Acordo Marco em pauta no Uruguai
Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais debateu defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores na América Latina
São Paulo – O Acordo Marco Global foi tema de debates entre representantes sindicais presentes à 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais. Os bancários do Banco do Brasil cobram que o documento, já assinado pela direção, seja colocado em prática. Já os do Itaú cobram que a instituição financeira faça a adesão.
O Acordo Marco Global garante aos bancários direitos fundamentais previstos nas declarações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre eles o de sindicalização e livre organização sindical, o reconhecimento do direito de negociação coletiva, o compromisso do banco com o combate e a prevenção de problemas de saúde derivados da atividade laboral, o combate aos assédios moral e sexual, a garantia de ausência de discriminação no emprego e a promoção da igualdade de oportunidades.
A 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, promovida pela UNI Américas Finanças, foi realizada de 23 a 26 de julho, no Uruguai, e teve como objetivo traçar estratégias de ações conjuntas nos países da América Latina.
A delegação brasileira contou com 24 dirigentes sindicais. Pelo Sindicato participaram a secretária-geral Raquel Kacelnikas (BB), as diretoras executivas Rita Berlofa (coordenadora internacional da rede Santander) e Maria Rosani (Santander), o diretor executivo Daniel Reis (Itaú) e a dirigente Liliane Fiúza (HSBC). A Contraf-CUT foi representada por Carlos Cordeiro, presidente da entidade e da UNI América Finanças, e pelo secretário de relações internacionais, Mario Raia.
Redação – 26/7/2012
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Trabalhadores no Banco do Brasil cobram respeito a Acordo Marco
Instrumento foi assinado há um ano, mas persistem diferenças nos direitos de bancários de países da América Latina
São Paulo – Embora o Banco do Brasil seja a única instituição financeira nacional a firmar Acordo Marco Global com a UNI (sindicato global), abrangendo os bancários de todos os países das Américas, é necessário que a direção da empresa coloque em prática o que determina o documento. A constatação é dos funcionários da instituição financeira que integram o Comitê Sindical Internacional do Banco do Brasil da UNI que participam da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, promovida pela UNI Américas Finanças, entre 23 e 26 de julho, no Uruguai.
De acordo com a secretária-geral do Sindicato e funcionária do BB, Raquel Kacelnikas, a troca de informações entre bancários de outros países é essencial para detectar problemas, verificar como são firmados os acordos em cada nação para buscar aperfeiçoá-los junto ao banco. “Um direito que conquistamos há muitos anos como a Participação nos Lucros e Resultados não é pago aos bancários argentinos. Esse é apenas um exemplo da diferenciação que existe entre empregados de uma mesma empresa”, afirma.
Segundo Raquel Kacelnikas, além da troca de experiência entre dirigentes sindicais do Brasil (Sindicato e Contraf-CUT), Argentina (La Bancaria) e Paraguai (Fetraban) foi iniciada a comparação das cláusulas dos acordos coletivos. “Consideramos que o acordo marco é um avanço, mas que, além de ser aprimorado, buscando a isonomia de direitos entre todos os empregados, também tem de ser estendido aos países dos demais continentes onde o BB atua”, destaca.
De acordo com resolução do Comitê, a UNI deverá contatar o Banco do Brasil para que seja agendada negociação, ainda neste semestre, com a presença de representantes dos trabalhadores dos países envolvidos, para tratar especificamente do aprimoramento e renovação do acordo marco, cuja validade vai até 2013.
Acordo Marco – O Acordo Marco Global foi assinado por BB e UNI em 2011 e, além da América Latina, abrange também os funcionários do Banco Patagonia (Argentina), as agências do BB em Nova York, Miami, os escritórios de Washington, Panamá e a subagência de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).
O instrumento garante aos bancários do BB direitos fundamentais previstos nas declarações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre eles o de sindicalização e livre organização sindical, o reconhecimento do direito de negociação coletiva, o compromisso do banco com o combate e a prevenção de problemas de saúde derivados da atividade laboral, o combate aos assédios moral e sexual, a garantia de ausência de discriminação no emprego e a promoção da igualdade de oportunidades.
Sob o ponto de vista da abrangência, o acordo é o segundo maior já assinado pela UNI Sindicato Global com empresas do setor financeiro em todo o mundo. A UNI, entidade à qual a Contraf-CUT é filiada, reúne mais de mil sindicatos e mais de 22 milhões de trabalhadores do setor de serviços em 160 países de todos os continentes.
Redes sindicais – Além do Banco do Brasil, a 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais da UNI Finanças reúne representantes sindicais do HSBC, Santander, BBVA e Itaú.
Redação – 26/7/2012
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Trabalhadores bancários querem acordo marco com o banco Itaú Unibanco
Reunidos em Montevidéu, dirigentes sindicais da América Latina discutem problemas comuns entre os trabalhadores do banco
São Paulo – Dirigentes sindicais e funcionários do Itaú no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai discutiram os problemas que afetam os trabalhadores do banco nesses países e reafirmaram o empenho pela assinatura de um acordo marco global com a instituição financeira. As discussões se deram durante a 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais, que começou na segunda 23 e termina nesta quinta 26, em Montevidéu, Uruguai. Promovido pela UNI Américas Finanças, o encontro reúne cerca de 80 dirigentes do HSBC, Santander Banco do Brasil, BBVA e Scotiabank.
“O banco tem a mesma prática em todos esses países. Aposta em demissões arbitrárias, rotatividade, terceirizações e metas abusivas que levam ao adoecimento do trabalhador”, afirma o diretor executivo do Sindicato e funcionário do Itaú, Daniel Reis, que participa do evento.
Daniel lembra que só entre 2010 e 2011 foram reduzidos 4 mil postos de trabalho e demitidos 10 mil bancários do Itaú na América Latina. Ressalta ainda que o turn over (rotatividade) promovido pelo banco resulta na desvalorização do salário, já que os novos funcionários entram com salários menores que os demitidos.
Além disso, informa o dirigente, a prática antissindical do Itaú também é comum no continente. “Há perseguição de dirigentes e restrições na contratação”, denuncia.
Acordo marco – As discussões em Montevidéu reforçaram a necessidade de firmar com o banco um acordo marco global, que estabeleça limites a essas práticas.
Segundo Daniel, o acordo deve incluir a discussão da participação nos lucros e resultados; uma política positiva de contratação, sem discriminação; o combate ao trabalho precário e à flexibilização de direitos; a melhoria das condições de saúde dos funcionários; o combate às metas abusivas ao assédio moral; o combate às demissões; coibir o turn over no banco, para que não haja diminuição dos salários; e que as avaliações de desempenham sejam de fato justas.
“O encontro foi positivo. Agora vamos pressionar o banco pela assinatura do acordo”. Daniel informa ainda que o Itaú já havia sinalizado que receberia delegados sindicais neste segundo semestre. “Há uma grande possibilidade de negociarmos com o banco ainda este ano”, diz.
Além do Sindicato, a delegação brasileira em Montevidéu contou com representantes dos sindicatos do Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Fetec-CUT/SP e Feeb SP/MT.
Andréa Ponte Souza – 26/7/2012
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Trabalhadores bancários de Curitiba e Região participam de reunião internacional no Uruguai
Entre os dias 23 e 26 de julho, representantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região participam do encontro de diversas redes sindicais da América Latina, organizado pela UNI Finanças em Montevidéu, no Uruguai.
“A reunião acontece num momento extremamente preocupante em relacão à crise financeira internacional, com fusões e aquisições de bancos, denúncias de lavagem de dinheiro, desrespeito aos trabalhadores e demissões”, sintetiza Carlos Kanak, coordenador nacional da COE HSBC e um dos representates dos trabalhadores do Paraná no evento. “É muito importante para os trabalhadores da America Latina esta integração, bem como se fortalecerem em uma ação conjunta, pois os problemas são comuns, por exemplo, a todos os bancários do Itaú nesta região”, completa Júnior César Dias, da comissão de empresa do Itaú.
O evento é realizado anualmente, com organização da UNI Américas Finanças, da CCSCS (Coordenadoria da Rede Sindical nas Américas) e direção da Contraf/CUT.
Debates – Os diretores Kanak (HSBC) e Júnior (Itaú) participaram dos debates que envolveram as questões relacionadas a estes bancos. Foram realizadas também reuniões locais com representantes da direção dos bancos. “Neste último dia do encontro, os coordenadores dos trabalhos em grupos apresentam as propostas de organização de cada rede, dos acordos marcos, das campanhas de luta, ações sindicais sincronizadas e para que a UNI interfira junto à direção dos bancos HSBC, Itaú, BB e Santander na proteção aos trabalhadores”, explica Kanak.
Participam das reuniões aproximadamente 120 dirigentes sindicais representando bancários do Uruguai, Paraguai, Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Espanha, México, Peru e Colômbia.
Toda estrutura do evento foi organizada pela AEBU (Associação dos Bancários do Uruguai), que comemora 70 anos de representação dos trabalhadores bancários no pais. Além das reuniões por grupos os dirigentes sindicais participaram de uma assembleia numa agência adquirida pelo banco Itaú, onde os trabalhadores comemoram 30 anos de filiação a AEBU.
Saiba mais: Redes sindicais reforçam integração da América Latina em Montevidéu
Por: Paula Padilha
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