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Nova direção da CUT Paraná é empossada para período repleto de desafios

Regina Cruz seguirá no comando da Central pelos próximos quatro anos

Na noite de sexta-feira (11) dirigentes sindicais e representantes dos movimentos sociais reuniram-se para a solenidade de posse da nova direção da CUT Paraná, realizada no auditório do Sintracon Curitiba. Eleita por aclamação no 13º Congresso Estadual da Central, realizado no final de junho, a nova gestão assume repleta de desafios.“Aqui no Paraná já temos o desafio da manutenção dos empregos do HSBC que foi vendido ao Bradesco, além do enfrentamento com o Governo Beto Richa que durante 90 minutos jogou bomba nos trabalhadores e trabalhadoras. Na esfera nacional temos a defesa da democracia aliada à defesa dos direitos da classe trabalhadora e o PL das Terceirizações é o maior deles”, relata a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.Para enfrentar esses desafios será necessária a unidade da classe trabalhadora, inclusive, de maneira interna com o fortalecimento das ligações internas dentro da própria Central. “A CUT tem que ser entendida como uma só. Apesar de termos várias direções estaduais, a direção nacional e os ramos, a CUT é um todo. Se esse todo se movimenta junto na política, nas ações, nas greves, nas mobilizações, certamente esse todo tem muito mais força andando junto. Por isso é importante estarmos articulados e fazer as ações em conjunto”, salienta o diretor da CUT Nacional e presidente do Instituto Observatório Social, Roni Barbosa.

O secretário de Organização e Política Sindical da CUT Nacional, Jacy Afonso de Melo, acredita que os desafios, além da conjuntura estadual e nacional, passam pela reorganização da própria Central. Para fortalecer o protagonismo neste cenário de lutas, a CUT precisa, além de aglutinar, ouvir ainda mais. “(Para fortalecer o protagonismo é necessário) praticar um sindicalismo de base, democrático, vinculado aos sindicatos, escutar os sindicatos, precisamos ouvir o sindicato, parafraseando o Rubem Alves, vemos por ai muito curso de oratória, mas não vemos curso de ‘escutatória’. Então a CUT precisa escutar seus sindicatos filiados e os sindicatos precisam escutar os seus sócios. Este é um momento para que saiamos de um círculo vicioso para um círculo virtuoso da ação sindical cutista”, propõe Melo.

A presidenta da CUT Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, que também foi reeleita para mais um mandato, vê semelhanças nos desafios de ambas as gestões, especialmente no compromisso com as lutas sociais. “Aqui no Estado vocês estão criando o movimento 29 de abril, muito semelhante ao movimento ‘Quem luta educa’ que nós construímos em Minas Gerais a partir de 2011. Além disso é importante fortalecer os laços entre as estaduais da CUT. Nós sofremos muitas vezes pressões e ataques muitos semelhantes. Isolados nós acabamos ficando sozinho na luta, temos procurado esse fortalecimento entre as estaduais”, avalia Beatriz.

O movimento 29 de abril, citado por Beatriz Cerqueira, é a união de diversos movimentos sociais para estabelecer a unidade na luta no Paraná por mais direitos. A conjuntura, especialmente complicada devido as políticas do governo Beto Richa (PSDB), é mais um fator de importância, tanto para o movimento, quanto para a gestão da CUT.

“Estamos vivendo um período onde muitas das ilusões que haviam sido construídas durante quatro anos pelo governador Carlos Alberto Richa, a cada dia que passa, se mostram absolutamente como isso, apenas como ilusões. Eu creio que a CUT é uma das principais ferramentas que os trabalhadores do Paraná têm para enfrentar um governo que pune os trabalhadores e faz uma ilha de fantasia do seu governo. Ao invés de buscar o diálogo busca aquilo que vimos no dia 29 de abril, a força policial como método e como uma ferramenta também. Creio que a CUT tem desafio duplo: fazer com que os trabalhadores sintam-se representados através da sua central, se sintam motivados para lutar pelos seus direitos e principalmente se sintam organizados e solidários com todos os trabalhadores do Brasil e do Mundo”, avalia o deputado estadual Tadeu Veneri.

Este papel de organização também é refletido pelo presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, que também representou o movimento 29 de abril na cerimônia de posse. “A CUT é uma vanguarda importante no Brasil. Aqui no Paraná papel fundamental de reforçar as nossas lutas para se contrapor ao laboratório neoliberal do Governo Beto Richa e ao mesmo tempo fazer a defesa do projeto nacional, dos direitos da classe trabalhadora brasileira e reforçar aqui a solidariedade internacional, porque somos estado com tríplice fronteira e a CUT pode desempenhar um papel importante de solidariedade com os irmãos latino-americanos”, projeta Leão.

O coordenador do MST no Paraná, Roberto Baggio, enfatizou a importância do combate ao movimento do capital para enfraquecer os direitos sociais e o papel agregador da CUT neste processo. “Vivemos esse período emblemático da sociedade brasileira na medida em que o capital e as grandes empresas internacionais, a burguesia através dos meios de comunicação, querem um alinhamento econômico com os EUA e os grandes países desenvolvidos. A CUT em todos estados deve cumprir papel de construir a unidade do conjunto da classe trabalhadora , aglutinando as centrais, movimentos sociais e movimento popular para construir um calendário de luta para enfrentar os interesses do capital e proteger o conjunto de conquistas que a classe trabalhadora acumulou em sua história. Essa é a grande missão da CUT”, finalizou.

Escrito por: CUT Paraná

Notícia colhida no sítio: http://www.cutpr.org.br/destaques/1761/nova-direcao-da-cut-parana-e-empossada-para-periodo-repleto-de-desafios

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