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BANCÁRIOS DA AMÉRICA LATINA REALIZAM MANIFESTAÇÕES

Os bancários de toda a América Latina realizam atividades nesta quarta-feira, dia 5/05, nos bancos estrangeiros, ABN Amro, HSBC e Santander, para protestarem contra as demissões e cobrar mais responsabilidade social destas instituições.

As atividades, denominadas Jornada Continental de Luta, visam fortalecer a Campanha lançada pela Confederação Nacional dos Bancários, CNB/CUT em dezembro do ano passado que tem como tem: Demissão tem Cara, Responsabilidade Social se Faz com Emprego. Na Jornada, o mote é ampliado para “Responsabilidade Social se Faz com emprego. Contra as demissões nos bancos estrangeiros”.

Os sindicatos de todo o Brasil deverão realizar atividades de protesto nesse dia. Para a Jornada Continental de Luta, a CNB elaborou um material que será distribuído pelos sindicatos em todas as agências.

Em São Paulo, o Sindicato dos Bancários promoverá distribuição do material na matriz do Banco ABN Real, na avenida Paulista e no Centro Administrativo Santander em Santo Amaro. As demais agências dos bancos estrangeiros também receberão o material.

Demissões

De acordo com levantamentos da CNB/CUT, os bancos estrangeiros têm demitido milhares de funcionários a cada ano, principalmente a cada aquisição/incorporação. O ABN Amro, que adquiriu em 2003, o Sudameris, o 9º maior banco privado do país e engloba as empresas: ABN Amro Bank, Banco Real, ABN Amro Asset Management, Bandepe, Real Seguros e Sudameris. Após a aquisição do Sudameris, foram demitidos cerca de 1.500 bancários.

No Santander, as demissões chegaram a 14 mil nos últimos seis anos. Em todo o Grupo Santander, que envolve Santander Banespa, Santander Meridional e Santander Brasil, foram demitidos 600 bancários em 2004. A maioria das demissões ocorreram no Santander Banespa.

“No debate sobre responsabilidade social, os bancos têm que incorporar em sua política o diálogo, a inclusão e a participação dos trabalhadores e sindicatos na elaboração e desenvolvimento das ações sociais, possibilitando garantir assim o verdadeiro caráter de responsabilidade social aos bancos’, destaca o secretário de Relações Internacionais da CNB/CUT, Ricardo Jacques.

A participação dos estrangeiros

Os bancos estrangeiros representam 27,38% dos Ativos Totais do segmento bancário, no entanto, só são responsáveis por 16,7% do emprego entre os 50 maiores bancos. No setor privado nacional, esta relação é de 36,9% dos ativos e 27,8%.

Em relação aos depósitos do segmento bancário, os bancos estrangeiros participam com 19,82% e os privados nacionais 36,60%. Esta relação tem sido crescente nos últimos anos. Em 1997, eram responsáveis por apenas 7,54%, contra os 19% em 2002. O setor privado nacional manteve a média, com 32,85% em 1997, contra 36,60 em 2002.

O lucro do ABN no Brasil representou 13,35% do retorno total da instituição no mundo. Para o Santander, o Brasil foi responsável por 24,5% do lucro global. Já o lucro do HSBC foi de US$ 62,5 milhões e o lucro mundial foi de US$ 6 bi, então a participação do lucro Brasil no total foi de 2%.

Meire Bicudo – CNB/CUT

Por 12:35 Notícias

BANCÁRIOS DA AMÉRICA LATINA REALIZAM MANIFESTAÇÕES

Os bancários de toda a América Latina realizam atividades nesta quarta-feira, dia 5/05, nos bancos estrangeiros, ABN Amro, HSBC e Santander, para protestarem contra as demissões e cobrar mais responsabilidade social destas instituições.
As atividades, denominadas Jornada Continental de Luta, visam fortalecer a Campanha lançada pela Confederação Nacional dos Bancários, CNB/CUT em dezembro do ano passado que tem como tem: Demissão tem Cara, Responsabilidade Social se Faz com Emprego. Na Jornada, o mote é ampliado para “Responsabilidade Social se Faz com emprego. Contra as demissões nos bancos estrangeiros”.
Os sindicatos de todo o Brasil deverão realizar atividades de protesto nesse dia. Para a Jornada Continental de Luta, a CNB elaborou um material que será distribuído pelos sindicatos em todas as agências.
Em São Paulo, o Sindicato dos Bancários promoverá distribuição do material na matriz do Banco ABN Real, na avenida Paulista e no Centro Administrativo Santander em Santo Amaro. As demais agências dos bancos estrangeiros também receberão o material.
Demissões
De acordo com levantamentos da CNB/CUT, os bancos estrangeiros têm demitido milhares de funcionários a cada ano, principalmente a cada aquisição/incorporação. O ABN Amro, que adquiriu em 2003, o Sudameris, o 9º maior banco privado do país e engloba as empresas: ABN Amro Bank, Banco Real, ABN Amro Asset Management, Bandepe, Real Seguros e Sudameris. Após a aquisição do Sudameris, foram demitidos cerca de 1.500 bancários.
No Santander, as demissões chegaram a 14 mil nos últimos seis anos. Em todo o Grupo Santander, que envolve Santander Banespa, Santander Meridional e Santander Brasil, foram demitidos 600 bancários em 2004. A maioria das demissões ocorreram no Santander Banespa.
“No debate sobre responsabilidade social, os bancos têm que incorporar em sua política o diálogo, a inclusão e a participação dos trabalhadores e sindicatos na elaboração e desenvolvimento das ações sociais, possibilitando garantir assim o verdadeiro caráter de responsabilidade social aos bancos’, destaca o secretário de Relações Internacionais da CNB/CUT, Ricardo Jacques.
A participação dos estrangeiros
Os bancos estrangeiros representam 27,38% dos Ativos Totais do segmento bancário, no entanto, só são responsáveis por 16,7% do emprego entre os 50 maiores bancos. No setor privado nacional, esta relação é de 36,9% dos ativos e 27,8%.
Em relação aos depósitos do segmento bancário, os bancos estrangeiros participam com 19,82% e os privados nacionais 36,60%. Esta relação tem sido crescente nos últimos anos. Em 1997, eram responsáveis por apenas 7,54%, contra os 19% em 2002. O setor privado nacional manteve a média, com 32,85% em 1997, contra 36,60 em 2002.
O lucro do ABN no Brasil representou 13,35% do retorno total da instituição no mundo. Para o Santander, o Brasil foi responsável por 24,5% do lucro global. Já o lucro do HSBC foi de US$ 62,5 milhões e o lucro mundial foi de US$ 6 bi, então a participação do lucro Brasil no total foi de 2%.
Meire Bicudo – CNB/CUT

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