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Presidenta Dilma critica os Estados Unidos e nega protecionismo brasileiro

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reagiu hoje (25), em Nova York, na abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, no seu discurso, a acusação do governo dos Estados Unidos que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos seus produtos. Dilma ressaltou que todas as decisões, adotadas no Brasil, são respaldadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Ela negou irregularidades ou desvios de conduta.

Assim como na carta enviada semana passada ao representante do Comércio Internacional dos Estados Unidos, Ron Kirk, pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Dilma condenou a desvalorização artificial da moeda norte-americana, que afeta os países em desenvolvimento, principalmente o Brasil.

“O protecionismo deve ser combatido, pois confere maior competitividade de maneira espúria”, disse a presidenta, que abriu a Assembleia Geral das Nações Unidas. “[Nossas medidas foram] injustamente classificadas como protecionismo.”

Para a presidenta, é fundamental que os órgãos internacionais, como o G20 (países mais desenvolvidos do mundo), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), passem a atuar no controle da guerra cambial e do estímulo do crescimento econômico. Dilma chamou esses órgãos de “mecanismos multilaterais” e alertou sobre as ameaças ao mundo atual.

“A recessão só agudiza os acontecimentos. [É necessário] um amplo pacto contra a desesperança que provoca o desemprego e a falta de oportunidades”, disse a presidenta em referência às medidas de contenção adotadas por alguns países em busca de soluções para impedir o agravamento causado pela crise econômica internacional.

Dilma reiterou que as dificuldades, que citou há um ano, quando abriu a 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, ainda permanecem apenas com alguns “novos contornos”. “Constato a permanência de muitos problemas que nos afligia cuja solução é cada vez mais urgente”, advertiu ela. “A crise econômica ganhou novos retornos, a opção por políticas ortodoxas agrava gerando reflexos em países emergentes.”

Em uma crítica aos líderes políticos dos países europeus e dos Estados Unidos, a presidenta disse que “as principais lideranças ainda não encontraram o caminho” para articular alternativas para a economia associadas à inclusão social. Segundo ela, essa ausência de alternativas “afeta as camadas mais vulneráveis da população” causando a fome, o desemprego e a desilusão.

“A história revela que a austeridade quando exagerada e isolada do crescimento derrota a si mesma. [No Brasil nós] aumentamos nossos investimentos em infraestrutura e combate à inflação, de inclusão social e combate à pobreza. Reduzimos a carga tributária e o custo da energia”, disse Dilma, informando que mais de 40 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza nos últimos anos.

Edição Beto Coura//Matéria alterada para correção de informação no segundo parágrafo – Dilma condenou a desvalorização artificial da moeda norte-americana e não a valorização.

Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-09-25/presidenta-dilma-critica-os-estados-unidos-e-nega-protecionismo-brasileiro

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Terça-feira, 25 de setembro de 2012 às 12:01   (Última atualização: 25/09/2012 às 12:19:58)

Na ONU, Dilma pede urgência na construção de um amplo pacto pela retomada do crescimento global

A presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (25), ao discursar na abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, urgência na construção de um amplo pacto pela retomada do crescimento global. Segundo ela, não haverá resposta eficaz à crise enquanto não se intensificarem os esforços de cooperação entre os países e os organismos internacionais.

“Não haverá resposta eficaz à crise enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países e os organismos multilaterais como o G-20, o FMI e o Banco Mundial. Esta coordenação deve buscar reconfigurar a relação entre política fiscal e monetária para impedir o aprofundamento da recessão, controlar a guerra cambial e reestimular a demanda global (…) É urgente a construção de um amplo pacto pela retomada coordenada do crescimento econômico global, impedindo a desesperança provocada pelo desemprego e pela falta de oportunidades”, afirmou.

Dilma criticou os países desenvolvidos por implementarem uma política monetária que prejudica os países em desenvolvimento. De acordo com a presidenta, a valorização artificial das moedas dos países desenvolvidos agrava ainda mais o quadro recessivo global.

“A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando a recessão nas economias desenvolvidas com reflexos nos países emergentes, inclusive o Brasil. As principais lideranças do mundo desenvolvido ainda não encontraram o caminho que articula ajustes fiscais apropriados e estímulos ao investimento e à demanda indispensáveis para interromper a recessão (…) Os Bancos Centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista que desequilibra as taxas de câmbio. Com isso, os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global”, disse.

No discurso, a presidenta disse ainda ser inaceitável que a defesa comercial praticada pelos países em desenvolvimento seja injustamente classificada como protecionismo.

“Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo. Devemos lembrar que a legítima defesa comercial está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio. O protecionismo e todas as formas de manipulação do comércio devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira espúria e fraudulenta”, afirmou.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://blog.planalto.gov.br/

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