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COM US$ 25 BI, BRASIL É O MAIOR DEVEDOR DO FMI

SANDRA BALBI
da Folha de S. Paulo
O Brasil é hoje o maior devedor do FMI (Fundo Monetário Internacional), com uma dívida líquida de US$ 25,47 bilhões, segundo dados de abril, os últimos divulgados pelo organismo.
O endividamento brasileiro supera o da Turquia (US$ 23,22 bilhões) e o da Argentina (US$ 14,85 bilhões). Nesses valores estão incluídos pagamentos já feitos e novos recursos liberados. Por isso a posição dos países no ranking muda todos os meses.
Esses três, porém, vêm se mantendo na “pole position” desde o ano passado. Juntos, eles respondem por 62,2% do total de empréstimos concedidos pelo organismo e ainda não pagos. Só as dívidas do Brasil e da Argentina chegam a 39,5% do total.
Mas, segundo analistas e assessores do próprio Fundo, a posição do Brasil no topo do ranking não é preocupante. Na contabilidade do FMI o que conta é menos o tamanho da dívida, em dólares, e mais a capacidade de pagamento do país. Ela é medida pela relação entre o total de cotas que o país possui, como sócio, e sua dívida.
O Brasil deve seis vezes mais do que tem depositado no FMI, enquanto a Turquia deve 17 vezes mais o valor dos seus depósitos.
Para o economista-chefe do Unibanco, Alexandre Schwartsman, o país não terá nenhuma dificuldade em pagar o que deve. “Esse dinheiro não foi gasto, está depositado nas nossas reservas internacionais; é uma espécie de cheque especial não sacado.”
Mesmo sem ser usado, esse cheque cobra juros que, neste ano, custarão ao país cerca de US$ 1,1 bilhão. Mas, segundo Schwartsman, como as reservas em dólares do Brasil também rendem juros, “fica tudo elas por elas”.
“É uma dívida muito alta em qualquer lugar do mundo. Ao contraí-la, o país perde soberania na sua política econômica”, diz Walter Mundell, vice-presidente da Sul América Investimentos.

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COM US$ 25 BI, BRASIL É O MAIOR DEVEDOR DO FMI

SANDRA BALBI
da Folha de S. Paulo

O Brasil é hoje o maior devedor do FMI (Fundo Monetário Internacional), com uma dívida líquida de US$ 25,47 bilhões, segundo dados de abril, os últimos divulgados pelo organismo.

O endividamento brasileiro supera o da Turquia (US$ 23,22 bilhões) e o da Argentina (US$ 14,85 bilhões). Nesses valores estão incluídos pagamentos já feitos e novos recursos liberados. Por isso a posição dos países no ranking muda todos os meses.

Esses três, porém, vêm se mantendo na “pole position” desde o ano passado. Juntos, eles respondem por 62,2% do total de empréstimos concedidos pelo organismo e ainda não pagos. Só as dívidas do Brasil e da Argentina chegam a 39,5% do total.

Mas, segundo analistas e assessores do próprio Fundo, a posição do Brasil no topo do ranking não é preocupante. Na contabilidade do FMI o que conta é menos o tamanho da dívida, em dólares, e mais a capacidade de pagamento do país. Ela é medida pela relação entre o total de cotas que o país possui, como sócio, e sua dívida.

O Brasil deve seis vezes mais do que tem depositado no FMI, enquanto a Turquia deve 17 vezes mais o valor dos seus depósitos.

Para o economista-chefe do Unibanco, Alexandre Schwartsman, o país não terá nenhuma dificuldade em pagar o que deve. “Esse dinheiro não foi gasto, está depositado nas nossas reservas internacionais; é uma espécie de cheque especial não sacado.”

Mesmo sem ser usado, esse cheque cobra juros que, neste ano, custarão ao país cerca de US$ 1,1 bilhão. Mas, segundo Schwartsman, como as reservas em dólares do Brasil também rendem juros, “fica tudo elas por elas”.

“É uma dívida muito alta em qualquer lugar do mundo. Ao contraí-la, o país perde soberania na sua política econômica”, diz Walter Mundell, vice-presidente da Sul América Investimentos.

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