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22ª Conferência Estadual da Fetec-CUT-PR encaminha propostas e escolhe delegados para Conferência Nacional d@s Bancari@s que ocorrerá nos dias 17 e 18 julho

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) realizou neste sábado (4) a 22ª Conferência Estadual, que encaminhou as propostas para a conferencia nacional em julho, escolheu os representantes para participar deste mesmo evento e ainda trouxe convidados para comentar sobre a atual situação do país. A ação da Federação contou com a participação de aproximadamente 140 pessoas.

Antes de deliberar sobre as propostas e escolher quem irá acompanhar a conferência nacional, os participantes acompanharam as explanações do coordenador técnico nacional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Fausto Augusto Junior sobre o futuro do trabalho e do sindicalismo neste período de pandemia e após a mesma, e uma análise das crises política e econômicas no Brasil em decorrência das ações desastrosas feitas por este governo neoliberal e de extrema direinta, feita pelo coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Roberto Baggio.

Apenas uma chapa foi composta para participar da conferência nacional. A escolha foi unânime. Fazem parte desta delegação os seguintes nomes: Deonísio Venceslau Schmidt (Fetec-CUT-PR), Antonio Luiz Fermino (Seeb Curitiba), Alessandro Greco Garcia (Curitiba), Ana Luiza Smolka (Curitiba), Ana Maria Fideli Marques (Curitiba), Ana Paula Araújo Busato (Curitiba), Clarice da Silva Weisheimer (Curitiba), Cristiane Paula Zacarias (Curitiba), Denner Francisco Halana (Curitiba), Elias Hennemann Jordão (Curitiba), Felipi da Silva Magalhães (Curitiba), Genésio Cardoso (Curitiba), João Paulo Pierozan (Curitiba), Junior Cesar Dias (Curitiba), Karla Cristine Huning (Curitiba), Katlin Massaneiro de Salles (Curitiba), Lilian de Cássia Graboski (Curitiba), Marcio Mauri Kieller Gonçalves (Curitiba), Roberto Antonio Von Der Osten, Tania Dalmau Leyva (Curitiba), Valdir Lau da Silva (Curitiba), Vanderleia de Paula (Curitiba), Vandira Martins de Oliveira (Curitiba). Do grupo Vida Bancária foram escolhidos Carlos Roberto de Freitas (Arapoti), Debora Patricia Neres de Melo (Londrina), Eunice Tieko Miyamoto (Londrina), Felipe de Albuquerque Pacheco (Londrina), Laurito Porto de Lira Filho (Londrina) e Rosemari Zanin (Apucarana). Do Pactu, foram escolhidos Leonice Cazarin de Mattos Silva (Campo Mourão), Sandro José Zanona (Guarapuava), Wendrel Minare Vieira (Paranavaí), Wilson de Souza (Umuarama) e Zelário Bremm (Toledo).

Por ampla maioria (99% favorável e 1% de abstenção), todos os votantes apoiaram as propostas que serão levadas para a conferência nacional, que preveem reposição salarial da inflação, acrescida de mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$ 9.360,75, corrigido pelo índice que será acordado; defesa incondicional dos bancos públicos; pauta gerais negociadas em mesa única; considerar o teletrabalho como uma solução transitória para suprir a necessidade urgente de proteção de bancários, clientes e usuários, decorrente da pandemia; entre outros.

Teleconferência em tempos de pandemia

Em razão da pandemia de Covid-19, o evento foi feito por meio de teleconferência, com os representantes acompanhando a reunião em suas respectivas cidades e foi comandado pelo presidente da Fetec, Deonísio Venceslau Schmidt, pela secretária-geral da Fetec, Daniele Bittencourt Azevedo Perich, e pelo secretário de comunicação da Fetec, Junior Cesar Dias.

Por se tratar de uma maneira nova de se fazer conferência, os participantes avaliaram como positivo este novo formato. “Essa é a primeira conferência no Paraná e no Brasil de forma virtual, em que a categoria avaliou o cenário econômico, político e de saúde pública. Embora a gente sente a falta de fazer um congresso presencial, por conta de uma maior interação com os participantes, fazer este evento pela internet foi interessante por questões logísticas. Avalio como positiva esta experiência”, conta Deonísio.

Opinião compartilhada por Júnior, que segundo ele já “tinham realizado o congresso da Fetec e isso nos mostrou a necessidade e a importância do mundo virtual para a organização dos trabalhadores, por isso nossa avaliação é a melhor possível, tanto no que diz respeito ao resultado dos debates referente às necessidades da categoria quanto a eficácia do novo modelo, que agora faz parte da nossa organização”.

O coordenador dos sindicatos do Pactu, Wendrel Minare, conta que gostou do formato deste evento. “A pandemia da covid-19 impôs a realização dos eventos preparatórios para Campanha Nacional por meio de videoconferências. Isto não diminuiu a qualidade de nossos debates nem a nossa capacidade de formular as reivindicações que refletem os desejos e necessidades de nossa categoria. O próximo passo é garantir e ampliar nossos direitos durante o processo de negociação”, salienta.

Teletrabalho

Uma das grandes preocupações apontadas durante a conferência é com relação ao chamado teletrabalho. A pandemia trouxe essa forma de trabalhar em que o bancário e bancária podem trabalhar de forma remota. Contudo, tanto a Fetec quanto os seus sindicatos filiados estão em cima dos bancos para que algumas medidas possam ser respeitadas.

Para estas entidades de defesa do trabalhador, o teletrabalho deve ser encarado pelos bancos como uma solução em transição, como forma de proteção aos trabalhadores e clientes. Quando o período pós-pandemia chegar, será necessário que sejam garantidos aos trabalhadores que continuarem nesta modalidade de trabalho os mesmos direitos para os bancários em regime presencial e remoto; acordo entre as partes, de início e reversão do regime e de opção para alguns dias da semana serem presenciais; o fornecimento pelos bancos de tecnologias, equipamentos, mobiliários ergonomicamente adequados a preservação da saúde do bancário; controle de jornada por cartões ponto para todos os bancários e bancárias, excetuando-se somente os detentores de função de confiança, na forma do artigo 62, II, da CLT, com mecanismo de desconexão dos dispositivos digitais a partir do encerramento da jornada diária; fornecimento mensal aos sindicatos, da relação por base sindical, dos bancários em regime de teletrabalho contendo nome, registro funcional, telefone e e-mail; previsão da realização de reuniões virtuais coletivas pelas entidades sindicais com os bancários em teletrabalho.

Deonísio revela quais medidas serão levadas para a conferência nacional. “Não temos dúvida que a pandemia vinda como uma resposta do universo é algo que modela o mundo a partir de agora em todas as suas relações, inclusive no trabalho. O teletrabalho exigido pelo movimento sindical como forma de eliminar as aglomerações dentro dos bancos e preservar a saúde e a vida dos bancários, clientes e usuário neste momento de pandemia foi uma conquista. Por isso, encaminhamos um conjunto de propostas que visam a proteção dos bancários que estão em trabalho remoto em suas casas, a fim de preservar a vida familiar e a saúde do trabalhador”, garante.

Texto e foto: Flávio Augusto Laginski

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