Governo Federal anuncia:
Taxa de fumantes é maior no Sul
Curitiba é a 2.ª cidade no número de viciados
Brasília (das agências) – A maior proporção de fumantes regulares está nas cidades do Sul – Porto Alegre (25,2%), Curitiba (21,5%) e Florianópolis (21,4%). Este dado foi revelado por duas pesquisas divulgadas ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), durante comemorações do Dia Mundial sem Tabaco.
O levantamento concluiu que o brasileiro está fumando menos nos últimos 15 anos, mas o consumo de cigarros por jovens é considerado preocupante. Estes foram alguns resultados apontados
O índice de fumantes varia entre 12% e 25% em todo o país. Em 1989, último dado disponível, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou em 31,7% o mesmo índice.
Foi revelado também que a maior parte dos fumantes é homem e tem até sete anos de escolaridade.
Foram entrevistadas 23.457 pessoas em 16 capitais. Já a outra pesquisa, feita com a colaboração da Organização Mundial da Saúde (OMS), traz a taxa entre alunos de 7.ª e 8.ª séries do fundamental e do 1.º ano do ensino médio de escolas públicas e particulares de 12 capitais.
Tratamento
Todo brasileiro que quiser parar de fumar terá acesso a tratamento e medicamentos inteiramente custeados pelo governo federal. Ontem, o Ministério da Saúde publicou uma portaria incluindo no Sistema Único de Saúde (SUS) o suporte completo para o fumante abandonar o vício: adesivos e gomas de mascar de nicotina, para substituir a dose mínima da substância em quadros de crise de abstinência, e um antidepressivo à base de bupropiona, usado para auxiliar no abandono do fumo.
Os postos de saúde também terão à disposição do fumante um programa de psicoterapia em grupo com profissionais treinados pelo Inca, no Rio de Janeiro. A portaria é parte da meta do governo de dar prioridade máxima à luta contra o cigarro.
Ontem, no fórum da Organização Pan-americana da Saúde (Opas) de combate ao tabagismo, em Brasília, o ministro da Saúde, Humberto Costa, anunciou que serão gastos R$ 5,6 milhões neste ano para adequar o SUS aos novos serviços oferecidos.
fonte: Gazeta do Povo