Gazeta do Povo
IPCA deve ficar próximo dos 8,5%, já a previsão do PIB é a menor para 2003
Brasília (AF) – A trajetória de inflação prevista para este ano está bem próxima da meta ajustada de 8,5%. De acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado ontem pelo Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar 2003 em 8,9%, e não mais em 10,2% como previsto no relatório de junho.
Para 2004, as previsões também são otimistas. A projeção do BC aponta para um IPCA de 3,9% no próximo ano, contra os 4,2% previstos anteriormente. Isso significa que as estimativas do BC estão bem abaixo do centro da meta de inflação de 2004, de 5,5%, o que pode abrir espaço para novos cortes na taxa de juros Selic.
A menor projeção de inflação para 2003, segundo o relatório do BC, deve-se à menor inflação projetada para os preços livres, cuja previsão caiu de 8,6% para 7% no período. A estimativa para alta dos preços administrados (tarifas públicas e preços monitorados como a gasolina) neste ano manteve-se praticamente estável, passando de 14,1% para 14%.
Para 2004, a queda na projeção reflete, de acordo com o BC, uma projeção menor para inflação dos preços livres e também dos preços administrados. A previsão do BC para alta dos preços administrados em 2004 caiu de 8,9% para 8,3%. Para os preços livres, projeta-se uma inflação de 2,2% contra os 2,4% do relatório de junho.
PIB
Enquanto a inflação confirma, pelas expectativas do BC, a trajetória de queda, o Produto Interno Bruto (PIB) dá sinais de que terá um crescimento bastante tímido em 2003. O BC reviu a estimativa de crescimento para este ano de 1,5% para 0,6%. Essa é a menor projeção para o PIB feita pelo governo neste ano. O Ministério do Planejamento, que também reviu sua previsão, reduziu a estimativa de 1,8% para 0,98%. O Ministério da Fazenda trabalha com uma expectativa de crescimento próximo a 1%.
A previsão do BC é inferior à do próprio mercado, que prevê uma alta do PIB de 0,74% neste ano, segundo pesquisa do BC feita junto a instituições financeiras.
De acordo com o BC, essa redução na projeção do crescimento do PIB reflete os “impactos diretos e defasados no tempo da contração não antecipada de 1,6% do PIB do segundo trimestre, comparativamente ao trimestre anterior”.
O relatório de inflação ainda não traz estimativas de crescimento para 2004, o que só deve ocorrer no relatório a ser divulgado em dezembro. Essas projeções do BC levaram em conta um cenário básico, onde a taxa de juros permanece constante em 20% ao ano e a taxa de câmbio próxima ao patamar vigente na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de R$ 2,90.
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Por Mhais• 1 de outubro de 2003• 09:33• Sem categoria
BANCO CENTRAL PREVÊ CRESCIMENTO E INFLAÇÃO MENORES PARA ESTE ANO
Gazeta do Povo
IPCA deve ficar próximo dos 8,5%, já a previsão do PIB é a menor para 2003
Brasília (AF) – A trajetória de inflação prevista para este ano está bem próxima da meta ajustada de 8,5%. De acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado ontem pelo Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar 2003 em 8,9%, e não mais em 10,2% como previsto no relatório de junho.
Para 2004, as previsões também são otimistas. A projeção do BC aponta para um IPCA de 3,9% no próximo ano, contra os 4,2% previstos anteriormente. Isso significa que as estimativas do BC estão bem abaixo do centro da meta de inflação de 2004, de 5,5%, o que pode abrir espaço para novos cortes na taxa de juros Selic.
A menor projeção de inflação para 2003, segundo o relatório do BC, deve-se à menor inflação projetada para os preços livres, cuja previsão caiu de 8,6% para 7% no período. A estimativa para alta dos preços administrados (tarifas públicas e preços monitorados como a gasolina) neste ano manteve-se praticamente estável, passando de 14,1% para 14%.
Para 2004, a queda na projeção reflete, de acordo com o BC, uma projeção menor para inflação dos preços livres e também dos preços administrados. A previsão do BC para alta dos preços administrados em 2004 caiu de 8,9% para 8,3%. Para os preços livres, projeta-se uma inflação de 2,2% contra os 2,4% do relatório de junho.
PIB
Enquanto a inflação confirma, pelas expectativas do BC, a trajetória de queda, o Produto Interno Bruto (PIB) dá sinais de que terá um crescimento bastante tímido em 2003. O BC reviu a estimativa de crescimento para este ano de 1,5% para 0,6%. Essa é a menor projeção para o PIB feita pelo governo neste ano. O Ministério do Planejamento, que também reviu sua previsão, reduziu a estimativa de 1,8% para 0,98%. O Ministério da Fazenda trabalha com uma expectativa de crescimento próximo a 1%.
A previsão do BC é inferior à do próprio mercado, que prevê uma alta do PIB de 0,74% neste ano, segundo pesquisa do BC feita junto a instituições financeiras.
De acordo com o BC, essa redução na projeção do crescimento do PIB reflete os “impactos diretos e defasados no tempo da contração não antecipada de 1,6% do PIB do segundo trimestre, comparativamente ao trimestre anterior”.
O relatório de inflação ainda não traz estimativas de crescimento para 2004, o que só deve ocorrer no relatório a ser divulgado em dezembro. Essas projeções do BC levaram em conta um cenário básico, onde a taxa de juros permanece constante em 20% ao ano e a taxa de câmbio próxima ao patamar vigente na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de R$ 2,90.
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