O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) costura um acordo entre o Paraná e o banco Itaú sobre o contrato de venda de títulos públicos que fez parte do processo de saneamento e privatização do Banestado, em 2000. Esse é o último ponto pendente para que o parlamentar termine o relatório do projeto de resolução que acaba com a multa mensal de R$ 5 milhões aplicada pela União ao estado, provocada pelo descumprimento do compromisso de compra dos papéis por parte do governo estadual junto ao Itaú, que comprou o Banestado.
O peemedebista pretendia levar na terça-feira (18) o relatório para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas a busca de um consenso entre as partes acabou adiando a discussão. “Como esse é um projeto um tanto polêmico, exige um pouco mais de tempo para terminar o relatório. Mas já está praticamente pronto”, disse Raupp. Na segunda-feira, porém, ele afirmou que havia concluído o material. Segundo a assessoria do senador, ele mudou de idéia porque quer mais garantias de que a resolução não será questionada por qualquer um dos envolvidos depois de aprovada.
Antes da reunião semanal da CAE, realizada na manhã de terça-feira, Raupp teve um encontro com representantes do Itaú e com a procuradora-geral do Paraná, Jozélia Broliani. O Itaú, por meio da assessoria de imprensa, confirmou que “está disposto a negociar” e que espera por novos encontros que ainda precisam ser agendados.
O governo quer que o contrato de aquisição dos títulos pelo Paraná seja desfeito e que os papéis, avaliados em R$ 1 bilhão e considerados “podres”, fiquem com o Itaú. O banco se responsabilizaria por tentar executá-los junto aos seus emissores – Guarulhos, Osasco e Santa Catarina. “É uma decisão que agrada o governador”, garantiu Jozélia. O Itaú, entretanto, ainda não disse se aceitará o negócio.
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