto custe nossas vidas”.

Por Brunna Rosa.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.revistaforum.com.br.

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Colômbia vê mais um líder sindical ser assassinado

Guillermo Rivera estava desaparecido desde 22 de abril

São Paulo – O dirigente sindical e membro do partido político Pólo Democrático Alternativo, Guillermo Rivera, estava desaparecido desde o dia 22 de abril deste ano na Colômbia. Seu corpo foi encontrado nesta terça-feira, 15, na cidade de Ibagué.

Rivera era presidente do Sindicato dos funcionários da autarquia de Bogotá.

Em março, já havia sido notificada a morte do dirigente sindical bancários Leonidas Gómez Rozo, também membro do Pólo Democrático Alternativo.

A busca pelo sindicalista durou mais de dois meses As informações preliminares apontam que o dirigente sindical foi assassinado e sepultado como indigente no dia 28 de abril, seis dias após seu desaparecimento.

Segundo informações do Comitê pela vida e pela liberdade de Guillermo Rivera, os indícios de assassinato apontariam para efetivos da Policia Nacional, mais um caso de crime do Estado, por ação ou omissão.

O sindicalista foi visto pela última vez no bairro El Tunal, onde tinha deixado sua filha na escola. O comitê afirma que as câmeras de vídeo, localizados no local de desaparecimento, atestam que Rivera foi abordado por um grupo de agentes policiais e foi forçado a entrar num carro da Polícia Metropolitana.

O Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado (Movice), uma das principais organizações de direitos humanos na Colômbia, emitiu uma nota rechaçando o crime contra o líder sindical e apontando que continuam as evidências a prática sintomática de perseguição, assasssinato e tortura a líderes de movimentos sociais de oposição ao Estado colombiano. Segundo o Movice, o país é o que mais mata defensores dos direitos humanos e sindicalistas no mundo.

A informação é confirmada pela Central Unitária de Trabalhadores da Colômbia (CUT), que denuncia a morte de 26 trabalhadores sindicalizados apenas no mês de maio e 225 atentados contra dirigentes em 2008. Contra a crescente onda de violência no pais, a CUT promete estar presente no na marcha do dia 20 de julho, pela liberdade de todos os seqüestrados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e em solidariedade aos familiares das vítimas da violência e diversas formas de terrorismo e seqüestros.

Para Gabriel Becerra, coordenador do comitê pela vida e liberdade de Guillermo Rivera, todos os setores colombianos precisam se movimentar contra essas agressões.

“Estamos ignorando a permanência no país de outros crimes, como a existência de mais de quinze mil desaparecidos e o assassinato permanente de líderes do movimento popular e opositores da política, como é o caso de Guillermo Rivera Fúquene”, informa o coordenador. O comitê está organizando para o dia 21 de agosto um Fórum nacional e internacional sobre os desaparecimentos forçados e apresentaram um novo informe sobre os crimes que são abarcados contra o sindicalismo colombiano.

Por CUT – 18/07/2008.

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Ato mundial exige justiça e fim das mortes de sindicalistas na Colômbia

Cônsul-geral colombiano se negou a receber documento das três maiores centrais sindicais brasileiras

São Paulo – Consulados e embaixadas da Colômbia em todo o mundo foram alvo nesta terça-feira, dia 8, de manifestações contra a série de assassinatos de lideres sindicais e a falta de garantias de segurança para os representantes dos trabalhadores no país. O estopim para os protestos foi a morte do dirigente sindical da União Nacional de Bancários da Colômbia (UNEB) e funcionário do Citibank Leonidas Gómez Rozo, no dia 8 de março, em Bogotá.

Em São Paulo, o ato aconteceu em frente ao consulado colombiano, localizado no Itaim Bibi. “São mais de 450 mortes de dirigentes sindicais apenas no governo de Álvaro Uribe. Nos últimos 21 anos foram assassinados 2.515 sindicalistas”, afirmou a diretora do Sindicato Rita Berlofa.

Trabalhadores barrados – Um dos objetivos do protesto foi levar até o cônsul-geral da Colômbia, Maurício Acero, um documento de repúdio à atual situação e cobrando a responsabilidade do presidente colombiano pela solução dos problemas e a punição dos culpados. Mas Acero se negou a receber os representantes dos trabalhadores dentro do consulado.

“Isso é inacreditável. Mas na verdade a situação mostra como funcionam as coisas na Colômbia, onde ser sindicalista significa correr risco constante de vida. Não íamos ofender ninguém, é claro, nosso objetivo era apenas fazer chegar o documento às mãos do diplomata, mas ele se negou a nos receber. Temos aqui as três maiores centrais sindicais representadas [CUT, UGT e Força Sindical], mas para Acero isso parece não significar nada”, disse o dirigente do sindicato mundial Uni América Finanças Márcio Monzane.

Ele recomendou aos representantes dos diversos sindicatos presentes a realização de reclamações formais contra o cônsul-geral colombiano junto ao governo daquele país.Você também pode participar enviando mensagens ao governo da Colômbia (auribe@presidencia.gov.co) com cópia para Confederação Sindical das Américas (fedeorit@cioslorit.org).

Por Danilo Pretti Di Giorgi – 08/04/2008.

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Dirigente sindical bancário é assassinado na Colômbia

Leonidas Gómez Rozo estava desaparecido desde o dia 5 de março

São Paulo – A União Nacional de Empregados Bancários (Uneb) da Colômbia denunciou o assassinato de Leonidas Gómez Rozo, dirigente da organização sindical. Leonidas era trabalhador do Citybank, fazia parte do Comitê Nacional de Empresa da entidade na Uneb, era integrante da Equipe Nacional de Educação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Colômbia), membro da direção distrital do Pólo Democrático Alternativo e candidato à direção da CUT em Bogotá e Cundinamarca, nas eleições que se realizarão no próximo dia 30 de maio.

De acordo com a direção da Uneb, o sindicalista estava desaparecido desde a última quarta-feira, dia 5. No sábado, o fato foi comunicado às autoridades e, à tarde, Leonidas foi encontrado pela família e companheiros, brutalmente assassinado no interior de seu apartamento.

Este assassinato se soma ao atentado de que foi vítima na sexta-feira, dia 7, o dirigente Rafael Boada, presidente regional da Uneb Bucaramanga, que conseguiu sair ileso. Dois elementos que se deslocavam em uma moto de alta cilindrada dispararam contra seu veículo, atingindo os vidros do carro. Boada já havia recebido inúmeras ameaças de morte.

“O movimento sindical colombiano, especialmente a CUT e suas organizações filiadas, segue sendo vítima do extermínio de seus dirigentes e filiados; razão pela qual, reivindicamos uma investigação exaustiva, que garanta o esclarecimento das causas, tanto do assassinato como do atentado, para que não continuem impunes”, denuncia a Uneb. A entidade foi declarada “objetivo militar” pelo grupo paramilitar Águias Negras, que continua cometendo todo tipo de crimes.

Leônidas – O dirigente sindical colombiano Leonidas participou da 3ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, realizada nos dias 22 e 23 de novembro, em São Paulo. O encontro contou com a participação de cerca de duzentos trabalhadores de alguns dos maiores bancos dos países da América Latina e Espanha. À época Leônidas concedeu entrevista ao Sindicato onde já denunciava a violência contra os dirigentes sindicais em seu país. “Já passam de 2.500 mortes de dirigentes, inclusive indígenas. Uma perseguição promovida pelas forças militares que não aceitam nossa organização”, diz.

O Sindicato lamenta a morte do dirigente bancário e repudia a absurda violência contra os trabalhadores na luta por seus direitos.

Jair Rosa com informações da CUT – 10/03/2008.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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