Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O déficit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o exterior, chegou a US$ 2,568 bilhões, em agosto, e acumulou US$ 31,662 bilhões nos oito meses do ano. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Banco Central (BC). Nos mesmos períodos do ano passado, o resultado negativo estava em US$ 4,849 bilhões e US$ 34,441 bilhões, respectivamente. O resultado do mês passado ficou acima do esperado pelo BC, que previa US$ 2,1 bilhões.
Um dos itens da conta-corrente é a balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), que registrou déficit de US$ 3,011 bilhões, no mês passado, e de US$ 26,141 bilhões, nos oito meses do ano.
A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 3,063 bilhões, no mês passado, e US$ 20,683 bilhões, de janeiro a agosto deste ano.
Outro item das transações correntes é a balança comercial, formada por exportações e importações, que, por sua vez, contribuiu para compensar o resultado negativo dos outros itens da conta-corrente. No mês passado, o saldo positivo ficou em US$ 3,226 bilhões. Nos oito meses do ano, o superávit comercial chegou a US$ 13,172 bilhões.
As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) tiveram ingresso líquido de US$ 280 milhões, em agosto, e US$ 1,989 bilhão, nos oito meses de 2012.
Edição: Juliana Andrade
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BC revisa projeção de saldo negativo das contas externas de US$ 56 bilhões para US$ 53 bilhões
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Banco Central (BC) revisou hoje (25) a projeção de déficit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o exterior, que passou de US$ 56 bilhões para US$ 53 bilhões, este ano.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a estimativa passou de 2,38% para 2,31%, para este ano.
Um dos itens que influenciou o projeção do saldo negativo das transações correntes foi a conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários). A estimativa de saldo negativo passou de US$ 37,9 bilhões para US$ 34,7 bilhões.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, as remessas de lucros e dividendos mais moderadas foram o “principal fator” para a revisão do saldo das contas externas. A moderação nas remessas de lucros e dividendos de empresas filiais no Brasil para o exterior estão contidas devido ao ritmo da atividade econômica mais lenta, o que reduz a rentabilidade. Além disso, o dólar mais caro desestimula o envio de recursos para fora do país. Para enviar os recursos para o exterior, as empresas têm que converter em dólares o lucro auferido em reais.
Em contrapartida, de acordo com Maciel, aumentaram os recursos de filiais de empresas brasileiras no exterior que vêm para o Brasil. “O investimento brasileiro no exterior tem aumentado ao longo dos últimos anos. É natural que em algum momento isso se revertesse em lucros”, disse. Além disso, segundo Maciel, o dólar mais alto “pode influenciar no momento em que a empresa traz esses recursos” para o Brasil.
No caso da balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), a revisão do saldo negativo variou de US$ 39 bilhões para US$ 39,1 bilhões.
A balança comercial, formada por exportações e importações, contribui para compensar o resultado negativo dos outros itens da conta-corrente. A projeção para o superávit comercial foi mantida em US$ 18 bilhões.
As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) devem ter ingresso líquido de US$ 2,8 bilhões este ano, a mesma estimativa anterior.
Edição Beto Coura
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BC: investimento estrangeiro no setor produtivo será suficiente para cobrir déficit em transações correntes
Repórter da Agência BrasilBrasília – O Banco Central (BC) revisou a projeção de investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo no país, este ano, de US$ 50 bilhões para US$ 60 bilhões. No ano passado, o IED ficou em US$ 66,66 bilhões. De janeiro a agosto, entraram no país US$ 43,175 bilhões em investimento direto, ante US$ 44,080 bilhões de igual período de 2011. Somente em agosto, o IED chegou a US$ 5,034 bilhões, acima da projeção para o mês (US$ 4 bilhões).
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o IED deve fechar o ano em 2,61%, ante 2,12% previstos anteriormente.
Segundo as projeções do BC, o IED será mais do que suficiente para cobrir o resultado negativo das transações correntes do Brasil com o exterior. A estimativa de déficit em transações correntes para este ano é US$ 53 bilhões. O saldo negativo em conta-corrente deve corresponder a 2,31% do PIB, contra 2,38% previstos anteriormente.
“Em termos de investimento estrangeiro direto, o país se consolidou como receptor e isso reflete o diferencial da economia brasileira em relação à de outros países neste momento [de crise econômica externa]. Isso reflete naturalmente os fundamentos macroeconômicos sólidos, uma demanda doméstica fortalecida nos últimos anos”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
Para setembro, a projeção do BC é que o IED chegue a US$ 4 bilhões. Neste mês, até o dia 21, foram investimentos no setor produtivo do país US$ 2,521 bilhões.
O IED é considerado a melhor forma de financiamento por ser de longo prazo. Outra forma de financiamento do saldo negativo é a entrada de investimentos em ações e em títulos de renda fixa, além de empréstimos.
A projeção do BC para o investimento estrangeiro em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior passou de US$ 8 bilhões para US$ 7 bilhões. A estimativa de ingresso líquido de investimento em títulos de renda fixa negociados no país subiu de US$ 3 bilhões para US$ 5 bilhões.
Edição: Juliana Andrade
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Aumentam gastos de brasileiros em viagens internacionais, mostra BC
Kelly Oliveira
Repórter da Agência BrasilBrasília – Os gastos de brasileiros no exterior chegaram, em agosto, a US$ 1,923 bilhão, maior do que o resultado de igual mês do ano passado (US$ 1,913 bilhão), informou hoje (25) o Banco Central (BC).
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento dos gastos em viagens internacionais, mesmo em momento de alta do dólar, ocorreu porque muitos pacotes de viagens já tinham sido comprados. Além disso, segundo ele, “oscilações mensais em termos de viagens internacionais são normais”.
Para Maciel, os gastos de brasileiros em viagens internacionais estão “andando de lado”. “[O montante] está relativamente estável. Não tem crescido de forma robusta como ocorreu no ano passado quando efetivamente se destacou na conta de serviços”, disse.
Nos oito meses do ano, os gastos de turistas brasileiros em viagens internacionais ficaram em US$ 14,635 bilhões, acima dos US$ 14,39 bilhões de janeiro a agosto de 2011.
Em agosto, as despesas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 542 milhões, ante US$ 586 milhões do mesmo mês do ano. De janeiro a agosto, foram registrados US$ 4,559 bilhões, contra US$ 4,335 bilhões nos oito meses do ano passado.
Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e das receitas de estrangeiro no Brasil, o déficit na conta de viagens internacionais ficou em US$ 10,076 bilhões, de janeiro a agosto. A projeção do BC para o resultado negativo este ano passou de US$ 13 bilhões para US$ 13,5 bilhões.
A conta de viagens internacionais é um dos itens que mais influenciam o resultado negativo da balança de serviços (viagens, transportes, aluguel de equipamentos e demais serviços). Outro item dessa conta é aluguel de equipamentos, que teve a estimativa de saldo negativo em 2012 mantida em US$ 19 bilhões. De janeiro a agosto, o saldo negativo dessa conta ficou em US$ 12,154 bilhões.
No caso de transportes, a estimativa também foi mantida, em US$ 8,5 bilhões, este ano. Nos oito meses do ano, o saldo negativo ficou em US$ 5,665 bilhões.
Edição: Juliana Andrade
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