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Bancos fecham mais postos de trabalho e aprofundam desigualdade; bancos públicos não demitiram

1.354 postos de trabalho a menos nos bancos que operam no Brasil.

Esse é número mostrado por uma pesquisa realizada em parceria pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).

Somente nos primeiros três meses deste ano, as empresas da área financeira desligaram 8.236 bancários e admitiram 6.882, o que gerou saldo negativo na balança de contratações/demissões. Em 2008, no mesmo período, o processo foi inverso, com um crescimento de 3.139 vagas.

Os índices, apresentados na terça-feira, dia 16, na sede da Contraf, são os primeiros resultados de uma série de levantamentos que serão publicados trimestralmente sobre a evolução do emprego nos bancos. A fonte tomada como base para obtenção dos dados é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Além de demissões, salários menores

De acordo com o presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, os bancos têm usado uma estratégia exclusivamente financista na adoção das medidas de demissão e contratação, sem levar em conta a “responsabilidade social” tão alardeada por algumas instituições do ramo. “Preocupação social nos bancos privados, só nas propagandas. Os bancários são tratados como peças descartáveis. Muitos são demitidos e os contratados chegam recebendo salários bem menores. Isso, mesmo com os grandes lucros das empresas”, comenta.

Alguns números comprovam as disparidades e a precariedade nas relações trabalhistas da área. Os trabalhadores que foram desligados entre janeiro e março ganhavam, em média, R$3.939,84. Já os contratados têm remuneração de R$1.794,46. A diferença é de 54,45%, ou seja, quem entra recebe menos da metade do que aquele que sai. Vale ressaltar que os bancos tiveram lucro de R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre, sendo que os maiores ganhos foram de Itaú, com R$ 1,9 bilhão e Bradesco, com R$ 1,7 bilhão.

Outro problema destacado pela pesquisa tem relação com as faixas etárias de demitidos e contratados. A maioria dos admitidos tem entre 18 e 24 anos. A média de idade dos que sofreram demissões concentra-se em uma faixa acima dos 30. “É outra demonstração da irresponsabilidade social dos bancos. Demitem pessoas com idade maior para reduzir custos e contratam os mais jovens para explorar mão de obra”, diz Cordeiro.

Mulheres em desvantagem

O estudo reafirma pesquisas que indicam a desigualdade entre os gêneros na remuneração do sistema financeiro. As mulheres, além de serem demitidas na mesma proporção que os homens entre os trabalhadores de salários mais altos, continuam sofrendo com uma questão antiga: a discrepância salarial. Elas recebem 24,09% a menos quando admitidas. Entre as desligadas, o cenário é ainda pior, com 33,77% de defasagem. “As mulheres entram com salários inferiores e a discriminação é mantida durante todo o período em que permanecem nos bancos”, afirma Carlos Cordeiro.

Bancos públicos não demitiram

Informações colhidas pela parceria Dieese e Contraf/CUT evidenciam que ao menos dois bancos não contribuíram para aumentar demissões. Nenhum deles pertence ao setor privado. As duas instituições que não demitiram são Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. O BB manteve a estrutura estável, sem cortes ou admissões. Já a Caixa ampliou o quadro de funcionários.

Por Moriti Neto [Terça-Feira, 16 de Junho de 2009 às 18:44hs]

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.revistaforum.com.br.

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Eles não tomam jeito: demitem os trabalhadores de maiores salários, se não bastasse, ainda desempregam no momento que o país mais precisa; este é o costume dos bancos no Brasil

Bancos fecham 1.354 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2009

É o que mostra o primeiro estudo do Dieese/Contraf-CUT sobre emprego no sistema financeiro. Levantamentos serão realizados trimestralmente

Os bancos que operam no Brasil fecharam 1.354 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2009, segundo estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As empresas financeiras desligaram 8.236 bancários e contrataram 6.882 entre janeiro e março. É uma inversão do que ocorreu no ano passado, quando houve um aumento de 3.139 novas vagas no mesmo período.

Este é o resultado do primeiro levantamento que a Contraf-CUT e o Dieese passarão a publicar trimestralmente a partir de agora sobre a evolução do emprego nos bancos, tomando por base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira 16, em entrevista coletiva na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

Demissões se concentram nos maiores salários

Além da redução do emprego, está havendo também uma diminuição na remuneração média dos trabalhadores do sistema financeiro. Os desligados no primeiro trimestre recebiam remuneração média de R$ 3.939,84. Já os contratados têm remuneração média de R$ 1.794,46, o que representa uma diferença de 54,45% – menos da metade.

Isso porque os desligamentos foram concentrados nos escalões hierárquicos superiores e as admissões ocorrem principalmente nos cargos iniciais da carreira. Esse movimento intensificou a tendência observada no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre os salários médios dos bancários contratados e desligados foi de 34,34%.

“Enquanto os lucros aumentam progressivamente mesmo durante a crise – os 50 maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 7,5 bilhões só no primeiro trimestre deste ano -, as empresas financeiras estão reduzindo custos com fechamento de postos de trabalho e ainda com a alta rotatividade da mão-de-obra, demitindo bancários com salários mais altos e contratando funcionários com remuneração inferior”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

“As demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho”, destaca o dirigente sindical.

Leia a matéria completa, com quadros e gráficos, acessando o endereço eletrônico http://www.contrafcut.org.br/download/Arquivo/pesquisa_emprego.doc.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Bancos crescem e trabalhadores bancários querem nova repartição dos lucros; por um novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados !

Campanha Nacional vem aí e participação, que começa com resposta à consulta, vai fazer a diferença

São Paulo – Depois de duas décadas de crescimentos recordes todos os anos, o setor financeiro brasileiro vê em 2009 os lucros aumentarem, mas menos do que nos anos anteriores. A crise internacional é apontada como uma das razões para que o lucro dos bancos tenha caído 39% no primeiro trimestre deste ano, comparado com os primeiros três meses de 2008. O levantamento foi feito pelo Banco Central a partir dos balanços entregues pelas instituições financeiras. Foram levados em conta somente os bancos comerciais, que oferecem contas correntes a seus clientes. Os ganhos acumulados pelo setor passaram, nesse período, de R$ 12,3 bilhões para R$ 7,5 bilhões.

Para o BC, a situação não preocupa. De acordo com o documento divulgado no dia 12, as instituições “são resistentes”.

Para os bancários, no entanto, a redução do vertiginoso crescimento dos lucros nos últimos anos mais do preocupar, já tem conseqüências reais, transformando-se em queda na participação que têm nos resultados da empresa. “Alguns bancos, em 2008, já pagaram um valor mais baixo do adicional à PLR (que chegou a até R$ 1.980). Este ano, de acordo com esse cenário de crescimento menor, praticamente nenhum bancário terá direito ao adicional. Uma injustiça, já que, apesar de crescer menos, os bancos continuam sendo um setor de alta lucratividade, justamente graças ao trabalho do bancário, que, esse sim, só cresce”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Trabalho dobrado – De acordo com dados divulgados pela federação dos bancos, entre 2000 e 2008, o número de contas correntes saltou de 63,7 milhões para 125,7 milhões (crescimento de 97,33%) e o de contas poupança passou de 45,8 milhões para 92 milhões (aumento de 100,87%). Somados, os dois segmentos totalizaram 217,7 milhões de contas em 2008. Além disso, nesse período, o número de cartões de crédito passou de 29 milhões para 124 milhões, aumento de 327%. Mas o número de bancários não acompanhou a demanda de trabalho. Em 2000, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informação Social), do Ministério do Trabalho e Emprego, eram 400 mil bancários para cuidar de 109,5 milhões de contas correntes e poupança. Assim, cada trabalhador era responsável, em média, por 273,7 contas. Em 2008, eram 465 mil bancários para 272,5 milhões de contas correntes e poupança, como se cada bancário administrasse 571,5 contas.

“Vamos continuar nossa luta pelo aumento da participação dos bancários no lucro dos bancos. Graças à luta dos trabalhadores, desde que foi criada em 1995, a PLR cresceu ano a ano, mas nunca na mesma velocidade dos lucros. Agora, que os lucros crescem menos, não vamos aceitar a PLR diminua. Por isso, estamos buscando novos parâmetros para mudar o cálculo dessa participação nos lucros e aumentar o valor a que os bancários têm direito”, completa Marcolino.

Participação – Cada conquista arrancada dos bancos ao longo das últimas décadas veio da participação dos bancários. “Nossa campanha está começando com a consulta sobre as prioridades da categoria para 2009. Queremos que o maior número possível de bancários participe para mostrar aos banqueiros que os trabalhadores vão com força total para mais essa luta”, destaca Marcolino. A consulta pode ser respondida até o dia 18. Participe!

Cláudia Motta – 16/06/2009.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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