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OS BANCOS ABUSAM: os lucros e as demissões feitas pelos patrões banqueiros

Banco Itaú Unibanco lucra R$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 mil empregos em um ano

Entre junho de 2011 e junho deste ano o Itaú fechou 9.014 postos de trabalho (8,8% do quadro de funcionários), dos quais 3.777 apenas no segundo trimestre de 2012, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira 24 pelo maior banco privado do país. O brutal corte de empregos ocorreu mesmo com o lucro líquido de R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, que representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011.

“É inadmissível que um banco com esse resultado gigantesco, que não enfrenta nenhum problema, demita tantos trabalhadores, como também estão fazendo o Bradesco e o HSBC. É uma política socialmente irresponsável, que joga contra o desenvolvimento e os interesses do país”, acusa Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano.”

Compare aqui os balanços do Itaú nos primeiros semestres de 2011 e 1012.

O lucro do semestre seria ainda maior se o Itaú não tivesse aumentado em 26,7% as despesas para provisões para crédito de liquidação duvidosa, no comparativo entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, chegando a R$ 12 bilhões. Essas provisões representam 38 vezes o aumento de 0,7% na inadimplência registrada pelo banco no mesmo período.

“Seguindo a mesma política do Bradesco, que divulgou o balanço na segunda-feira, o Itaú eleva de forma descabida as provisões para créditos duvidosos em relação à inadimplência real. Esse é um truque manjado dos bancos para maquiar o balanço”, denuncia Carlos Cordeiro.

“Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensionando as provisões para uma inadimplência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justificar as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos”, acrescenta Carlos Cordeiro. “E com isso ainda reduzem a distribuição de PLR aos trabalhadores.”

Receitas com tarifas crescem

Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita de prestação de serviços aumentou em 8,17% nesse período (para R$ 7,2 bilhões), o que significa que apenas com essa rubrica o Itaú paga uma vez e meia todas as despesas de pessoal. As rendas com tarifas bancárias cresceram ainda mais: 16,06%.

“Ou seja, a exemplo do Bradesco a redução da taxa Selic também no Itaú não teve efeitos. O banco não baixou os juros e ainda aumentou as tarifas, afrontando os esforços do governo de reduzir o custo do crédito e realizando um verdadeiro saque de toda a população”, conclui o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Banco Bradesco aumenta lucro para R$ 5,7 bi no semestre, mas fecha 571 empregos em 3 meses

O Bradesco fechou 571 postos de trabalho no segundo trimestre de 2012, apesar de registrar lucro líquido de R$ 2,867 bilhões no período, um crescimento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira 23 pelo segundo maior banco privado do país. No semestre, o lucro líquido já chega a R$ 5,72 bilhões.

O lucro líquido aumentou mesmo com a elevação em 39,8% das provisões para créditos de liquidação duvidosa, que saltaram de R$ 2,43 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 3,40 bi no mesmo período de 2012 – embora o índice de inadimplência superior a 90 dias tenha crescido apenas 0,5%.

O número de empregados diminuiu de 105.102 em março deste ano para 104.531 em junho, com fechamento de 571 postos de trabalho. “Assim como o Itaú e o HSBC, o Bradesco fechou empregos, o que precisa ser denunciado e virar também mobilização. Isso reforça a luta pelo emprego na Campanha Nacional”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

“Ao elevar de forma descabida as provisões para créditos duvidosos, uma vez que ela não têm nenhuma relação razoável com a inadimplência real, o Bradesco está usando o velho truque de maquiar o balanço para reduzir o lucro líquido e assim tentar justificar demissões e diminuir a distribuição de PLR aos bancários”, critica Carlos Cordeiro.

Os ativos totais do banco ficaram em R$ 830,5 bilhões, um crescimento de 20,5% em 12 meses e de 5,2% ante o primeiro trimestre. Essa expansão foi puxada pela evolução da carteira de títulos e valores mobiliários, que dão lastro às operações de tesouraria. O estoque desses papéis teve alta de 39,4% em 12 meses, para R$ 322,5 bilhões, bastante superior à expansão do crédito. Em três meses, a variação foi de 9,3%.

Receitas com tarifas crescem, crédito se retrai

As receitas do Bradesco com cobrança de tarifas bancárias cresceram 6,83% no segundo trimestre comparado com o primeiro e 20,27% em relação ao mesmo período de 2011.

Já as operações de crédito aumentaram em apenas 3,49% no segundo trimestre em relação ao primeiro e em 11,3% comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Ao divulgar o balanço, o Bradesco previu que a expansão de sua carteira de crédito para 2012, que anteriormente estimava entre 18% a 22%, deverá diminuir e ficar entre 14% a 18%.

“Esse é outro truque dos bancos que precisa ser desmascarado para a sociedade. Utilizam um aumento insignificante da inadimplência para chantagear a sociedade brasileira e dessa forma justificar as tarifas, spreads e juros mais altos do mundo, além de reduzir a expansão da oferta de crédito”, acrescenta Carlos Cordeiro.

“A redução da Selic não teve efeitos no Bradesco, que não reduziu juros e ainda subiu tarifas. A sociedade brasileira não pode continuar aceitando esse terrorismo. O sistema financeiro nacional está mais sólido do que nunca e os lucros continuam crescendo de forma escandalosa. Não há nenhuma justificativa para demissões, enxugamento do crédito e manutenção desse nível escorchante de tarifas e juros”, salienta o presidente da Contraf-CUT.

“Com esse corte inaceitável de vagas, vamos incluir também o Bradesco na agenda de mobilização contra as dispensas e a rotatividade, a exemplo do Itaú e do HSBC. Além disso, vamos reforçar ainda mais a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários 2012”, conclui Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancos têm capacidade para contratar muito mais, diz economista do DIEESE

Rede de Comunicação dos Bancários
Flávia Silveira

A 13ª Pesquisa de Emprego Bancário apresentada aos trabalhadores reunidos na 14ª Conferência Nacional da categoria comprova: os bancos podem e devem contratar mais. O estudo foi realizado pela Contraf-CUT e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Durante sua exposição no Painel de Emprego da Conferência, o técnico do Dieese Nelson Karam reforçou a preocupação crescente com a qualidade do emprego. “Boa parte das campanhas salariais acabam se pautando pela reposição salarial. É claro que isso continua sendo importante, mas agora vemos maior discussão sobre outras questões, como saúde e condições de trabalho e também a questão da qualidade do emprego”, afirmou.

De acordo com a pesquisa, nos últimos anos houve expansão na contratação bancária. Se no início dos anos 1990 eram cerca de 730 mil bancários no país e ao final da década o número caiu para 392 mil, a partir do ano 2000 os empregos voltaram a crescer. Em 2012, a categoria bancária é formada por 508 mil trabalhadores, crescimento de 29% em relação ao final da década de 1990.

Karam ressaltou que, no entanto, esse aumento está muito aquém da capacidade do setor. “Em 2004, os cinco maiores bancos atuantes no Brasil lucraram R$ 18 bilhões. Já em 2011, este lucro pulou para mais de R$ 50 bilhões. A expansão do lucro é muito maior do que o aumento das contratações.”

Os dados de 2012 mostram que a geração de emprego diminuiu neste ano em relação aos últimos dois anos. No primeiro trimestre de 2012, foram criados cerca de 1.100 postos, o que significa queda de 83% em comparação com a geração de empregos formais no setor, nos últimos anos.

A pesquisa também aponta que há concentração de novas vagas nesses cinco maiores bancos que atuam no Brasil, principalmente na região Sudeste, onde estão 61% dos trabalhadores bancários.

Alta rotatividade

Karam destacou a importância de outros dados: aqueles que indicam diminuição no tempo que os bancários mantêm-se no emprego. Em 1995, 46% dos empregados possuíam mais de 10 anos de casa. Em 2010, o percentual passou para apenas 26%. “Isso mostra a alta rotatividade no setor, que tem atingido especialmente os funcionários com mais tempo de banco e, portanto, com salários maiores”, explicou.

A estratégia da rotatividade para diminuição de gastos fica muito clara no setor bancário. “Se compararmos o salário, um bancário contratado chega a receber até 38% menos do que o que ocupava o mesmo cargo anteriormente. É uma média muito superior à dos outros setores, que fica em 7%”, afirmou o técnico do Dieese.

Terceirização

Segundo Nelson Karam, o aumento expressivo de correspondentes bancários contribui com a precarização do emprego. No início do ano 2000, o número de correspondentes era inexpressivo. Em 2010 já eram quase 158 mil e agora, em 2012, já são mais de 300 mil. “São trabalhadores que não possuem representação formal, com direitos limitados”, acentuou.

Jornada

Apesar de ser uma conquista histórica da categoria bancária, a jornada de seis horas diárias, na prática, é amplamente desrespeitada. Metade dos bancários já trabalha entre 31 horas e 40 horas por semana. Em 1995, esse número era de 31%. “Por isso a importância da luta pela redução da jornada, bastante forte no movimento sindical bancário. Temos de lembrar que não é apenas a extensão da jornada, mas também a intensificação, porque o ritmo de trabalho é cada vez mais forte”, salientou Nelson Karam.

Mulheres

Em 1995, a participação da mulher no setor bancário era de 42%. Em 2010, o número aumentou para 48%. No entanto, a desigualdade salarial se acentuou nesse período. Em 1995, a diferença salarial entre homens e mulheres era de 21%. Já em 2010, as mulheres passaram a ganhar em média 24% menos que os homens, exercendo as mesmas funções.

Entre as que foram desligadas, a diferença é ainda maior. A média salarial das bancárias demitidas chega a ser 29% inferior à dos bancários.

Faixa etária e escolaridade

O estudo também nota mudança na faixa etária da categoria nos últimos anos. Houve crescimento no número de bancários na faixa de 40 a 49 anos, de 22% em 1995 para 27% em 2010. E o perfil de escolaridade também mudou: atualmente, 69% dos trabalhadores do setor possuem formação superior completa. Em 1995, apenas 21% chegava ao nível superior.

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DIEESE mostra como rotatividade reduz média salarial dos bancários

Rede de Comunicação dos Bancários
Evando Peixoto e Fernanda Moraes

A mobilização nacional e unificada dos bancários garantiu 13,93% de aumento real nos salários nos últimos oito anos. A média salarial da categoria, no entanto, não reflete essa realidade: cresceu apenas 3,6% nesse período, principalmente em função da rotatividade no sistema financeiro, utilizada pelas empresas para reduzir a folha de pagamentos. Os bancos trocam profissionais com salários mais altos por novos empregados com remuneração mais baixa.

Em 2004, o bancário recebia, em média, R$ 4.279. O valor subiu para R$ 4.435 em 2011 – crescimento de 3,6%. No mesmo período, a lucratividade dos maiores bancos saltou de R$ 23,32 bilhões para R$ 53,42 bilhões – aumento de 230,43%.

A demonstração do aprisionamento do ganho dos bancários face à exorbitância do faturamento dos banqueiros foi feita pela economista do Dieese Catia Uehara, na tarde desta sexta-feira, em painel de debates da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, evento que prossegue até domingo 22, em Curitiba (PR).

Conforme ressaltou Catia Uehara, a remuneração certamente será o “fio condutor” das campanhas salariais de diversas categorias no segundo semestre deste ano, especialmente na campanha nacional dos bancários.

A economista destacou o fato de a renda média dos bancários não conseguir acompanhar sequer o crescimento da massa salarial e da geração de empregos no setor. O número de postos de trabalho saltou de 393.140 mil em 2001, para 506.699 em 2011, o que representa aumento de 28% de novos postos. No entanto, a questão da rotatividade é o grande vilão para a categoria. “A diferença do salário pago entre o admitido e o desligado é, em média, 38% inferior. Esse tem sido o mecanismo usado pelos banqueiros para atenuar o impacto das negociações coletivas”, ressaltou Catia.

Catia destacou os avanços na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com dados demonstrativos do crescimento do peso da remuneração variável na renda do bancário. A representatividade da remuneração variável na remuneração total do bancário subiu de 5,4% em 1995, para 14,5% em 2011. No mesmo período, a remuneração de renda fixa passou de 67,7% para 62% da renda total. Quanto à renda fixa indireta os percentuais passaram de 26,9% para 23%.

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Banco Santander lucra 3,23 bilhões de reais no semestre, mas fecha 135 empregos em 3 meses

Lucro líquido gerencial alcançou a marca de 3,23 bilhões de reais em 6 meses; no primeiro semestre de 2011 havia registrado a marca de 3,38 bilhões de reais.

INFORMAÇÕES COLHIDAS NO SÍTIO http://www.santander.com.br/document/wps/Press_Release_PORT_2T12p.pdf

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Lucro do Banco Santander Brasil cai 5,5% no 2o tri

SÃO PAULO, 26 Jul (Reuters) – O Santander Brasil encerrou o segundo trimestre com lucro líquido 1,464 bilhão de reais, queda de 5,48 por cento na comparação com o mesmo período de 2011, segundo termos contábeis brasileiros, em meio a um aumento de provisões para perdas com crédito e alta na inadimplência.

Sem incluir reversão de despesa com amortização de ágio decorrente da aquisição do Banco Real, no valor de 909 milhões de reais, o lucro líquido societário do banco foi de 555 milhões de reais no segundo trimestre, recuo de 35,2 por cento sobre o resultado dos primeiros meses de 2012.

Analistas consultados pela Reuters, estimavam lucro líquido recorrente de 1,285 bilhão de reais para o período. Não ficou imediatamente claro se os termos são comparáveis.

Seguindo quadro apresentado pelos rivais Bradesco e Itaú Unibanco , o Santander Brasil fechou o trimestre passado com aumento na provisão para créditos de liquidação duvidosa. A linha teve salto de 49 por cento na comparação anual, para 3,8 bilhões de reais. Na comparação com o primeiro trimestre, as provisões dispararam 23,2 por cento.

“Com a expectativa de retomada da atividade econômica a partir do segundo semestre, a tendência esperada será uma melhora nos atuais patamares de inadimplência e consequentemente de despesa de provisão”, afirmou o Santander Brasil no balanço.

O crescimento nas provisões veio acompanhado de aumento no índice de inadimplência de operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias, que passou de 4,3 por cento no segundo trimestre de 2011 para 4,9 por cento nos três meses encerrados em junho. Enquanto isso, o índice de atrasos acima de 60 dias, indicativo do comportamento futuro da inadimplência, passou de 5,2 para 6 por cento no período.

Nos títulos vencidos há mais de 90 dias, a inadimplência no segmento de pessoa física foi de 7,3 por cento, crescendo ante os 6,7 do trimestre anterior e os 6,4 por cento de um ano antes. Na pessoa jurídica, a taxa no segundo trimestre foi de 2,6 por cento após 2,4 por cento no primeiro trimestre e 2,5 por cento nos três primeiros meses de 2011.

CARTEIRA

O Santander Brasil fechou o segundo trimestre com carteira de crédito ampliada de 217,055 bilhões de reais, crescimento de 17,3 por cento em 12 meses e de 2,8 por cento no trimestre.

Os empréstimos à pessoa física no trimestre encerrado em junho somaram 68,83 bilhões de reais ante 60,4 bilhões um ano antes. Os produtos de maior destaque no trimestre foram cartões, com alta em 12 meses de 25 por cento, e crédito imobiliário, com crescimento de 33,9 por cento. Já as operações voltadas a veículos, que registraram no início do ano forte aumento de inadimplência, tiveram incremento ligeiro de 1,2 por cento no segundo trimestre.

Na pessoa jurídica, a carteira total cresceu 18,3 por cento no período, com destaque para aumento de 32 por cento nas operações voltadas a capital de giro. Crédito para comércio exterior e rural recuaram 9,5 e 13,9 por cento, respectivamente.

Enquanto isso, o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado (ROE), um indicador da lucratividade de um banco, foi de 11,5 por cento, excluindo ágio, no segundo trimestre, enquanto analistas consultados pela Reuters estimavam índice de 11,6 por cento no período. Nos três primeiros meses de 2012, o indicador havia sido de 14,2 por cento.

O banco obteve margem financeira bruta de 8,379 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 24 por cento sobre os 6,761 bilhões de reais obtidos um ano antes.

O indicador de eficiência terminou o segundo trimestre em 41,9 por cento, com melhoras de 1,7 ponto percentual, em relação aos três meses anteriores, e de 4,7 ponto na comparação anual.

O Santander Brasil terminou junho com ativos totais de 435,349 bilhões de reais, alta de 2,5 por cento em doze meses e de 4,7 por cento no trimestre.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE86P03Y20120726?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

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Banco Santander lucra R$ 1,46 bilhão no 2º trimestre, mas fecha 135 empregos

O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (26) lucro líquido de R$ 1,464 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 17,1% ante o primeiro trimestre. Já no primeiro semestre, o ganho foi de R$ 3,230 bilhões, recuo de 4,3% em relação a igual período do ano passado, conforme o padrão contábil brasileiro (BR Gaap). A filial brasileira respondeu por 26% do resultado do Santander em todo mundo.

O banco também divulgou o resultado segundo o padrão contábil internacional, o IFRS. O Santander Brasil apurou lucro líquido consolidado de R$ 1,459 bilhão no segundo trimestre, o que representa uma queda de 15,3% diante do primeiro trimestre deste ano. Já o ganho do primeiro semestre atingiu R$ 3,182 bilhões, um recuo de 4% em relação ao mesmo período de 2011.

Corte de empregos

Apesar do lucro bilionário, o Santander fechou empregos no Brasil. O banco cortou 135 vagas no segundo trimestre. No final do primeiro trimestre, o quadro era de 55.053 funcionários, sendo reduzido agora para 54.918.

“É injustificável a redução de empregos no Santander, seguindo o mau exemplo do Itaú, do HSBC e do Bradesco, mostrando também falta de compromisso com o desenvolvimento do Brasil”, afirma o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Apesar do desaquecimento da economia, o país está crescendo e a geração de empregos precisa ser assumida pelo sistema financeiro como contrapartida social, contribuindo para incentivar a produção e o consumo”, destaca.

“Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano”, aponta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Provisões disparam e reduzem lucro

O resultado foi muito afetado pelas provisões para devedores duvidosos (PDD), que são feitas para cobrir possíveis perdas com inadimplência e, como entram na condição de despesa no balanço, acabam por diminuir o lucro.

As despesas com créditos duvidosos, descontados os valores que foram recuperados, subiram no primeiro semestre para R$ 6,899 bilhões: alta de 47% em relação às do mesmo período de 2011 e de 23,2% na comparação com a do primeiro trimestre deste ano.

Já a inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,9% em junho, com aumento de 0,4 ponto percentual no segundo trimestre e de 0,6 ponto percentual na comparação com a do primeiro semestre do ano passado.

“Enxergamos que a inadimplência pode estar no pico e com possibilidade de estabilização a partir do terceiro trimestre”, explicou o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela. “É a mesma situação de crédito apontada pelos nossos concorrentes nos últimos dias”, alegou.

O índice de Basileia do Santander terminou o segundo trimestre em 21,9%, abaixo dos 27% do mesmo período do ano passado.

Lucro mundial cai pela metade

Já o lucro mundial do Santander caiu pela metade após ter feito baixa contábil de desvalorizados ativos imobiliários espanhóis, apesar de os depósitos na Espanha terem saltado durante o período.

O banco espanhol teve lucro líquido de 1,7 bilhão de euros após a baixa contábil de 2,78 bilhões de euros em ativos imobiliários espanhóis. O lucro para o período antes das provisões foi de 3 bilhões de euros.

A instituição sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino Unido. A América Latina respondeu por metade do lucro global do Santander.

Espanha

O Santander informou que na Espanha teve um lucro líquido de 100 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, queda de quase 93% em comparação com o 1,39 bilhão de euros apurado no mesmo período do ano anterior.

Os ganhos foram impactados com provisões contra perdas imobiliárias em seu mercado doméstico. O Santander reservou 1,304 bilhão de euros para cobrir perdas em sua exposição ao mercado imobiliário espanhol.

Fonte: Contraf-CUT com agências de notícias

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