Como bem lembra o marketing da Campanha Nacional Unificada 2015, a mentira é uma característica dos bancos, muito presente nas publicidades veiculadas nos grandes meios de comunicação a peso de ouro. Esse pecado capital também foi utilizado pela Fenaban em nota divulgada para a imprensa na qual tenta explicar a razão de ter oferecido um reajuste de apenas 5,5%, que não contempla nem mesmo a reposição das perdas com a inflação.
Segundo a nota “a proposta visa compensar perdas decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria contra os esforços do governo para reequilibrar os fundamentos macroeconômicos”. O reajuste de 5,5%, para a federação dos bancos, “está em linha com a expectativa da inflação para os próximos 12 meses”.
“Na maior cara de pau, com isso os bancos dizem ainda que isso vai manter nosso poder de compra, sem ao menos mencionar que a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 9,88%. Se eles estivessem mesmo preocupados em colaborar com o governo para vencer a crise, por que não abaixam as exorbitantes taxas de juros, que passam dos 14% ao mês no cheque especial”, questiona Maria Salomé Fujii, presidenta do Sindicato de Apucarana.
Para Salomé, esse discurso hipócrita não vai iludir a categoria bancária, que sabe muito bem qual é a realidade dos bancos e muito menos da sociedade, sufocada com o peso desses juros e das tarifas salgadas que é obrigada a pagar para realizar suas operações financeiras.
“Sabemos que mentira não tem perdão e vamos mostrar aos bancos nossa força e determinação para ampliar nossa participação nos lucros e garantir salários mais justos”, finaliza.
Autor Armando Duarte Jr.
Fonte: Vida Bancária