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Por 10:04 Notícias

JURO DO CHEQUE ESPECIAL É O MENOR EM 8 ANOS

Procon-SP diz que a taxa média está em 8,34% ao mês, mas ainda há gordura para queimar
MÁRCIA DE CHIARA
A taxa média de juros do cheque especial recuou este mês para o menor nível dos últimos 8 anos, desde janeiro de 1995. No início de outubro, o juro médio do cheque especial pesquisado em 11 bancos foi de 8,34% ao mês ou 161,47% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo. A menor taxa anterior do cheque especial havia sido de 8,38% ao mês, registrada em novembro de 2000.
“Apesar da queda, ainda existe muita gordura nos juros”, observa o chefe de gabinete da diretoria da Fundação Procon-SP, Vinícius Zwarg. Ele destaca que a taxa anualizada de 161,47% é elevada do ponto de vista do consumidor, mesmo sendo a menor historicamente. Na sua avaliação, o recuo nos encargos financeiros reflete o cenário macroeconômico positivo e os cortes consecutivos da taxa básica de juros (Selic), efetuados pelo próprio governo. Além disso, com a perspectiva de novos produtos de crédito estimulados pelo governo, como os financiamentos descontados na folha de pagamento, a tendência é de que as taxas de juros continuem em queda.
No mês passado, nenhuma das 11 instituições financeiras consultadas elevou as taxas de juros no cheque especial ou no empréstimo pessoal na capital paulista. Em ambos os casos, o ritmo de queda foi menor do que havia sido no mês anterior. No começo deste mês, a média dos juros no cheque especial estava em 8,34%, uma taxa 0,16 ponto porcentual inferior ao mês anterior. Em setembro, o corte na taxa média do cheque especial havia sido 0,22 ponto porcentual na comparação com agosto.
No empréstimo pessoal, a pesquisa da Fundação Procon-SP mostra que as instituições reduziram no início deste mês em 0,23 ponto porcentual os juros ante o mês anterior. No início de outubro, os encargos nessa linha de crédito custavam 5,50% ao mês ou 90,10% ao ano. Já em setembro, o corte na taxa do empréstimo pessoal ante o mês anterior havia sido bem maior, de 0,67 ponto porcentual.
Na análise dos técnicos da Fundação Procon-SP, embora as taxas cobradas pelos bancos tenham uma correlação bastante alta com o corte da Selic, os juros cobrados do consumidor ainda não caíram significativamente para motivar a população a assumir dívidas. Essa avaliação é compartilhada pela Partner consultoria especializada em crédito. Segundo o sócio-diretor da empresa, Álvaro Musa, é preciso que haja renda e emprego, não apenas juros menores, para que o consumidor assuma novos compromissos.
Nos últimos seis meses até setembro, por exemplo, as taxas de juros médias cobradas do consumidor caíram 17,3% e os volumes emprestados recuaram 3,4% na comparação com setembro do ano passado. Em relação a agosto, a taxa média a o consumidor caiu 3,8% e os novos empréstimos cresceram apenas 0,9% em igual período. “Mesmo com mais recursos disponíveis e taxas bem inferiores, o consumidor ainda não tem confiança na manutenção do seu emprego nem renda suficiente para contrair novos empréstimos”, diz Musa.

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JURO DO CHEQUE ESPECIAL É O MENOR EM 8 ANOS

Procon-SP diz que a taxa média está em 8,34% ao mês, mas ainda há gordura para queimar

MÁRCIA DE CHIARA

A taxa média de juros do cheque especial recuou este mês para o menor nível dos últimos 8 anos, desde janeiro de 1995. No início de outubro, o juro médio do cheque especial pesquisado em 11 bancos foi de 8,34% ao mês ou 161,47% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo. A menor taxa anterior do cheque especial havia sido de 8,38% ao mês, registrada em novembro de 2000.

“Apesar da queda, ainda existe muita gordura nos juros”, observa o chefe de gabinete da diretoria da Fundação Procon-SP, Vinícius Zwarg. Ele destaca que a taxa anualizada de 161,47% é elevada do ponto de vista do consumidor, mesmo sendo a menor historicamente. Na sua avaliação, o recuo nos encargos financeiros reflete o cenário macroeconômico positivo e os cortes consecutivos da taxa básica de juros (Selic), efetuados pelo próprio governo. Além disso, com a perspectiva de novos produtos de crédito estimulados pelo governo, como os financiamentos descontados na folha de pagamento, a tendência é de que as taxas de juros continuem em queda.

No mês passado, nenhuma das 11 instituições financeiras consultadas elevou as taxas de juros no cheque especial ou no empréstimo pessoal na capital paulista. Em ambos os casos, o ritmo de queda foi menor do que havia sido no mês anterior. No começo deste mês, a média dos juros no cheque especial estava em 8,34%, uma taxa 0,16 ponto porcentual inferior ao mês anterior. Em setembro, o corte na taxa média do cheque especial havia sido 0,22 ponto porcentual na comparação com agosto.

No empréstimo pessoal, a pesquisa da Fundação Procon-SP mostra que as instituições reduziram no início deste mês em 0,23 ponto porcentual os juros ante o mês anterior. No início de outubro, os encargos nessa linha de crédito custavam 5,50% ao mês ou 90,10% ao ano. Já em setembro, o corte na taxa do empréstimo pessoal ante o mês anterior havia sido bem maior, de 0,67 ponto porcentual.

Na análise dos técnicos da Fundação Procon-SP, embora as taxas cobradas pelos bancos tenham uma correlação bastante alta com o corte da Selic, os juros cobrados do consumidor ainda não caíram significativamente para motivar a população a assumir dívidas. Essa avaliação é compartilhada pela Partner consultoria especializada em crédito. Segundo o sócio-diretor da empresa, Álvaro Musa, é preciso que haja renda e emprego, não apenas juros menores, para que o consumidor assuma novos compromissos.

Nos últimos seis meses até setembro, por exemplo, as taxas de juros médias cobradas do consumidor caíram 17,3% e os volumes emprestados recuaram 3,4% na comparação com setembro do ano passado. Em relação a agosto, a taxa média a o consumidor caiu 3,8% e os novos empréstimos cresceram apenas 0,9% em igual período. “Mesmo com mais recursos disponíveis e taxas bem inferiores, o consumidor ainda não tem confiança na manutenção do seu emprego nem renda suficiente para contrair novos empréstimos”, diz Musa.

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