fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 11:03 Sem categoria

CONGRESSISTAS TEMEM RADICALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Tanto parlamentares do PT quanto da oposição demonstraram receio em relação ao aumento da tensão no campo e a radicalização dos movimentos sociais.

Segundo os deputados e senadores ouvidos pela Folha, há um acirramento dos ânimos nas áreas rurais e urbanas, que se dá em razão de dois motivos principais: a grande expectativa em torno do governo petista de solução dos problemas sociais e o aumento do desemprego. A invasão pelo MST da fazenda do senador José Agripino Maia (PFL-RN) foi citada como exemplo de que a situação no campo é grave –corre o risco de ser politizada– e precisa ser resolvida rapidamente.

“Ações como essa não ajudam em nada a reforma agrária. O governo não se moverá por esse tipo de movimentação”, afirmou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Para os petistas, o governo tem de buscar a solução por meio do diálogo. A oposição pede “ação” e cumprimento da lei.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também falou em “ações concretas” para reverter o desemprego, que, para ele, contribui para o “acirramento das tensões sociais”. “O governo e o Congresso precisam de senso de urgência para modificar as políticas econômicas e sociais para dar mais tranquilidade”, declarou. “Quando [os sem-terra] agem de maneira violenta, prejudicam a causa. A ocupação de propriedades, a destruição delas, é algo que prejudica o movimento”, completou.

O deputado Chico Alencar (PT-RJ) disse que “o MST precisa saber que tão importante quanto alavancar a causa é saber o tom que deve ser usado”. Segundo ele, neste momento, era preciso “recuar e fazer como Lênin dizia: “Um passo para trás para dar dois para frente”.

Na avaliação do líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), as invasões estão ocorrendo como em qualquer “outro período [governo]”. “Se houve invasão, ela deve ter sido em terra improdutiva”, disse.

Para a oposição, o governo está sendo complacente com os sem-terra. “Há uma radicalização no campo, que não sabemos onde vai terminar”, declarou o senador José Jorge (PFL-PE).

Para o líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia, há uma “crise de autoridade” no governo. “Isso mostra que não há controle no campo. A fazenda já estava invadida, e essa nova invasão é uma encenação do MST”, afirmou.

“O governo precisa de energia para acabar com essa situação. O que não pode é continuar essa situação de barbárie e sequestros. Isso é uma guerrilha que deixa o cidadão médio com medo”, disse o deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), da bancada ruralista.

Por 11:03 Notícias

CONGRESSISTAS TEMEM RADICALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS

da Folha de S.Paulo, em Brasília
Tanto parlamentares do PT quanto da oposição demonstraram receio em relação ao aumento da tensão no campo e a radicalização dos movimentos sociais.
Segundo os deputados e senadores ouvidos pela Folha, há um acirramento dos ânimos nas áreas rurais e urbanas, que se dá em razão de dois motivos principais: a grande expectativa em torno do governo petista de solução dos problemas sociais e o aumento do desemprego. A invasão pelo MST da fazenda do senador José Agripino Maia (PFL-RN) foi citada como exemplo de que a situação no campo é grave –corre o risco de ser politizada– e precisa ser resolvida rapidamente.
“Ações como essa não ajudam em nada a reforma agrária. O governo não se moverá por esse tipo de movimentação”, afirmou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
Para os petistas, o governo tem de buscar a solução por meio do diálogo. A oposição pede “ação” e cumprimento da lei.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também falou em “ações concretas” para reverter o desemprego, que, para ele, contribui para o “acirramento das tensões sociais”. “O governo e o Congresso precisam de senso de urgência para modificar as políticas econômicas e sociais para dar mais tranquilidade”, declarou. “Quando [os sem-terra] agem de maneira violenta, prejudicam a causa. A ocupação de propriedades, a destruição delas, é algo que prejudica o movimento”, completou.
O deputado Chico Alencar (PT-RJ) disse que “o MST precisa saber que tão importante quanto alavancar a causa é saber o tom que deve ser usado”. Segundo ele, neste momento, era preciso “recuar e fazer como Lênin dizia: “Um passo para trás para dar dois para frente”.
Na avaliação do líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), as invasões estão ocorrendo como em qualquer “outro período [governo]”. “Se houve invasão, ela deve ter sido em terra improdutiva”, disse.
Para a oposição, o governo está sendo complacente com os sem-terra. “Há uma radicalização no campo, que não sabemos onde vai terminar”, declarou o senador José Jorge (PFL-PE).
Para o líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia, há uma “crise de autoridade” no governo. “Isso mostra que não há controle no campo. A fazenda já estava invadida, e essa nova invasão é uma encenação do MST”, afirmou.
“O governo precisa de energia para acabar com essa situação. O que não pode é continuar essa situação de barbárie e sequestros. Isso é uma guerrilha que deixa o cidadão médio com medo”, disse o deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), da bancada ruralista.

Close