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Ministro do Trabalho admite queda no número de empregos em outubro

Brasília – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, admitiu hoje (19) que a geração de empregos no país perdeu impulso no mês de outubro, em decorrência da crise financeiro que chegou à economia real. Ele disse que vai anunciar amanhã (20) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente ao mês passado e ressaltou que os números de contratações “ainda são positivos, altos, mas menores do que esperávamos”.

Lupi entende que a redução na geração de empregos “já é indicativo de que alguns setores estão temerosos em investir e quem paga o preço, primeiro, é o trabalhador”. A queda do ritmo anterior de contratações reflete, segundo ele, a “pisada no freio” principalmente dos setores automobilístico e de autopeças, sem esquecer também que atravessamos período de entressafra agrícola. “O crescimento não foi aquele que previ”, reconheceu.

Numa tentativa de evitar desempregos, o ministro anunciou que assinará portaria, amanhã, para criação de grupo de trabalho para acompanhar todos os investimentos referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) liberados pelo governo para “irrigar” a economia e garantir crédito. Afinal de contas, disse ele, “são recursos do trabalhador e têm que gerar emprego, se não deixa de ser produtivo, e o princípio deles é a geração de emprego”.

As afirmações foram feitas depois de reunião com dirigentes das centrais sindicais, na qual recebeu documento com 18 sugestões para contornar os efeitos da crise financeira e garantir o bom nível de empregos observado nos últimos meses, conforme ressaltou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), também presidente da Força Sindical.

Muitas das sugestões são pleitos antigos da categoria, e o ministro se comprometeu com os sindicalistas a apoiar politicamente algumas delas, a começar pela que diz que “todo e qualquer recurso público para ampliar a liquidez do sistema bancário e crédito aos setores produtivos deve ser acompanhado de contrapartidas sociais na aplicação dos mesmos, notadamente a preservação dos empregos”.

As centrais sindicais querem contrapartidas sociais também quanto ao emprego de recursos do FGTS e do FAT nas áreas de habitação e saneamento. “Bons exemplos de setores que geram emprego e reforçam a renda interna, sem pressionar a balança comercial e as importações”, ressalta o documento. Junto, relacionam ainda as políticas de apoio à agricultura como reforço à segurança alimentar e combate à inflação.

Eles também pedem garantias para a continuidade da política de valorização do salário mínimo, ora em tramitação no Congresso Nacional, e insistem na ampliação do número de parcelas do seguro desemprego, que hoje varia de três a cinco, dependendo do salário e da atividade, e propõem que o seguro seja estendido aos trabalhadores rurais contratados na modalidade “plano safra”.

Os sindicalistas pedem ainda a retirada de todos os projetos de lei em tramitação no Congresso que propõem a flexibilização das relações de trabalho. Lupi se comprometeu a ajudá-los em todas as questões trabalhistas, embora enfatizando que as negociações têm que ser feitas no âmbito do Legislativo. Trabalho a ser iniciado, possivelmente, pelo deputado Vicentinho (PT-SP), também presente à audiência.

Por Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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