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Bancários do ABN em todo o planeta se unem em defesa do emprego

04/06/2007
(São Paulo) Bancários do grupo ABN em todo o planeta vão se unir para defender os seus empregos diante da eminente venda do banco. A Contraf-CUT participou nesta segunda-feira, dia 4, de uma reunião em Londres, na Inglaterra, promovida pela Uni Finanças, central sindical que reúne bancários do mundo inteiro. No encontro, os trabalhadores decidiram as principais linhas de ação para garantirem a manutenção dos postos de trabalho.

“Temos aqui uma típica operação do mundo moderno, em que a venda de uma grande empresa internacional está sendo negociada por outras multinacionais. Se a venda do ABN se concretizar, vai afetar os empregos de milhares de funcionários em todo mundo. Diante deste cenário, nada mais importante que os trabalhadores se organizem em termos mundiais para fazer o enfrentamento e garantir a manutenção do emprego. Juntos, seremos mais fortes e teremos mais capacidade de lutar”, disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT e participante da reunião de Londres.

Os trabalhadores vão construir uma rede entre os sindicatos para trocar experiências. “Definimos também o envio de um documento para os dois consórcios interessados no ABN, com os principais pontos discutidos na reunião”, explicou Vagner.

Atualmente, os dois principais consórcios que disputam o ABN Amro são liderados pelo banco inglês Barclays e pelo espanhol Santander. Durante o encontro de Londres, os trabalhadores decidiram não tomar partido sobre que consórcio é melhor para os bancários. “Interessa aos trabalhadores discutir com qualquer que seja o comprador a garantia de emprego e negociações com o movimento sindical para a manutenção de direitos já adquiridos nos acordos coletivos de cada país”, informou Vagner.

Principais pontos da reunião

– Estabelecer processo de cooperação entre os sindicatos afetados pela fusão em nível mundial com o objetivo de estabelecer políticas comuns e representar efetivamente os interesses dos trabalhadores em cada país;

– A UNI Finanças e seus filiados envolvidos no processo de fusão vão enviar um comunicado aos bancos solicitando processo de negociação oficial para discutir o futuro estratégico. Esse processo tem que ter como base uma política de boa governança corporativa, o diálogo social e levar em conta a visão dos trabalhadores;

– Garantir um processo de fusão o aquisição sem demissões compulsórias;

– Preservar as negociações coletivas nacionais e as boas condições de trabalho;

– Observar parâmetros mínimos de legislação trabalhista, em particular os direitos dos trabalhadores, sindicalizados ou não. Bancos também têm que prover toda informação para os sindicatos e trabalhadores;

– A fusão deverá ser benéfica para os clientes e os empregados, além de ser consistente com os interesses nacionais das economias e sociedade afetadas e com as atuais políticas de responsabilidade social. Não pode levar em conta apenas os interesses dos acionistas por maiores lucros e redução de pessoal e custos;

– A Uni e seus filiados vão requer que os bancos iniciem negociações com os trabalhadores para concluir acordo marco mundial baseado no diálogo social e nos parâmetros trabalhistas internacionais.

Fonte: Contraf-CUT

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