fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 12:40 Notícias

BANCÁRIAS TÊM CURSO SUPERIOR, MAS CONTINUAM GANHANDO MENOS

(São Paulo) Nos bancos, as mulheres estão em desvantagem. O machismo prevalece, e as mulheres estudam mais, mas continuam ganhando menos. As instituições financeiras não praticam a “Responsabilidade Social” que divulgam porque não oferecem as mesmas oportunidades de trabalho. As mulheres são prejudicadas. É o que prova o trabalho do Dieese – subseção CNB CUT/SP – intitulado “As Mulheres nos Bancos”.
Elas concentram a maioria dos diplomas universitários: 54%. Mesmo assim continuam recebendo menos. O rendimento médio das mulheres é inferior ao dos homens em seis capitais brasileiras. Os homens ganham, em média, em Belo Horizonte R$ 761, enquanto as mulheres, R$ 480. Em São Paulo, eles ganham em torno de R$ 1.079 e elas, R$ 691. No Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador, os números não são diferentes.
Segundo o Dieese, isso pode ser explicado pela segregação ocupacional e pelo menor acesso a cargos de chefia e supervisão. De acordo com a diretora de Políticas Sociais da CNB, Neide Aparecida Fonseca, o nível educacional das mulheres não é aproveitado. “Os bancos não dão oportunidade que as mulheres deveriam ter, conforme o grau de estudo”, esclarece. Para Neide, a Responsabilidade Social divulgada pelos bancos aos públicos externos realmente não é praticada com o público interno. “Isso pode ser constado no estudo do Dieese”, comenta.
Pesquisa elaborada pelo Instituto Ethos nas maiores empresas brasileiras em 2002, demonstrou que a presença de mulheres nas empresas é menor quanto mais elevado é o nível hierárquico. Nessas empresas, 35% das mulheres estão no quadro funcional, 28% no quadro de supervisão, chefia e coordenação, 18% no quadro de gerência e 9% no quadro executivo.
Nos bancos as funções ditas “de confiança”, cuja remuneração é maior, exigem 40 horas semanais. As mulheres também estão alijadas desse processo. Elas estão concentradas (53%) nas jornadas de até 30 horas semanais. Já os homens (54%) ocupam cargos, como as gerências, que exigem 40 horas semanais.
O prestígio ainda continua ao lado dos homens. Somente 4,8% das mulheres ocupam cargos de diretoria, enquanto os homens representam 95,2% desses postos. Os homens representam 65,4% das gerências, chefias, supervisões; enquanto as mulheres 34,6%. Para a economista da subseção do Dieese, Ioná dos Santos, questões culturais e sociológicas podem explicar essa desigualdade de oportunidades. “Esses dados comprovam que ainda predomina a ideologia de que a mulher deve ‘cuidar da casa’ na sociedade brasileira”, afirma.
Notícia colhida no sítio www.cnbcut.com.br.

Por 12:40 Sem categoria

BANCÁRIAS TÊM CURSO SUPERIOR, MAS CONTINUAM GANHANDO MENOS

(São Paulo) Nos bancos, as mulheres estão em desvantagem. O machismo prevalece, e as mulheres estudam mais, mas continuam ganhando menos. As instituições financeiras não praticam a “Responsabilidade Social” que divulgam porque não oferecem as mesmas oportunidades de trabalho. As mulheres são prejudicadas. É o que prova o trabalho do Dieese – subseção CNB CUT/SP – intitulado “As Mulheres nos Bancos”.

Elas concentram a maioria dos diplomas universitários: 54%. Mesmo assim continuam recebendo menos. O rendimento médio das mulheres é inferior ao dos homens em seis capitais brasileiras. Os homens ganham, em média, em Belo Horizonte R$ 761, enquanto as mulheres, R$ 480. Em São Paulo, eles ganham em torno de R$ 1.079 e elas, R$ 691. No Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador, os números não são diferentes.

Segundo o Dieese, isso pode ser explicado pela segregação ocupacional e pelo menor acesso a cargos de chefia e supervisão. De acordo com a diretora de Políticas Sociais da CNB, Neide Aparecida Fonseca, o nível educacional das mulheres não é aproveitado. “Os bancos não dão oportunidade que as mulheres deveriam ter, conforme o grau de estudo”, esclarece. Para Neide, a Responsabilidade Social divulgada pelos bancos aos públicos externos realmente não é praticada com o público interno. “Isso pode ser constado no estudo do Dieese”, comenta.

Pesquisa elaborada pelo Instituto Ethos nas maiores empresas brasileiras em 2002, demonstrou que a presença de mulheres nas empresas é menor quanto mais elevado é o nível hierárquico. Nessas empresas, 35% das mulheres estão no quadro funcional, 28% no quadro de supervisão, chefia e coordenação, 18% no quadro de gerência e 9% no quadro executivo.

Nos bancos as funções ditas “de confiança”, cuja remuneração é maior, exigem 40 horas semanais. As mulheres também estão alijadas desse processo. Elas estão concentradas (53%) nas jornadas de até 30 horas semanais. Já os homens (54%) ocupam cargos, como as gerências, que exigem 40 horas semanais.

O prestígio ainda continua ao lado dos homens. Somente 4,8% das mulheres ocupam cargos de diretoria, enquanto os homens representam 95,2% desses postos. Os homens representam 65,4% das gerências, chefias, supervisões; enquanto as mulheres 34,6%. Para a economista da subseção do Dieese, Ioná dos Santos, questões culturais e sociológicas podem explicar essa desigualdade de oportunidades. “Esses dados comprovam que ainda predomina a ideologia de que a mulher deve ‘cuidar da casa’ na sociedade brasileira”, afirma.

Notícia colhida no sítio www.cnbcut.com.br.

Close