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EDITORIAL: Classe trabalhadora faz 1º de Maio da resistência e contra o retrocesso

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01 Maio 2017 – 09:40

Um capítulo importante foi escrito no dia 28 de abril, quando uma Greve Geral parou o Brasil de Norte a Sul. O recado foi um forte, abrangente e direto “não” à retirada de direitos

Existem situações para a classe trabalhadora em que só a luta faz acontecer. Neste ano, partindo do amplo para o profundo, do coloquial para o histórico e do trivial para o inovador, o tradicional evento do 1º de Maio, dia dos trabalhadores e das trabalhadoras, será mais uma vez um ato de luta e resistência contra o maior ataque aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais já ocorrido na história republicana do Brasil.

Um capítulo importante desse movimento foi escrito na última sexta-feira, 28 de abril, quando uma Greve Geral parou o Brasil de Norte a Sul, por iniciativa das centrais sindicais e de entidades dos movimentos sociais e populares. Foi um dia histórico de mobilizações em defesa da democracia e por nenhum direito a menos.

O recado dos protestos foi um forte, abrangente e direto NÃO a uma política que busca reduzir o Estado brasileiro a qualquer custo, com corte agudo de gastos e investimentos públicos. As manifestações políticas, culturais e artísticas da Greve Geral protestaram contra a reforma da Previdência, contra o desmonte da legislação e da regulação trabalhista, contra a terceirização irrestrita de toda a cadeia produtiva e em defesa dos bancos públicos, a exemplo da Caixa Econômica Federal.

Além de ser o primeiro grande ato após a Greve Geral que paralisou o país no dia 28 de abril, o 1º de Maio deste ano será um momento para fortalecer a luta em defesa do emprego, da renda e dos direitos, levantando ainda a bandeira do desenvolvimento, da justiça e da solidariedade, contra os que tentam transformar a economia do Brasil em um gigantesco cassino financeiro.

O 1º de Maio é considerado o dia do trabalhador desde o fim do século XIX, nos Estados Unidos, no Brasil e em vários outros países. Essa data foi escolhida em razão de uma onda de manifestações e conflitos violentos que se desencadeou a partir de uma greve geral, cujo movimento paralisou os parques industriais da cidade de Chicago (EUA), no dia 1º de maio de 1886.

Os ventos dessa mobilização culminaram na formação da classe operária pelo mundo. Na época, aliás, as horas trabalhadas eram excessivas e a relação entre patrão e trabalhador era marcada por conflitos cada vez maiores. Esse contexto mostrou-se propício para o surgimento dos sindicatos e dos movimentos de trabalhadores, orientados por ideologia de mudanças no modelo de organização da sociedade.

No caso específico do Brasil, a menção ao dia 1º de Maio começou já na década de 1890, quando a República já estava instituída e era deflagrado um processo acentuado do desenvolvimento da indústria. Nas duas primeiras décadas do século XX, começaram a formar-se os movimentos de trabalhadores organizados, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. É dessa época a histórica Greve Geral de 1917, que durou um mês e marcou os primeiros tempos de organização operária no país.

As atividades programadas para o 1º de Maio buscam repensar o Brasil e apontar um rumo de um Estado que atenda às necessidades da população, com serviços ágeis, eficientes e de qualidade. E isto só será garantido com uma política de valorização do patrimônio público.

A luta continua. O foco mais uma vez são os direitos conquistados pelos trabalhadores e a atuação política coerente com a defesa da democracia e pela manutenção do Estado de Direito. A unidade de todos os trabalhadores será a chave da vitória.

Diretoria da Fenae

Fonte: Fenae.

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