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Conferência aprova Carta de Atibaia, brado de guerra contra terceirização

Trabalhadores bancários decidem intensificar campanha contra a terceirização

Rede de Comunicação dos Bancários
Rodrigo Couto

Os 634 delegados e delegadas presentes à plenária final da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada neste domingo (27), aprovaram a Carta de Atibaia, manifesto em defesa da Constituição Federal, dos direitos humanos dos trabalhadores e contra a precarização do trabalho representado pela terceirização. No texto, os bancários conclamam a classe trabalhadora e demais segmentos da sociedade a se unirem para a defesa da dignidade do trabalho.

“Foi reaberta a disputa pela terceirização em nosso país. Os trabalhadores combateram o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), indo às ruas e conquistando seu espaço na defesa da Constituição e dos direitos dos trabalhadores”, diz a carta.

No texto, os bancários alertam para os riscos da precarização das relações trabalhistas: “Sabemos que o direito não é neutro. A manutenção das mobilizações de rua se faz necessário para que a sociedade brasileira perceba que o está em jogo, neste momento, é a própria liberdade e igualdade constitucionais que protegem a dignidade humana do trabalhador contra a atrevida manobra econômica do empresariado de rebaixar salários, aumentar o desemprego, baixar os custos de pessoal da empresa e implantar o autoritarismo capitalista.”

Confira, abaixo, a íntegra da Carta de Atibaia.

EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO PELA TERCEIRIZAÇÃO

Os delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro vêm a público conclamar a classe trabalhadora e demais segmentos da sociedade a se unirem para a defesa da dignidade do trabalho, valoração do trabalho humano, contra o retrocesso social e a precarização do trabalho.

Também exigem a imediata revogação das resoluções do Banco Central do Brasil que instituíram a figura dos correspondentes bancários, que precarizam a condição de trabalho (bancários e comerciários), comprometendo o atendimento e sigilo bancário de clientes e usuários.

O Supremo Tribunal Federal (STF), após mais de 25 anos da consolidação da jurisprudência trabalhista que protege a precarização do trabalho, a violação à dignidade humana do trabalhador fixando limites para o processo de terceirização, admitiu a Repercussão Geral nos autos do ARE 713.211/MG para rediscutir a possibilidade da implantação da terceirização para toda atividade econômica, demonstrando a intenção de implantar o retrocesso social.

Foi reaberta a disputa pela terceirização em nosso país. Os trabalhadores combateram o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), indo às ruas e conquistando seu espaço na defesa da Constituição e dos direitos dos trabalhadores.

Todas as instituições públicas devem resgatar o compromisso da preservação das conquistas sociais, eliminando toda e qualquer forma de trabalho precarizado, em especial a terceirização.

Sabemos que o direito não é neutro. A manutenção das manifestações de rua se faz necessário para que a sociedade brasileira perceba que está em jogo, neste momento, é a própria liberdade e igualdade constitucionais que protegem a dignidade humana do trabalhador contra a atrevida manobra econômica do empresariado de rebaixar salários, aumentar o desemprego, baixar os custos de pessoal da empresa e implantar o autoritarismo capitalista.

Conclamamos as trabalhadoras e os trabalhadores bancários de todo o Brasil a unirem-se pela busca de nossos direitos, ocupando os espaços públicos para que a voz dos trabalhadores seja ouvida e impeça o retrocesso social.

Atibaia (SP), 27 de Julho de 2014

Notícia colhida no sítio http://contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=39078

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Após terrorismo, bancários aprovam moção de repúdio ao banco Santander

Participantes da Conferência Nacional ficaram indignados com banco espanhol

Na plenária deste domingo (27) da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Atibaia, os 634 delegados e delegadas aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander, em resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), que foi classificada como terrorismo pela Contraf-CUT, uma vez que atenta contra a economia, a democracia e o povo brasileiro.

Em notícia publicada no blog de Fernando Rodrigues no portal do UOL na sexta-feira (25), o banco afirmou no extrato mensal aos clientes que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, “um banco estrangeiro, que veio ao Brasil e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população”.

“Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos”, salientou o dirigente sindical.

Segundo Cordeiro, “mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados”.

Foram também aprovadas moções de apoio ao aumento no número de empregados na Caixa Econômica Federal, de repúdio às demissões dos metroviários de São Paulo, apoio à greve dos professores da Universidade de São Paulo (USP), repúdio à criminalização dos movimentos sociais e o assassinato em massa do povo palestino.

Leia a íntegra da moção de repúdio aprovada:

MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER

Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver “quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil”, e que se a presidenta Dilma Rousseff “se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia”.

Consideramos o gesto do banco “irresponsável”, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.

É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.

Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=39080

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