Crédito: Maurício Morais/Seeb SP
O Dia Nacional de Luta foi indicado pelo Comando Nacional
Os funcionários do Banco do Brasil realizaram atos, protestos e paralisações de agências em todo o país, nesta quarta-feira (20), contra o novo plano de funções comissionadas imposto unilateralmente pela empresa e que traz prejuízos aos trabalhadores, como as reduções das gratificações de funções. O Dia Nacional de Luta foi indicado pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.
As manifestações aconteceram em cidades como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Campo Grande, Fortaleza, Recife, Teresina, Cuiabá, Boa Vista, Recife, Campinas, Campos, São Caetano, Dourados, Criciúma, São José (SC), Igrejinha (RS) e Passo Fundo (RS).
“Sindicatos de todo o país atenderam ao chamado do Comando Nacional. Mais uma vez fica demonstrada a insatisfação dos trabalhadores com a implantação unilateral do plano de funções que prejudica a todos. A forte adesão dos bancários justifica-se ainda pelo assédio moral e o desrespeito do banco no trato diário com os trabalhadores”, avalia William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O dirigente da Contraf-CUT elenca ainda uma série de arbitrariedades do banco que atingem negativamente a vida do trabalhador. “Utilização do saldo de folgas sem a concordância dos bancários, demissões de funcionários concursados por ato de gestão (sem processo administrativo com ampla defesa), ingerência que ocorreu apenas na época neoliberal da década de 1990, reestruturações com remoções e descomissionamentos, assédio moral institucionalizado por não cumprimento de metas”, cita Mendes. “O BB implantou uma agenda negativa contra o trabalhador”.
As medidas afetam também o funcionamento das atividades do banco. “A cada semana recebemos denúncias de novas medidas que afetam a vida e o funcionamento do banco. Os próprios administradores têm exposto que suas atividades estão sendo prejudicadas por redução de despesas”, afirma Mendes.
“O movimento sindical vai aumentar a intensidade das manifestações e mobilizações até que o banco e o governo revertam esse processo”, adianta o dirigente da Contraf-CUT.
Reivindicação
“Queremos abrir um processo de negociações, a fim de apontar os problemas existentes no plano de funções e buscar reverter os prejuízos, uma vez que não houve diálogo com as entidades sindicais e, se não ocorrerem mudanças, o BB corre o risco de ver dobrar o seu passivo trabalhista nos próximos anos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
O funcionalismo do BB já fez dois dias nacionais de luta, em 7 de fevereiro e 20 do mesmo mês. As entidades sindicais já entregaram documentos com denúncias ao BB à presidenta Dilma Roussef, ao assessor especial da Secretaria Geral da República, José Lopez Feijóo, ao Departamento e Controle das Empresas Estatais (Dest) e ao Congresso Nacional.
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Dia de Luta no BB protesta contra novo plano de funções
Os bancários em todo país realizaram um Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil nesta quarta-feira, 20 de março. Os trabalhadores protestaram contra o novo Plano de Funções Gratificadas e de Confiança, implantado sem qualquer negociação com as entidades sindicais. Em Curitiba, diversas agências do BB ficaram fechadas até as 12h. A paralisação faz parte de um calendário de lutas definido pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.
Além de ter sido imposto pelo banco de forma unilateral, o novo plano de funções comissionadas trouxe perdas aos bancários, reduzindo em cerca de 16,25% seus proventos. As mudanças nas verbas transformam o que era piso em teto salarial e o trabalhador não conseguirá ter salário maior que o Valor de Referência (VR), prejudicando os ganhos do Plano de Carreira e Remuneração (PCR). Os salários também ficam em risco, já que não há garantia de que reajustes futuros incidirão sobre todas as verbas.
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“Desde sua implantação, o plano criou um passivo trabalhista gigantesco. Os funcionários estão revoltados e os sindicatos devem mover ações exigindo o pagamento das dívidas de cinco anos do BB. Não vamos admitir redução salarial”, afirma Ana Smolka, diretora do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e representante do Paraná na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
“Nós queremos que o banco apresente um novo plano de funções comissionadas e que exista negociação com os sindicatos. Da maneira como foi feita, faltou transparência por parte do BB”, completa André Machado, diretor do Sindicato e funcionário do BB.
Sindicatos de bancários de todo país se uniram e já denunciaram ao Governo Federal a gestão do BB. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região é um dos pioneiros nas ações judiciais pela redução da jornada para 6h sem redução salarial.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba