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Estudo do IPEA mostra que valorização do real anula proteção comercial negociada na OMC e prejudica exportações

São Paulo – Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a desvalorização cambial constatada em alguns países, como a China e os Estados Unidos, pode afetar o Brasil e anular as tarifas de proteção comercial negociadas na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“As tarifas, instrumento básico de proteção comercial negociado ao longo de décadas, acabam sendo anuladas pelos efeitos dos desalinhamentos cambiais. Mais ainda, os desalinhamentos cambiais afetam diretamente os níveis de concessões oferecidos nas negociações e os níveis de abertura comercial negociados na OMC”, diz o Ipea, no estudo divulgado hoje (11), na capital paulista.

O Ipea aponta que a desvalorização cambial acaba também servindo como subsídios às exportações desses países e como sobretaxas às suas importações, transformando-se “em barreiras ao comércio muito mais eficazes que as tarifas aplicadas”.

Os entraves da Rodada Doha, por exemplo, de acordo com o estudo, podem estar sendo causados pela questão cambial. “A OMC precisa enfrentar a questão dos efeitos do câmbio sobre o sistema de regras desenvolvido nas últimas décadas. Diante da atual situação da Rodada Doha, pode-se perguntar se a questão cambial não estaria por trás do impasse enfrentado”.

O estudo mostra, por exemplo, que uma desvalorização de 30% no câmbio da China representaria subsídio às suas exportações e traria efeitos danosos ao Brasil. Essa desvalorização não só anularia as tarifas consolidadas e negociadas pelo Brasil na OMC, como também transformaria as tarifas aplicadas em incentivos às importações chinesas. “Em síntese, para o Brasil, a valorização da sua moeda praticamente anula o instrumento das tarifas e representa incentivo às importações em geral”.

Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência BrasilEdição: Lana Cristina.

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Queda no emprego industrial é fruto de políticas do governo e de entrada de importados no mercado, diz IBGE

Rio de Janeiro – O primeiro resultado negativo para o emprego dentro do setor industrial desde julho de 2009 é reflexo do menor dinamismo do mercado de trabalho dos últimos meses. A queda de 0,2% na taxa de ocupação industrial em junho, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está diretamente relacionada a políticas governamentais e à maior entrada de produtos importados no mercado brasileiro, de acordo com o coordenador do estudo, André Macedo.

“Esse movimento de redução no ritmo de contratações é fruto não só de políticas que acabam afetando as condições de crédito, encarecendo o crédito, mas também da maior penetração de produtos importados no mercado interno.”

Por esse motivo, segundo Macedo, os setores mais identificados com o mercado interno, como os setores de calçados, têxtil, vestuário, foram os que mais contribuíram negativamente para o número menor de contratações em junho frente a maio.

“E até mesmo aqueles segmentos que vinham mostrando crescimento agora mostram uma expansão menos intensa do que em meses anteriores, como os setores de alimentos, máquinas e equipamentos, meios de transporte. Permanecem com resultados positivos, porém em magnitude menor do que o observado em meses anteriores”, explicou o economista.

Por Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lílian Beraldo.

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