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HSBC DIVULGA RESULTADO

HSBC APOSTA NO CRÉDITO AO CONSUMO
Não está nos planos do HSBC deixar o Brasil, onde o banco inglês pretende incrementar suas operações em nichos de negócio, como financiamento ao consumo e administração de recursos. Quem garante é o presidente mundial do HSBC, Sir John Bond, em entrevista a jornalistas brasileiros na segunda-feira, logo após o anúncio dos resultados mundiais. “O HSBC investe no longo prazo. O Brasil é um país interessante para se investir e tem uma economia significativa. Planejamos ficar no país”, explicou Bond.
No ano passado, o HSBC teve um lucro líquido em todo o mundo de US$ 6,24 bilhões, 25% acima do ano anterior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 12,3%, ante os 10,4% verificados em 2001, quando o banco foi obrigado a fazer pesadas provisões para perdas na Argentina (US$ 1,12 bilhão) e para indenização a clientes do Republic Bank (US$ 575 milhões). Em 2002, apesar da retração econômica em boa parte dos 80 países onde atua, o HSBC reduziu suas provisões em 35%, para US$ 1,32 bilhão.
Na Argentina, onde 71% dos ativos do HSBC correspondem a obrigações do governo, o banco teve um prejuízo de US$ 245 milhões, incluindo US$ 68 milhões pagos a clientes que obtiveram, na Justiça, o direito a receber seus depósitos de acordo com a taxa de câmbio atual. O banco espera pelas eleições argentinas de abril e pelas medidas do novo governo para decidir se mantém ou não suas operações no país.
No Brasil, o banco só divulgou o resultado em reais, mostrando que o lucro líquido no país cresceu 129,5% no ano passado, atingindo R$ 184,8 milhões. As operações de crédito cresceram 20,6%, para R$ 8,14 bilhões.
O incremento foi maior na carteira de pessoas físicas, com expansão de 28%. O crescimento nessa área faz parte da estratégia mundial do HSBC, que adquiriu no ano passado a Household, segunda maior financeira dos Estados Unidos, por US$ 14,2 bilhões. É a maior aquisição do banco em seus 138 anos de existência. Embora muitos analistas acreditem que a compra aumenta o risco de crédito da instituição, Bond pondera que, no financiamento ao consumo, os riscos são mais previsíveis do que nos negócios corporativos. “Os Estados Unidos respondem por 30% do PIB mundial e o consumo das pessoas físicas, por dois terços da economia americana”, argumenta o presidente do HSBC.
As operações no Brasil estão em linha com a estratégia de incrementar o financiamento ao consumo. O banco está entrando na área de cartões de lojas e, segundo apurou o Valor , deve abrir uma financeira, possivelmente com o nome Creditotal. “Estamos estudando o mercado brasileiro para ver se o financiamento ao consumo pode ser um bom negócio. Mas vamos concluir os estudos antes de fazer um anúncio”, desconversou Bond.
Para 2003, ele prevê um crescimento econômico mundial modesto, de cerca de 2%, em meio a temores de uma guerra no Iraque. A aposta do banco é de que, mesmo com a economia global em retração, o crédito a pessoas físicas sofrerá menos do que a empresas ou a área de investimentos.
No cenário traçado para a economia mundial, a exceção é a China, onde o banco acaba de comprar 10% da Ping An Insurance, a segunda maior seguradora do país no ramo vida. Bond não esconde seu otimismo com a região: “Esperamos um crescimento de 7,5% na economia chinesa este ano, assim como em 2002”, destaca o executivo.
Raquel Balarin, De Londres
Valor Econômico

Por 10:28 Sem categoria

HSBC DIVULGA RESULTADO

HSBC APOSTA NO CRÉDITO AO CONSUMO
Não está nos planos do HSBC deixar o Brasil, onde o banco inglês pretende incrementar suas operações em nichos de negócio, como financiamento ao consumo e administração de recursos. Quem garante é o presidente mundial do HSBC, Sir John Bond, em entrevista a jornalistas brasileiros na segunda-feira, logo após o anúncio dos resultados mundiais. “O HSBC investe no longo prazo. O Brasil é um país interessante para se investir e tem uma economia significativa. Planejamos ficar no país”, explicou Bond.

No ano passado, o HSBC teve um lucro líquido em todo o mundo de US$ 6,24 bilhões, 25% acima do ano anterior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 12,3%, ante os 10,4% verificados em 2001, quando o banco foi obrigado a fazer pesadas provisões para perdas na Argentina (US$ 1,12 bilhão) e para indenização a clientes do Republic Bank (US$ 575 milhões). Em 2002, apesar da retração econômica em boa parte dos 80 países onde atua, o HSBC reduziu suas provisões em 35%, para US$ 1,32 bilhão.

Na Argentina, onde 71% dos ativos do HSBC correspondem a obrigações do governo, o banco teve um prejuízo de US$ 245 milhões, incluindo US$ 68 milhões pagos a clientes que obtiveram, na Justiça, o direito a receber seus depósitos de acordo com a taxa de câmbio atual. O banco espera pelas eleições argentinas de abril e pelas medidas do novo governo para decidir se mantém ou não suas operações no país.

No Brasil, o banco só divulgou o resultado em reais, mostrando que o lucro líquido no país cresceu 129,5% no ano passado, atingindo R$ 184,8 milhões. As operações de crédito cresceram 20,6%, para R$ 8,14 bilhões.

O incremento foi maior na carteira de pessoas físicas, com expansão de 28%. O crescimento nessa área faz parte da estratégia mundial do HSBC, que adquiriu no ano passado a Household, segunda maior financeira dos Estados Unidos, por US$ 14,2 bilhões. É a maior aquisição do banco em seus 138 anos de existência. Embora muitos analistas acreditem que a compra aumenta o risco de crédito da instituição, Bond pondera que, no financiamento ao consumo, os riscos são mais previsíveis do que nos negócios corporativos. “Os Estados Unidos respondem por 30% do PIB mundial e o consumo das pessoas físicas, por dois terços da economia americana”, argumenta o presidente do HSBC.

As operações no Brasil estão em linha com a estratégia de incrementar o financiamento ao consumo. O banco está entrando na área de cartões de lojas e, segundo apurou o Valor , deve abrir uma financeira, possivelmente com o nome Creditotal. “Estamos estudando o mercado brasileiro para ver se o financiamento ao consumo pode ser um bom negócio. Mas vamos concluir os estudos antes de fazer um anúncio”, desconversou Bond.

Para 2003, ele prevê um crescimento econômico mundial modesto, de cerca de 2%, em meio a temores de uma guerra no Iraque. A aposta do banco é de que, mesmo com a economia global em retração, o crédito a pessoas físicas sofrerá menos do que a empresas ou a área de investimentos.

No cenário traçado para a economia mundial, a exceção é a China, onde o banco acaba de comprar 10% da Ping An Insurance, a segunda maior seguradora do país no ramo vida. Bond não esconde seu otimismo com a região: “Esperamos um crescimento de 7,5% na economia chinesa este ano, assim como em 2002”, destaca o executivo.

Raquel Balarin, De Londres
Valor Econômico

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