A Justiça do Trabalho de Dourados (MS) condenou o Banco do Brasil a pagar R$ 25 mil por danos morais ao funcionário Robério Batista. A ação foi movida pelo Sindicato dos Bancários local. Robério é diretor da entidade, sofreu constrangimentos e abuso de autoridade quando trabalhava na agência Maracaju e posteriormente na unidade de Dourados.
Esse é um dos muitos casos de assédio moral, prática que vem se multiplicando no BB. O assédio é caracterizado pela repetição de condutas que visam perseguir e humilhar determinado trabalhador, gerando danos emocionais e físicos. “Esta condenação só confirma o que o Sindicato sempre disse: o Banco do Brasil é um dos maiores assediadores do sistema financeiro”, afirmou o diretor do Sindicato e da CUT/RJ Marcello Azevedo. Para o dirigente, a luta contra o assédio moral e perseguições no BB tem que ser ampliada, em todo o país, através da mobilização da categoria e de ações judiciais. “É importante, neste sentido, que os bancários assediados denunciem os casos imediatamente ao Sindicato”, orientou Marcello.
Perseguição – Em outro caso de perseguição, no último dia 3, a juíza Solyamar Dayse Neiva Soares, da 19ª Vara do Trabalho de Brasília, condenou o banco a pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais causados a um analista da Diretoria de Risco. O funcionário e dois colegas foram descomissionados pelo chefe da Diris, René Sanda, por moverem reclamação judicial exigindo o pagamento da sétima e oitava horas. A juíza acionou o Ministério Público do Trabalho contra o BB por entender que o ato do diretor “constitui forte indício da prática de dano moral coletivo”..
Fim de gerência pode atingir cerca de 40 funcionários
O Banco do Brasil está desativando gradativamente a diretoria de mercado de capitais, com sede no Rio. Com cerca de seis anos na cidade, em agosto deste ano essa diretoria sofreu modificações administrativas, entre elas a transferência de duas gerências para São Paulo. Como conseqüência, serão transferidos cerca de 40 funcionários.
Para o diretor do Sindicato e funcionário do BB Naide Ribeiro, esse desmonte da diretoria de mercado de capitais tem como argumento o fato de o Rio não ter Bolsa de Valores. “Trata-se de uma argumentação capenga nos dias de hoje, quando as operações de compra e venda de ativos financeiros podem ser feitas pela internet”, criticou Naide.
Para o dirigente, as atitudes da diretoria do BB em relação ao assunto configuram um enorme desprestígio do Rio, que vai perder receitas importantes. “Falei com o vice-presidente da área, Aldo Mendes, que confirmou haver um debate sobre o assunto em Brasília”, informou.
Naide defende a articulação de contatos com pedidos de apoio a parlamentares com o objetivo de evitar que a diretoria saia do Rio.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosrio.com.br.