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Por 23:58 Sem categoria

Representação nacional dos empregados cobra da CAIXA solução para os problemas no SIPON

Em mesa de negociação da comissão temática que discute melhorias no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), realizada nesta terça-feira, dia 31 de maio, em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) cobrou da Caixa Econômica Federal solução para os problemas enfrentados pelos bancários em relação à imediata instalação do login único e às questões relativas às horas negativas.

A Contraf/CUT avalia que esses dois pontos, login único e horas negativas, podem ser agravados pela Circular Interna da empresa (CI SN – Administração de Pessoas 026/11). Essa CI orienta as agências a reduzirem em 30% a dotação de horas extras dos trabalhadores. Ocorre que essa medida, segundo a Contraf/CUT, não acarretará em diminuição da quantidade de trabalho, levando ainda a direção do banco a encontrar, tanto no sistema de horas negativas quanto na possibilidade de o empregado ou gestor logar o sistema várias vezes ao mesmo tempo, formas de horas extras serem feitas sem o devido registro.

A reunião desta terça-feira registrou um avanço nas negociações quanto à reivindicação do login único. Nesse particular, a reivindicação da Contraf/CUT é impedir, por exemplo, que o gestor possa logar vários computadores e impelir o funcionário, que não estiver logado no Sipon, a entrar no sistema e continuar trabalhando, sem que isso seja contado como hora trabalhada.

Em resposta a essa reivindicação, a Caixa garantiu que está estudando soluções técnicas para implantar o login único. A principal ressalva, até agora, está na proposta da empresa de como esse sistema seria formatado. O banco propõe que o login único seja direcionado apenas para empregados sem função, cabendo aos gestores a possibilidade de logar dois computadores ao mesmo tempo. “Trata-se de um avanço, segundo Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf/CUT, mas essa proposta não resolve o problema. Isso porque se houver cinco gestores em uma agência será possível ainda logar o sistema, para que cinco empregados façam horas extras sem registro”.

Diante disso, o movimento sindical bancário fez uma contraproposta. Consiste no seguinte: no momento em que uma segunda máquina for logada com a mesma senha, ao invés de derrubar o sistema na máquina anterior, apenas a bloquearia, de modo que, quando finalizado o segundo login, a primeira máquina logada voltaria a funcionar normalmente, a partir do mesmo ponto de onde o trabalhador parou.

Os representantes da Caixa garantiram que vão encaminhar a proposta da Contraf/CUT para a área de tecnologia do banco. Mas isto, segundo eles, só irá acontecer a partir de setembro, dado que o setor possui outras prioridades no momento. Essa postura, no entanto, foi contestada pela representação nacional dos empregados: “Esperar até setembro é uma temeridade, pois há fragilidades no sistema. Essa pauta será levada para a mesa permanente de negociação com o banco, para que esta solução seja agilizada. A próxima reunião acontece em 28 de junho.

Não houve acordo, no entanto, na questão relativa às horas negativas. Nesse sentido, a Contraf/CUT continuará lutando por uma solução. Existem normas que regram a compensação de horas, e a representação nacional dos empregados considera inadmissível que continuem ocorrendo situações em que o gestor dispensa o bancário e o faz pagar as horas quando lhe for mais conveniente. A Contraf/CUT, por outro lado, pretende abrir um processo de construção da proposta junto aos trabalhadores, para ser apresentada na próxima reunião da comissão temática, ainda sem data prevista.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fenae.org.br

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