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Por 16:20 Sem categoria

Reforma tributária foi tema de debate da Fetec

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) promoveu na noite da última quinta-feira (17) um debate sobre Reforma tributária. Mediada pelo secretário de formação da Fetec, Pablo Diaz, o evento contou com a presença do economista e doutor em ciências econômicas Eduardo Fagnani.

O presidente da Fetec, Deonísio Schmidt, disse que essa ação da Federação foi uma forma de ajudar a população e a categoria bancária a entender um pouco mais sobre a reforma. “É de extrema importância que todos entendam o que é essa reforma, que deveria trazer grande justiça social. Contudo, a proposta do desgoverno vai à direção oposta, protegendo os ricos e prejudicando os mais necessitados. É importante que todos estejam cientes sobre o quê o governo quer fazer com os trabalhadores”, disse.

Pablo ressaltou que os impostos pagos pelos trabalhadores devem ser acompanhados por “justiça”. “É justo pagar um imposto na Participação nos Lucro e Resultados (PLR) que já foi tributado, enquanto os acionistas do banco recebem os dividendos sem pagar imposto? Esse tipo de debate é importante porque mostra para a categoria que o certo seria começar a pagar Imposto de Renda (IR) a partir de um salário de R$ 4 mil e não de R$ 2 mil e também para revelar que as propostas do bolsonaro e do Paulo Guedes”, opina. Ele cita ainda o atual presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, de fazer vistas grossas para beneficiar os ricos. “O Maia é fortemente apoiado pelo sistema financeiro. Todos sabem disso. Tudo o que ele puder fazer para que a reforma fique como está, ele irá fazer. Essas figuras são, infelizmente, conseqüência da população que vota contra a população mais carente”, salienta.

O secretário da Fetec diz ainda que a ideia destes debates é de trazer reflexão. “Hoje nós temos um Estado que é um Robin Hood às avessas, ou seja, tira dos pobres e dá aos ricos. Queremos ‘incomodar’ as pessoas, fazer com que questionem sobre este modelo de tributação, em que o imposto é maior sobre o consumo do que sobre a fortuna. Por fim, queremos mostrar ainda que essa reforma que defendemos não atinge a classe média. É inadmissível que um carro pague IPVA enquanto jatinhos e iates não pagam impostos”, conclui.

Tributar os super ricos

Ao longo do debate, Fagnani revela que uma tributação dos super ricos ajudaria – e muito – a reconstruir o País neste momento de crise. Para o economista, defensor da “Reforma Tributária Solidária”, a saída é “transformar o sistema tributário brasileiro em um sistema simples, progressivo, transparente e justo tanto para a sociedade quanto para o Estado”.  Ele defende ainda uma proposta de reforma tributária progressiva vai isentar os mais pobres e as micro e pequenas empresas, fortalecer estados e municípios, gerando acréscimo na arrecadação, que está estimado em R$ 292 bilhões. “Além disso, essa progressão iria incidir apenas sobre as altas rendas e o grande patrimônio, onerando apenas os 0,3% mais ricos da população”, encerra.

Veja como foi o debate

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec-CUT-PR

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