O Paraná ocupa o terceiro lugar entre os estados que mais geraram empregos no primeiro semestre do ano. De janeiro a junho, foram criadas no Estado 89.121 vagas com carteira assinada. Foi o melhor desempenho da região Sul. Apenas São Paulo (com 335.980 vagas) e Minas Gerais (179.074) superaram o número do Paraná. Os dados divulgados nesta segunda-feira (23) mostram uma evolução de 3,56% no volume de empregos formais no Estado em relação ao estoque de dezembro do ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Das vagas criadas no Paraná no primeiro semestre, 61.867 foram abertas no interior e 27.254 na Região Metropolitana de Curitiba. Em junho, foram criados 5.135 empregos, o que equivale a crescimento de 0,20% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Foi o melhor desempenho da região Sul. Santa Catarina criou 1.364 empregos, enquanto no Rio Grande do Sul foram eliminadas 825 vagas.
Os setores de atividade que mais geraram empregos em junho no Paraná foram Serviços (2.634 postos), Comércio (1.240 postos) e Indústria de Transformação (1.192 postos). Os municípios que mais criaram postos de trabalho foram São José dos Pinhais (629), Curitiba (392) e Foz do Iguaçu (287).
Para o secretário de Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli, o crescimento do número de empregos no Paraná, no primeiro semestre, deve ser comemorado. “Nos últimos 12 meses, foram criados 112.877 postos de trabalho no Paraná, com aumento de 4,56% no nível de emprego. Em junho, a retração na geração de empregos já era esperada por conta da desaceleração da economia brasileira, mas, mesmo assim, criamos muito mais vagas que os estados do Sul”, afirmou Romanelli.
BRASIL – No primeiro semestre, em todo o País, foram gerados 1.047.914 novos empregos com carteira assinada, correspondendo a uma elevação de 2,76% sobre o estoque de dezembro de 2011. Os dados relativos aos últimos doze meses apontam um crescimento de 4,08% no nível de emprego, com acréscimo de 1.527.299 postos de trabalho. Em junho de 2012, foram gerados 120.440 postos de trabalho celetistas, equivalentes ao crescimento de 0,31% sobre o número de assalariados do mês anterior.
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Brasil tem situação melhor que a de outros países em relação a emprego com carteira assinada, diz economista
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Apesar do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ter apontado uma redução superior a 25% na criação de empregos formais no país no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, o panorama de emprego no Brasil ainda é melhor do que o observado em muitos outros países. A opinião é de Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Em entrevista à Agência Brasil, Almeida disse hoje (23) que a vantagem é que o Brasil gerou empregos. “Nosso quadro não é tão bom como foi no ano passado, mas não é tão grave quanto em outros países. Estávamos em um quadro muito bom e que agora não está tão bom. Mas são 1 milhão de empregos, não estamos desempregando. Lá fora, tem aumento do desemprego, sobretudo na Europa. Nós ainda estamos distante disso”, avaliou.
Segundo os números do Caged, divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, a criação de empregos formais no Brasil apresentou queda de 25,9% no primeiro semestre, o que corresponde a 366 mil vagas a menos abertas no mercado de trabalho. Pouco mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada foram gerados este ano.
A redução nas vagas abertas com carteira assinada no Brasil, segundo Almeida, deve-se, principalmente, à crise internacional. “O contexto mundial não está bom e isso se revela, aqui dentro, através do ânimo do empresário e da confiança do consumidor, que ficam mais cautelosos. Em economia, cautela significa, para o consumidor, consumir menos e, para o empresário, investir menos. Com isso, o emprego não cresce tanto. A razão de fundo de nossa menor capacidade nesse primeiro semestre de 2012 é que o contexto internacional se deteriorou e isso afetou a expectativa dos nossos empresários e consumidores”, analisou.
A expectativa de Almeida para o segundo semestre é que haja uma pequena melhora na criação de vagas de empregos formais. “Penso que, nesse segundo semestre, a economia vai crescer um pouco mais. A geração de empregos talvez não melhore muito com relação ao primeiro semestre, mas talvez, por outro lado, não se deteriore. Não vamos perder de vista que geramos 1 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. Se conseguirmos fazer algo assim no segundo semestre e até um pouco melhor, estaremos em um quadro em que há deterioração do emprego, já não cresce como antes, mas nada espetacularmente ruim como lá fora”.
Edição: Lana Cristina
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