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Força-tarefa do INSS suspeita que 30 mil benefícios estejam sendo fraudados
Brasília – O Ministério da Previdência vai suspender o pagamento da aposentadoria de 105 mil idosos com mais de 90 anos e que recebam o benefício há mais de 30 anos. A medida, tomada na segunda-feira, foi justificada por indícios, levantados pelas forças-tarefas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), de que 30 mil desses pagamentos poderiam estar sendo fraudados.
Para comprovar que não estão roubando a Previdência, os idosos terão que comparecer a uma agência do INSS.
Foi feita uma exceção para aqueles que não possam mais se locomover. Nesses casos, o procurador legal, que recebe o dinheiro do aposentado, terá que comparecer à agência para informar que seu parente está vivo. Um funcionário do INSS se dirigirá, então, à casa do beneficiário para confirmar que ele não morreu. Segundo o Ministério, ao confirmar que o pagamento não está sendo fraudado, o desbloqueio poderá ser feito em até 72 horas.
A Previdência suspeita que pessoas com procurações passadas por idosos não tenham informado a morte de seus parentes e continuem recebendo os pagamentos.
Dos 105 mil idosos que terão seu pagamento suspenso pelo INSS, 23 mil são do Rio de Janeiro. O senador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ) fez um discurso no Senado denunciando a suspensão e ameaçando entrar na Justiça contra a decisão.
“É uma desumanidade, uma mistura de covardia com burrice. Essas pessoas estão numa fase muito delicada da vida, não podem ser tratadas dessa maneira”, disse o senador.
Cabral espera que o ministério volte atrás até sexta-feira. Ele quer que o governo faça um recadastramento, de preferência deslocando funcionários para que procurem os beneficiários.
Na nota que anunciou a medida, o Ministério da Previdência Social diz que está “cumprindo seu dever junto aos brasileiros e brasileiras que almejam um sistema justo, eficiente e seguro”.