A Petros e outros fundos de pensão estão aproveitando o momento de volatilidade da Bolsa de Valores para ir às compras. Em reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico, o presidente da Fundação, Luís Carlos Afonso, anunciou que pretende aproveitar o momento de baixa para fortalecer a carteira de ações. A estratégia, adotada mais uma vez, é aumentar as participações em empresas de primeiríssima linha.
“Estamos apostando no crescimento da nossa carteira e várias empresas que hoje têm preços convidativos estão no nosso radar. Não pretendemos vender nenhuma dessas participações”, explicou o executivo. “Em caso de necessidade, temos a carteira de giro que é mais defensiva e funciona como um complemento de liquidez.”
A Fundação detém um patrimônio de R$ 51 bilhões, dos quais 40% estão aplicados em papéis de empresas. A partir da crise de 2008, segundo Afonso, a Petros adotou tratamentos diferenciados para a renda variável: um portfólio de giro, com ações que podem ser negociadas facilmente; e outro de participações, mais estratégico. “De 2008 para cá, crescemos muito em renda variável, de 23% para 34%, em 2009, e agora estamos em 40%.” Ao contrário do movimento predominante no mercado, o dirigente planeja até ampliar um pouco esse percentual.
Para Afonso, o mercado de ações local, por ser de alta liquidez, está pagando o preço da volatilidade internacional. “Quando comparada ao resto do mundo, a bolsa brasileira é a que tem a maior queda. Não vejo razões objetivas para isso. Nossas empresas estão muito baratas, estão até recomprando suas ações. O preço dos papéis de algumas, até da primeira linha, está muito abaixo do que de fato vale”.
A expectativa do presidente da Petros é que, com a saída do capital especulativo, mais tarde, com provável desaceleração das economias desenvolvidas, o Brasil seja um destino atraente para capitais de investimento de melhor qualidade.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria do Valor
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Ano VII – nº 61 – 11/08/2011 – Publicação da Petros – Fundação Petrobras de Seguridade Social
Diretoria da Petros detalha operação de compra de ações da Itaúsa
Mensagens que estão circulando pela Internet nos últimos dias questionam a compra de ações da Itaúsa pela Petros no final de 2010. A Diretoria Executiva já prestou amplo esclarecimento sobre o assunto por meio de boletim eletrônico enviado aos participantes e notícia no Portal no último mês de junho (saiba mais aqui).
Tais mensagens fazem referência a uma análise feita pelo ex-diretor da Petros, Domingos Saboya (mandato de fevereiro/1996 a agosto/1999). Diferentemente do que essa análise tenta indicar, não houve prejuízos na operação e a aprovação do negócio obedeceu às instâncias decisórias da entidade. Seu autor aponta um prejuízo na operação ora de cerca de R$ 250 milhões e ora de R$ 530 milhões.
VAMOS ESCLARECER
1º) Por que compramos ações da Itaúsa?
Um dos principais aspectos que embasaram a decisão pelo investimento na Itaúsa foi o fato de que as ações ordinárias da empresa tiveram valorização de 971% nos últimos dez anos, enquanto o índice Ibovespa registrou ganhos de 189% no mesmo período. A participação na Itaúsa oferece ainda a distribuição de rendimentos (dividendos e juros sobre capital próprio) aos acionistas, permitindo o ingresso permanente de recursos para a Fundação.
Merecem destaque ainda a presença do Banco Itaú (principal fonte de receita da Itaúsa) entre os dez maiores bancos comerciais do mundo e fato de o cenário econômico brasileiro, de médio e longo prazos, ser favorável ao investimento em empresas do setor bancário no país.
2º) Como foi a operação?
Para comprar 12,7% das ações ordinárias da Itaúsa fizemos uma venda de títulos públicos (NTN-B) muito exitosa. Em 23/12/2010 trocamos com o Tesouro Nacional títulos que estavam em nossa carteira sem liquidez, ou seja, não havia interessados no mercado para comprá-los por causa das datas dos seus vencimentos. Conseguimos trocá-los por outros com vencimentos adequados ao mercado, portanto com plena liquidez. Além disso, essa troca rendeu à Petros um ganho de R$ 865,6 milhões.
No dia 29/12/2010, vendemos parte desses títulos (porque passaram a ter liquidez, compradores interessados) para participarmos do leilão público de venda das ações de Itaúsa. Vendemos naquele momento R$ 2,602 bilhões. Tanto essa venda quanto a troca de títulos anterior respeitaram todas as regras e preços de mercado. Nesta venda, a variação de preço entre os dias 23 e 29/12 resultou numa diferença negativa de R$ 16 milhões. Esta variação reflete as condições de mercado e o grande volume envolvido na negociação, representando apenas 0,6% da operação.
3º) Houve prejuízo?
Quanto à incorreta avaliação do prejuízo na “análise”, que ora aponta R$ 250 milhões, ora R$ 530 milhões, na compra das ações de Itaúsa, cabe esclarecer que estas avaliações também estão equivocadas.
A operação seguiu todas as regras dos comitês internos da Petros, nossas Políticas de Investimentos e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Também teve aprovação por unanimidade na Diretoria Executiva e no Conselho Deliberativo, que tem representantes dos patrocinadores, participantes e assistidos.
A compra das ações foi fechada em leilão público realizado em 30/12/2010, pela BM&FBovespa, pelo valor de mercado do momento, com recursos advindos da operação de venda dos títulos públicos mencionada e de recursos disponíveis de nossa carteira de investimentos. Conforme já amplamente divulgado, a Petros pagou R$ 3,090 bilhões pelas ações.
Como estas ações permanecem em carteira e não há intenção de venda, torna-se infundada a suposição do prejuízo de R$ 530 milhões, que leva em conta a atual situação de instabilidade econômica mundial, em que os preços das ações negociadas em bolsas de valor sofreram forte baixa nos últimos meses.
4º) Itaúsa foi uma opção acertada?
Prova do acerto da operação realizada pela Petros são os resultados divulgados recentemente que demonstram a solidez do conglomerado Itaúsa. Por exemplo, o lucro do Banco Itaú, que representa mais de 90% dos resultados da Itaúsa, cresceu 11,5% no 1º semestre de 2011, em comparação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 6,399 bilhões para R$ 7,133 bilhões. Outra característica da Itaúsa muito importante para a Petros é a distribuição de rendimentos aos acionistas. No primeiro semestre de 2011, o ingresso de recursos na Fundação já atingiu o volume de R$ 58,5 milhões.
CONCLUINDO
Por fim, mensagens dessa natureza – que procuram depreciar a imagem da Petros – são no mínimo irresponsáveis e oportunistas, considerando o atual cenário econômico mundial, de turbulência dos mercados financeiros. Em razão das deduções infundadas e calúnias que as mensagens contêm, a Petros estuda as medidas judiciais cabíveis.
A Diretoria Executiva – zelando pela transparência da gestão e pela imagem da Petros – reitera seu firme compromisso de garantir a rentabilidade dos investimentos e a solidez dos planos de benefícios de seus participantes e assistidos.
Diretoria Executiva
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