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Por 13:00 HSBC

Trabalhadores no banco HSBC definem mobilização contra demissões e por valorização profissional

Aumento nos lucros do banco deve refletir em melhor remuneração e condições de trabalho mais decentes nas agências

Os dirigentes sindicais do coletivo estadual de trabalhadores no banco HSBC se reuniram, na quarta-feira, 10 de agosto, no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, para debater os impactos do processo de reestruturação anunciado pelo banco e a intenção de cortar 30 mil empregos nas suas filiais do mundo inteiro.

O assunto já havia sido discutido em uma reunião realizada, no último dia 3, em São Paulo, entre a Comissão de Organização dos Empregados no banco HSBC (COE HSBC) e a direção do banco. As informações deste encontro foram repassadas para os membros do coletivo estadual.

Na reunião do coletivo estadual ficou estabelecida uma forte mobilização dos dirigentes sindicais do Paraná para não permitir que as demissões cheguem às agências bancárias do estado. “O banco já vem demitindo diversos trabalhadores, mas vamos nos organizar e pressionar para que esta situação não se repita”, afirma Carlos Kanak, tesoureiro do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e coordenador nacional da COE no banco HSBC.

A direção do banco nega que o banco HSBC esteja demitindo funcionários no Brasil. Mas, segundo as informações que chegam dos sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR, o banco tem demitido trabalhadores. “Na reunião que tivemos, a direção do HSBC garantiu que haverá contratações no banco, mas isso não basta, temos que acabar com a rotatividade e com as péssimas condições de trabalho nas agências. Hoje, 50% dos afastamentos no banco HSBC são pedidos de desligamento por trabalhadores que não aguentam mais tanta pressão por metas”, critica Kanak.

Mobilização pela valorização dos trabalhadores

Outro debate importante discutido no coletivo estadual foi em relação a valorização dos trabalhadores bancários no HSBC e o emprego decente. No início do mês, o banco anunciou aumento nos lucros em todo o mundo no primeiro semestre deste ano. Além disso, aumentou a participação da filial brasileira no montante total de lucro do banco. “Esse crescimento nos resultados do HSBC tem que ser refletido na remuneração do trabalhador. É hora de nós cobrarmos da direção do banco um retorno na mesma medida dos lucros obtidos, principalmente através de uma PLR maior”, explica Kanak.

A cobrança pelo fim das metas e por melhores condições de trabalho foi outra resolução definida pela reunião do coletivo estadual no HSBC. O grupo também estabeleceu como tarefa para os dirigentes sindicais ampliar e qualificar o debate sobre o ponto eletrônico nas bases sindicais respectivas.

Foi aprovado também um indicativo para a realização de um encontro estadual dos dirigentes sindicais no HSBC nos dias 14, 15 e 16 de setembro, em Curitiba.

Para o coordenador da COE nacional no banco HSBC, Carlos Kanak, a Campanha Salarial Unificada é o momento ideal para os trabalhadores bancários reagirem. “É hora dos trabalhadores bancários do HSBC mostrarem a sua insatisfação com as más condições de trabalho nas agências e dizer à direção que não aguentam mais esse tipo de tratamento, se mobilizando e participando da nossa Campanha Nacional”.

Por Cícero Bittencourt

FETEC-CUT-PR

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