O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, defendeu nesta segunda-feira (29/03) a redução da utilização da hora-extra pelos empresários como mecanismo para elevação do nível de emprego. Para ele, a redução da hora-extra é tão importante quanto a redução da jornada semanal de trabalho. A posição do ministro foi externada durante debate sobre a reforma sindical, promovido pela rádio CBN, que aconteceu na sede da Força Sindical, em São Paulo. Além de Berzoini, participaram do evento o secretário nacional de Organização da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o vice-presidente da Fiesp, Nildo Masini, e o professor da USP, José Afonso Pastore. O debate foi mediado pelo jornalista Heródoto Barbeiro.
Segundo o ministro, há uma tendência em todo o planeta de reduzir a jornada de trabalho. “Mas há uma questão mais emergencial e que precisa ser discutida: o uso da hora-extra. Há um excesso de hora- extra no Brasil”, disse, afirmando que chamará empresários e trabalhadores para discutir mecanismos de redução das horas-extras. No entanto, Berzoini ressaltou que a elevação do nível de emprego depende da superação do impasse econômico e da retomada do crescimento da atividade produtiva no Brasil.
A reforma sindical
A sustentação financeira das entidades e a representação sindical no local de trabalho foram os dois focos principais do debate. “A reforma vai acabar com o encastelamento das direções sindicais e fará com que as entidades realmente sejam representativas para poder sobreviver”, enfatizou o secretário nacional de Organização da CUT, lembrando que nos próximos dias 5 e 6 a Comissão de Sistematização do Fórum Nacional do Trabalho deverá concluir o texto da reforma para envio, ainda no mês de abril, ao Congresso Nacional.
Artur rebateu, ainda durante o debate, o posicionamento de Nildo Masini e de Pastore, quanto à necessidade de se reduzir direitos trabalhistas como mecanismo de garantir empregos. Ele lembrou o exemplo da flexibilização dos direitos trabalhistas – medida adotada no governo FHC – que não trouxe nenhum resultado concreto para a geração de empregos. O dirigente cutista reiterou ainda a posição da Central de que, na reforma trabalhista, os direitos dos trabalhadores sejam mantidos e até ampliados. “O foco da discussão dos custos das empresas deve ser outro. Este debate é fiscal, tributário, e não trabalhista”, afirmou Artur.
Solange do Espírito Santo
Notícia colhida no sítio www.cut.org.br.
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Por Mhais• 29 de março de 2004• 17:27• Sem categoria
BERZOINI DEFENDE CONTROLE DE HORAS-EXTRAS EM DEBATE NA RÁDIO CBN
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, defendeu nesta segunda-feira (29/03) a redução da utilização da hora-extra pelos empresários como mecanismo para elevação do nível de emprego. Para ele, a redução da hora-extra é tão importante quanto a redução da jornada semanal de trabalho. A posição do ministro foi externada durante debate sobre a reforma sindical, promovido pela rádio CBN, que aconteceu na sede da Força Sindical, em São Paulo. Além de Berzoini, participaram do evento o secretário nacional de Organização da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o vice-presidente da Fiesp, Nildo Masini, e o professor da USP, José Afonso Pastore. O debate foi mediado pelo jornalista Heródoto Barbeiro.
Segundo o ministro, há uma tendência em todo o planeta de reduzir a jornada de trabalho. “Mas há uma questão mais emergencial e que precisa ser discutida: o uso da hora-extra. Há um excesso de hora- extra no Brasil”, disse, afirmando que chamará empresários e trabalhadores para discutir mecanismos de redução das horas-extras. No entanto, Berzoini ressaltou que a elevação do nível de emprego depende da superação do impasse econômico e da retomada do crescimento da atividade produtiva no Brasil.
A reforma sindical
A sustentação financeira das entidades e a representação sindical no local de trabalho foram os dois focos principais do debate. “A reforma vai acabar com o encastelamento das direções sindicais e fará com que as entidades realmente sejam representativas para poder sobreviver”, enfatizou o secretário nacional de Organização da CUT, lembrando que nos próximos dias 5 e 6 a Comissão de Sistematização do Fórum Nacional do Trabalho deverá concluir o texto da reforma para envio, ainda no mês de abril, ao Congresso Nacional.
Artur rebateu, ainda durante o debate, o posicionamento de Nildo Masini e de Pastore, quanto à necessidade de se reduzir direitos trabalhistas como mecanismo de garantir empregos. Ele lembrou o exemplo da flexibilização dos direitos trabalhistas – medida adotada no governo FHC – que não trouxe nenhum resultado concreto para a geração de empregos. O dirigente cutista reiterou ainda a posição da Central de que, na reforma trabalhista, os direitos dos trabalhadores sejam mantidos e até ampliados. “O foco da discussão dos custos das empresas deve ser outro. Este debate é fiscal, tributário, e não trabalhista”, afirmou Artur.
Solange do Espírito Santo
Notícia colhida no sítio www.cut.org.br.
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