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As reivindicações da campanha salarial da categoria bancária

Após pesquisas, debates com a base, congressos com delegados eleitos pelos bancários e assembleias por todo o país, os trabalhadores definiram as pautas de reivindicações a serem entregues para a Fenaban (federação dos bancos) e direções do Banco do Brasil, Basa e da Caixa para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos acordos aditivos específicos. As da Febanan, BB e Caixa foram entregues para os banqueiros no dia 30 de julho. A do Basa, em 8 de agosto. Abaixo, os principais itens dos quatro documentos.

Fenaban

A pauta de reivinidicações da Campanha Nacional Unificada foi definida por 630 delegados, eleitos pelos trabalhadores de todo o país, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre 19 e 21 de julho, em São Paulo. Nela constam todos os pontos que a categoria exige dos bancos, representados pela Fenaban, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

> 15ª  Conferência define pauta da Campanha Nacional Unificada
> Video: presidenta do Sindicato comenta a pauta de reivindicações

Pauta de Reivindicações Fenaban
Reajuste Salarial
11,93%
(5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%)
PLR
3 salários + R$ 5.553,15
Verbas
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá
R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
Piso
R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
Escriturário –
R$ 2.860,21
Caixa – R$ 3.861
1º Comissionado –
R$ 4.862
1º Gerente – R$ 6.435
Saúde e Condições de Trabalho
Melhores condições com o fim das metas individuais
e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários
Emprego
Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate ao PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
Carreira
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários
Auxílio-educação
Pagamento para graduação e Pós-Graduação
Segurança
Mais segurança e proibição do porte das
chaves de cofres e agências por bancários
Igualdade de oportunidades
Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes
Pauta geral
Fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional

Caixa Federal
Tudo o que vale na pauta geral, entregue para a Fenaban, vale também para os empregados da Caixa Federal. Porém, além dela há também uma específica só para os trabalhadores deste banco, definida durante o 29º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Federal) ocorrido nos dias 17, 18 e 19, em São Paulo, com a participação de 337 delegados.

> Empregados definem pauta a ser entregue à Caixa
> Vídeo: matéria especial sobre o 29º Conecef

Essa pauta visa a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo a Convenção Coletiva de Trabalho. Leva o nome “Aditivo” justamente porque acrescenta direitos aos já previstos na CCT.

Pauta de Reivindicações Específicas Caixa Federal
Saúde do trabalhador, condições de trabalho e Saúde Caixa
Fim do  assédio moral;Medição e adequação obrigatória dos índices de ruído, luminosidade e temperatura no ambiente de trabalho, a cada seis meses;

Cobertura pelo Saúde Caixa de fisioterapia, RPG,
acupuntura e psicoterapia, sem limite de sessões e sem
exigência de autorização da auditoria ou da Gipes;

Eliminação da carência de 15 dias entre um atendimento
e outro quando se tratar de pronto-socorro, entre outras;

Adicional de periculosidade aos empregados que trabalhem
em locais considerados áreas de risco de assaltos e sequestros

Funcef e aposentados
Fim do voto de Minerva nas instancias da Funcef;Reconhecimento, por parte da Caixa, do CTVA como
verba salarial para fins de aporte à Funcef, aos que permaneceram
no REG/Replan não saldado, bem como aos que saldaram;

Manutenção do Fundo para Revisão de Benefícios,
art. 115 do regulamento do REG/Replan saldado e
art. 91 do Novo Plano, como instrumento permanente
da política de aumentos reais para os benefícios;

Fim da discriminação e direito do pessoal do REG/Replan
migrar para o Plano de Cargos e Salários (PCS) 2008
e Plano de Funções Gratificadas (PFG) 2010;

Recuperação e utilização do superávit para melhorar
os benefícios REG/Replan a exemplo do saldamento

Segurança bancária, carreira e condições de funcionamento
das agências e representação dos trabalhadores
Fim do descomissionamento arbitrário;Revogacão imediata das restrições impostas como pré-requisitos para a candidatura de empregados/as ao cargo de representante eleito pelos empregados/as no Conselho de Administração da Caixa, permitindo que qualquer empregado possa concorrer, independentemente de ter ou não ocupado função gratificada;

Elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o
equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese;

Retomada da implantação do modelo “Agência Segura”;
– Abertura de agências somente com o total cumprimento
do plano de segurança homologado pela Polícia Federal;

Criação da função gratificada de assistente no atendimento social;

Valorização da função de avaliador de penhor
com revisão do piso de mercado;

Realização de atendimento expresso obrigatoriamente
por empregado com função de caixa;

Abertura de novas unidades somente com a estrutura
física, de segurança e ergonomia necessárias
ao atendimento adequado à população;

Aperfeiçoamento do modelo do PFG, incluindo progressão
horizontal em cada cargo/função, por tempo de exercício

Papel social, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho
Jornada de seis horas para todos;Fim das horas extras sistemáticas;

Extinção do registro de horas negativas do Sipon e do
bloqueio de acesso motivado por falta de homologação
do gestor ou decorrente de hora extra não acordada;

Isonomia: extensão do ATS e licença-prêmio para
todos os empregados admitidos a partir de 1998;

Revisão da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e do Plano de Cargos
e Salários da carreira administrativa, com valorização salarial;

Fim da responsabilizacão do empregado no caso
de irregularidades no registro do Sipon

Banco do Brasil

Assim como os empregados da Caixa, os funcionários do Banco do Brasil também têm um acordo aditivo que funciona nos mesmos moldes, ou seja, acrescenta direitos específicos à Convenção Coletiva de Trabalho. Importante reforçar que tudo o que vale na pauta geral, entregue para a Fenaban, vale também para os bancários do BB.

> Definidas prioridades dos bancários do BB

Também essa pauta visa a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo a Convenção Coletiva de Trabalho. Leva o nome “Aditivo” justamente porque acrescenta direitos aos já previstos na CCT. Ela foi aprovada pelo 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB nos dias 17, 18 e 19 de maio, em São Paulo, com a participação de 318 delegados.

 

Pauta de Reivindicações Específicas Banco do Brasil
Plano de Carreira
Valores maiores e prazos menores nas promoções por mérito e percentual de 6% nas promoções por tempo, aumentando a
amplitude de remuneração entre o piso e o último nível salarial;
Piso do Dieese;

PCR para os caixas desde o primeiro dia na função

Ascenção Profissional e Comissionamentos
VR para caixas;Jornada de 6 horas sem a redução salarial;

Todos os comissionamentos através de provas e títulos;

Recomposição das verbas das funções que
foram reduzidas pelo Plano de Funções;

Garantia da aplicação de todos os reajustes sobre
todas as verbas salariais do Plano de Funções

Condições de Trabalho
Fim do monitoramento individual do GAT;Mais contratações;

Cumprimento da NR-17 nas CABB;

Fim das metas intradia;

Fim dos rankings;

Fim da cobrança individual de metas;

Retirada das metas individuais da GDP;

Previdência
Previ e Cassi para todos;Fim do voto de minerva;

Direito de aposentadoria antecipada para mulheres aos 45 anos;

Contribuição do BB à Previ sobre a PLR;

Volta da eleição do diretor de participações;

Redução da parcela Previ;

Direito de resgate de contribuições
patronais aos associados do Previ Futuro;

Aumento dos benefícios de risco;

Criação de teto remuneratório no benefício pago pela Previ;

Manutenção do pagamento do BET, suspensão das
contribuições e teto de benefícios para 100%

Saúde e Cassi
Previ e Cassi para todos;Fortalecimento dos conselhos de usuários e Cipas;

Plano odontológico administrado pela Cassi com custeio pelo banco;

Ampliação das Clinicassi;

Promoção do Programa de Estratégia de Saúde do Trabalhador;

Redenciamentos de qualidade e ampliação
de unidades próprias e melhor aparelhadas;

Cumprimento de legislação trabalhista através
da ação conjunta de ESMT, Cipas e Sindicatos;

Defesa do modelo de prevenção da Equipe de Saúde
da Família; aumentar e melhorar os credenciamentos

 

Basa

No Basa (Banco da Amazônia), os funcionários também têm um acordo aditivo que funciona nos mesmos moldes do BB e da Caixa, ou seja, acrescenta direitos específicos à Convenção Coletiva de Trabalho. Importante reforçar que tudo o que vale na pauta geral, entregue para a Fenaban, vale também para os bancários do Basa.

A pauta específica foi definida no 5º Congresso Nacional dos Empregados do banco realizado em Belém, no dia 15 de junho. Os bancários entregaram o documento para representantes da direção no dia 8 de agosto. Em São Paulo, são 30 funcionários.

Pauta de Reivindicações Específicas Basa

Novo PCCS;

Fim das Terceirizações;

Fim da Lateralidade;

Reabertura dos planos saldados da CAPAF;

Isonomia na jornada de trabalho de 6 horas, incluindo
os 15 minutos de descanso dentro da jornada
também para os admitidos após 27/12/2012;

Transformar a área de TI em área fim;

Reajuste do reembolso do Programa Saúde Amazônia para
R$ 830,53, levando em conta os índices de reajuste da CASF
referentes aos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013;

Equiparar os benefícios do Quadro de Apoio aos TCs e TBs;

Acesso às funções comissionadas pelo pessoal do Quadro
de Apoio Melhoria da infraestrutura das agências;

Pagamento dos TCs do piso salarial da sua categoria
Efetivação da função comissionada após 90 dias

 

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Pagina.aspx?id=347

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Os resultados registrados e divulgados pelos bancos sobre os primeiros seis meses de atividades mostram que eles estão em excelente situação financeira, deixando claro que têm totais condições de atender às justas reivindicações dos bancários.

Abaixo destacamos diversos itens e para entender melhor o que significa cada item, criamos um pequeno glossário:

Lucro Líquido – Resultado simples da subtração das Receitas pelas Despesas.
Variação de Emprego – Quantos postos de trabalho foram abertos ou fechados.
Receita/Desp.Pess. – Relação entre o total arrecadado com tarifas e gasto com a folha de pessoal. Em outras palavras, quanto do total da folha de pagamento é pago com dinheiro arrecadado só com tarifas.
Ativos – Conjunto de bens, valores, créditos e semelhantes que formam o patrimônio de um banco/empresa.
Op. de Crédito – Total movimentado pelo banco somente com operações de crédito.
Tesouraria – Total movimentado pelo banco somente com tesouraria.
Patrimônio Líquido – A soma dos bens e direitos do banco e suas obrigações. É o resultado da diferença entre o total de ativos e o total de passivo de um banco.
PDD (Provisionamento para Devedores Duvidosos) – Quanto o banco reserva para cobrir inadimplência.


 

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Pagina.aspx?id=349

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Comando considera proposta de 6,1% provocação e aponta calendário de luta

Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUT Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa de negociação

Nada de aumento real de salário. Nada de aumento real sobre os pisos. Nada de melhoria da PLR. Nada sobre emprego. Nada de avanços para a saúde dos trabalhadores. Nada de melhorar as condições de trabalho. Nada que aponte para o fim das metas abusivas e do assédio moral. Nada para melhorar a segurança bancária. E nada para promover a igualdade de oportunidades. A proposta apresentada nesta quinta-feira 5 pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, é de apenas reajuste de 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial.

Indagados pelos representantes dos bancários se essa era a última proposta, os negociadores da Fenaban responderam que “é a proposta final, pra fechar acordo”, e que não há mais como avançar porque a categoria bancária já tem a melhor Convenção Coletiva do país.

O Comando Nacional rejeitou a proposta já na mesa de negociação e aprovou um calendário de luta que aponta para a realização de assembleias na próxima quinta-feira, dia 12, em todo país para aprovar greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apresentarem uma nova proposta que contemple as expectativas da categoria.

“A proposta dos bancos é uma provocação, um total desrespeito aos bancários, partindo de um segmento que continua batendo recordes de lucro e de rentabilidade”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “A proposta não tem aumento real, nem valorização do piso e nenhuma resposta para nossas reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Isso é inadmissível.”

“Só uma forte mobilização da categoria em todo o país fará os bancos melhorarem a proposta”, acrescenta Carlos Cordeiro.

Calendário de luta

Por isso o Comando Nacional, reunido ao final da reunião com a Fenaban, aprovou o seguinte calendário de luta:

12 de setembro – Assembleias em todo o país para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.

17 – Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.

18 – Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19 – Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.

A proposta da Fenaban

Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)

PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35650

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