A V Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (V CNPM), realizada em Brasília (DF), de 29 de setembro a 1º de outubro de 2025, marcou a retomada de um espaço crucial para os direitos feministas no Brasil. Com mais de quatro mil participantes, o evento consolidou um plano de ação robusto focado em “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”.
A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tiveram um papel decisivo, levando as pautas das trabalhadoras do Estado ao cenário nacional.
As propostas aprovadas na Conferência refletem as demandas históricas da categoria e do movimento sindical:
Igualdade Salarial e Laboral: fortalecimento do grupo de trabalho interministerial para garantir a fiscalização e punição mais severas contra empresas que praticam a desigualdade salarial — uma pauta central para as bancárias.
Política de Cuidados: aprovação da criação de um Plano Nacional de Cuidados, essencial para combater a sobrecarga da dupla jornada, permitindo que as mulheres, incluindo as bancárias, dediquem mais tempo à carreira e à participação social.
Enfrentamento à Violência: consolidação de um Sistema Único de Políticas para Mulheres, fortalecendo o combate a todas as formas de violência, incluindo o assédio no local de trabalho.
Representação Feminina e Continuidade da Luta
A militância da Fetec/PR foi registrada pela participação da bancária Eunice Miyamoto no evento. Sua presença reforçou o compromisso da Federação em atuar como um Sindicato Cidadão, não apenas na defesa dos direitos específicos da categoria bancária e financiária, mas na construção de uma sociedade mais justa para todas as mulheres.
A Fetec/PR levará as diretrizes aprovadas em Brasília para o âmbito estadual, pressionando o governo do Paraná, por meio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM/PR), a incorporar as pautas de igualdade salarial, combate ao assédio e ampliação do cuidado. “A força da bancária e da trabalhadora paranaense esteve presente em cada debate. Aprovamos um plano que é um guia essencial: ele é a prova de que só com mais democracia e representatividade feminina no centro das decisões conseguiremos, de fato, erradicar a desigualdade salarial e a sobrecarga do cuidado”
Eunice Miyamoto, bancária e secretária da mulher trabalhadora da CUT/PR.
Fonte: Fetec/PR