23/09/2003 – 11h50
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
As taxas de juros cobradas pelos bancos no cheque especial devem fechar setembro com uma queda de 20 pontos percentuais em relação a julho.
Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, os juros caíram de 173,9% pra 163,9% ao ano entre julho e agosto. Além disso, os juros devem ter caído mais 10 pontos percentuais em setembro, para 153,9% ao ano, segundo estimativas preliminares do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
Ele disse que, se confirmados os números, a taxa de setembro será a menor já registrada desde julho de 2001, quando os juros do cheque especial eram de 150% ao ano.
Selic
A redução dos juros acompanha os quatro cortes consecutivos da taxa básica da economia brasileira –a Selic. Entre junho e setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) reduziu os juros de 26,5% para 20% ao ano.
O movimento de agosto reflete ainda a queda no spread bancário (ganho das instituições com operações financeiras). Em agosto, a taxa de captação caiu de 22,5% para 21,4% ao ano e o spread passou de 32,4% para 31,3% ao ano.
Por isso, ainda de acordo com os números divulgados pelo BC, em agosto a taxa média cobrada pelos bancos caiu de 54,9% para 52,7% ao ano. Essa é a menor taxa de juros desde dezembro de 2002, quando os bancos cobravam, em média, 51% ao ano.
Crédito pessoal
As operações de crédito pessoal registraram queda de 4,2 pontos percentuais nos juros. De acordo com os dados do BC, a taxa média para essas operações passou de 91,7% para 87,5% ao ano. Para aquisição de bens, a pessoa física pagou em média juros de 45,6% ao ano, contra os 47,1% ao ano do mês anterior.
Com relação às pessoas jurídicas, a maior queda foi registrada nas operações para desconto de duplicatas (2,8 pontos percentuais). A taxa média para esse tipo de operação caiu de 54,5% para 51,7% ao ano. A conta garantida, que funciona como cheque especial das empresas, teve uma redução de 2,5 pontos percentuais na taxa de juros, somando 78% ao ano.
As operações de “hot money”, que são de curtíssimo prazo, no máximo 29 dias, registraram redução de 1,7 ponto percentual na taxa de juros, que ficou em 56,6% ao ano em agosto.
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Por Mhais• 23 de setembro de 2003• 12:27• Sem categoria
BC DIZ QUE JURO DO CHEQUE ESPECIAL CAIU 20 PONTOS PERCENTUAIS EM 2 MESES
23/09/2003 – 11h50
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
As taxas de juros cobradas pelos bancos no cheque especial devem fechar setembro com uma queda de 20 pontos percentuais em relação a julho.
Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, os juros caíram de 173,9% pra 163,9% ao ano entre julho e agosto. Além disso, os juros devem ter caído mais 10 pontos percentuais em setembro, para 153,9% ao ano, segundo estimativas preliminares do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
Ele disse que, se confirmados os números, a taxa de setembro será a menor já registrada desde julho de 2001, quando os juros do cheque especial eram de 150% ao ano.
Selic
A redução dos juros acompanha os quatro cortes consecutivos da taxa básica da economia brasileira –a Selic. Entre junho e setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) reduziu os juros de 26,5% para 20% ao ano.
O movimento de agosto reflete ainda a queda no spread bancário (ganho das instituições com operações financeiras). Em agosto, a taxa de captação caiu de 22,5% para 21,4% ao ano e o spread passou de 32,4% para 31,3% ao ano.
Por isso, ainda de acordo com os números divulgados pelo BC, em agosto a taxa média cobrada pelos bancos caiu de 54,9% para 52,7% ao ano. Essa é a menor taxa de juros desde dezembro de 2002, quando os bancos cobravam, em média, 51% ao ano.
Crédito pessoal
As operações de crédito pessoal registraram queda de 4,2 pontos percentuais nos juros. De acordo com os dados do BC, a taxa média para essas operações passou de 91,7% para 87,5% ao ano. Para aquisição de bens, a pessoa física pagou em média juros de 45,6% ao ano, contra os 47,1% ao ano do mês anterior.
Com relação às pessoas jurídicas, a maior queda foi registrada nas operações para desconto de duplicatas (2,8 pontos percentuais). A taxa média para esse tipo de operação caiu de 54,5% para 51,7% ao ano. A conta garantida, que funciona como cheque especial das empresas, teve uma redução de 2,5 pontos percentuais na taxa de juros, somando 78% ao ano.
As operações de “hot money”, que são de curtíssimo prazo, no máximo 29 dias, registraram redução de 1,7 ponto percentual na taxa de juros, que ficou em 56,6% ao ano em agosto.
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