fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 10:03 Notícias

PROSSEGUE A GREVE NA VOLKS E NA MERCEDES DO ABC

Roberto Samora – GloboNews.com
SÃO PAULO – A greve dos trabalhadores da Volkswagen e da Mercedes-Benz continua prejudicando nesta sexta-feira a produção nas duas montadoras de São Bernardo do Campo. Na Volks, 14.700 funcionários estão de braços cruzados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Na Mercedes, a paralisação ocorre no setor de motores e envolve 1.500 metalúrgicos, o que acaba afetando as atividades na linha de montagem de caminhões.
O problema maior é o da Volks. A paralisação atingiu as três unidades da empresa no estado de São Paulo. Além de São Bernardo, também a unidade de São Carlos foi paralisada. Com as duas fábricas paradas, não estão chegando peças e motores para a fábrica de Taubaté, onde os metalúrgicos votaram pela greve há três dias. No entanto, eles não precisaram sequer iniciar o movimento nesta quinta-feira. Sem câmbio e motor, a própria empresa colocou todos os 6.500 funcionários em licença remunerada, à exceção de estamparia e manutenção, até a próxima segunda-feira.
Na Ford do ABC, os trabalhadores decidiram retornar ao trabalho na quinta-feira porque a empresa deverá negociar separadamente com eles. Se nenhuma proposta for apresentada até as 16h desta sexta-feira, os metalúrgicos prometem parar as atividades novamente, a exemplo do que ocorreu na última quarta-feira.
Na Scania de São Bernardo, os metalúrgicos fizeram um acordo com a montadora nesta quinta-feira e decidiram voltar ao trabalho. Nessa empresa, saiu o primeiro acordo salarial para trabalhadores do ABC paulista que garante aumento real de salários. A Scania ofereceu a seus funcionários um índice de 2%, aplicados sobre os salários reajustados pela inflação integral, de 15,7%. Com isso, a partir de novembro os salários vão aumentar 18,01% e, além disso, a montadora pagará um abono de R$ 600 no dia 14.
A proposta feita pela Scania será agora referência para os funcionários de todas as montadoras, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo. Neste sábado, às 10h, os metalúrgicos realizam assembléia para avaliar o movimento grevista.
Nesta quinta-feira, o presidente do sindicato participou de reunião no Tribunal Regional do Trabalho com representantes das montadoras. Não houve, segundo Feijóo, qualquer disposição das empresas (Volks, General Motors e Mercedes) para negociar, e o TRT marcou julgamento da greve e do dissídio para a próxima terça-feira, às 17h.
O estado de São Paulo tem 660 mil metalúrgicos. Deste total, 95 mil estão no ABC. A data-base dos metalúrgicos do ABC é 1º de novembro. Os patrões concordaram com a antecipação da data-base para setembro e com a renovação das cláusulas sociais por dois anos, mas os trabalhadores lutam por aumento real de salário. As montadoras aceitaram repor a inflação integralmente, com reajuste de 15,7%, mas as empresas de autopeças querem pagar parceladamente o índice. A última greve geral que atingiu as quatro montadoras do ABC foi realizada em 2001 e durou três dias.
Na capital, os metalúrgicos ligados à Força Sindical prometem entrar em greve na segunda-feira, por empresa. São cerca de dez mil trabalhadores de companhias ligadas ao Grupo 10 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na avaliação da entidade, a paralisação poderá atingir 26 empresas no primeiro dia e só terminará quando os patrões fizerem novas propostas.

Por 10:03 Sem categoria

PROSSEGUE A GREVE NA VOLKS E NA MERCEDES DO ABC

Roberto Samora – GloboNews.com

SÃO PAULO – A greve dos trabalhadores da Volkswagen e da Mercedes-Benz continua prejudicando nesta sexta-feira a produção nas duas montadoras de São Bernardo do Campo. Na Volks, 14.700 funcionários estão de braços cruzados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Na Mercedes, a paralisação ocorre no setor de motores e envolve 1.500 metalúrgicos, o que acaba afetando as atividades na linha de montagem de caminhões.

O problema maior é o da Volks. A paralisação atingiu as três unidades da empresa no estado de São Paulo. Além de São Bernardo, também a unidade de São Carlos foi paralisada. Com as duas fábricas paradas, não estão chegando peças e motores para a fábrica de Taubaté, onde os metalúrgicos votaram pela greve há três dias. No entanto, eles não precisaram sequer iniciar o movimento nesta quinta-feira. Sem câmbio e motor, a própria empresa colocou todos os 6.500 funcionários em licença remunerada, à exceção de estamparia e manutenção, até a próxima segunda-feira.

Na Ford do ABC, os trabalhadores decidiram retornar ao trabalho na quinta-feira porque a empresa deverá negociar separadamente com eles. Se nenhuma proposta for apresentada até as 16h desta sexta-feira, os metalúrgicos prometem parar as atividades novamente, a exemplo do que ocorreu na última quarta-feira.

Na Scania de São Bernardo, os metalúrgicos fizeram um acordo com a montadora nesta quinta-feira e decidiram voltar ao trabalho. Nessa empresa, saiu o primeiro acordo salarial para trabalhadores do ABC paulista que garante aumento real de salários. A Scania ofereceu a seus funcionários um índice de 2%, aplicados sobre os salários reajustados pela inflação integral, de 15,7%. Com isso, a partir de novembro os salários vão aumentar 18,01% e, além disso, a montadora pagará um abono de R$ 600 no dia 14.

A proposta feita pela Scania será agora referência para os funcionários de todas as montadoras, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo. Neste sábado, às 10h, os metalúrgicos realizam assembléia para avaliar o movimento grevista.

Nesta quinta-feira, o presidente do sindicato participou de reunião no Tribunal Regional do Trabalho com representantes das montadoras. Não houve, segundo Feijóo, qualquer disposição das empresas (Volks, General Motors e Mercedes) para negociar, e o TRT marcou julgamento da greve e do dissídio para a próxima terça-feira, às 17h.

O estado de São Paulo tem 660 mil metalúrgicos. Deste total, 95 mil estão no ABC. A data-base dos metalúrgicos do ABC é 1º de novembro. Os patrões concordaram com a antecipação da data-base para setembro e com a renovação das cláusulas sociais por dois anos, mas os trabalhadores lutam por aumento real de salário. As montadoras aceitaram repor a inflação integralmente, com reajuste de 15,7%, mas as empresas de autopeças querem pagar parceladamente o índice. A última greve geral que atingiu as quatro montadoras do ABC foi realizada em 2001 e durou três dias.

Na capital, os metalúrgicos ligados à Força Sindical prometem entrar em greve na segunda-feira, por empresa. São cerca de dez mil trabalhadores de companhias ligadas ao Grupo 10 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na avaliação da entidade, a paralisação poderá atingir 26 empresas no primeiro dia e só terminará quando os patrões fizerem novas propostas.

Close