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Denúncias sobre BC e BB dominarão discussões no Congresso

Brasília – As denúncias de suposta sonegação fiscal e evasão de divisas envolvendo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, vão monopolizar as discussões nesta semana em que o Congresso volta aos trabalhos depois do recesso de julho. A oposição anunciou que vai cobrar do governo explicações para os dois casos. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que não é caso para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nova, porque os fatos poderão ser investigados pela CPI do Banestado, já em andamento.
Ele, no entanto, considera que Meirelles terá de ir ao Congresso dar explicações sobre as denúncias. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), considerou que a permanência de Casseb na presidência do BB compromete o valor das ações do banco. Ele ressaltou que até agora não está satisfeito com as explicações apresentadas pelos dois dirigentes. Casseb também é alvo da oposição pelo fato de o BB ter gasto R$ 70 mil na compra de ingressos para um show em benefício do PT.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), vai decidir amanhã se convida Meirelles, para prestar esclarecimento na comissão sobre as denúncias de suposta sonegação fiscal.
Votações podem ser prejudicadas
As denúncias envolvendo Meirelles e Casseb ainda poderão atrapalhar a votação de projetos durante a próxima semana, quando está previsto o esforço concentrado na Câmara e no Senado. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), prevê muita dificuldade em manter a pauta de votação.
“A oposição vai querer retomar o assunto delegacia de polícia”, afirmou. “Quando entra nessa lógica, há muita dificuldade para focar nas votações. Tudo é motivo para obstruir, para não conversar, para desviar o foco”, completou a senadora, que, apesar de ressaltar a dificuldade, tentará reunir os líderes partidários nesta semana para tentar traçar a pauta de votações da semana que vem.
Demissão não afetaria
estabilidade econômica, diz Virgílio
O líder do PFL, José Agripino, afirmou que não cabe ao partido pedir a demissão do presidente do BC. “Vamos deixar para o governo a tarefa de demitir ou não Meirelles ou assumir a culpa”, disse Agripino. Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que a oposição está cumprindo o seu papel de cobrar explicações do presidente do BC. Segundo Virgílio, o governo não pode acusar a oposição de estar querendo desestabilizar o País, porque uma eventual demissão de Meirelles não afetaria a estabilidade econômica.
Para Virgílio, uma eventual mudança poderá ser feita “serenamente”, como foi a substituição do diretor de Política Monetária, Luiz Augusto Candiota, que deixou o cargo depois de denúncia de suposta sonegação fiscal e evasão de divisas. “Eles estão em posição incômoda. As autoridades econômicas têm de estar acima de futricas, serem auto-explicativas, e não precisar ficar se justificando, para termos um pouco de paz”, afirmou Virgílio.
Denise Madueño
Fonte: Estadão

Por 10:26 Sem categoria

Denúncias sobre BC e BB dominarão discussões no Congresso

Brasília – As denúncias de suposta sonegação fiscal e evasão de divisas envolvendo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, vão monopolizar as discussões nesta semana em que o Congresso volta aos trabalhos depois do recesso de julho. A oposição anunciou que vai cobrar do governo explicações para os dois casos. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que não é caso para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nova, porque os fatos poderão ser investigados pela CPI do Banestado, já em andamento.

Ele, no entanto, considera que Meirelles terá de ir ao Congresso dar explicações sobre as denúncias. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), considerou que a permanência de Casseb na presidência do BB compromete o valor das ações do banco. Ele ressaltou que até agora não está satisfeito com as explicações apresentadas pelos dois dirigentes. Casseb também é alvo da oposição pelo fato de o BB ter gasto R$ 70 mil na compra de ingressos para um show em benefício do PT.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), vai decidir amanhã se convida Meirelles, para prestar esclarecimento na comissão sobre as denúncias de suposta sonegação fiscal.

Votações podem ser prejudicadas

As denúncias envolvendo Meirelles e Casseb ainda poderão atrapalhar a votação de projetos durante a próxima semana, quando está previsto o esforço concentrado na Câmara e no Senado. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), prevê muita dificuldade em manter a pauta de votação.

“A oposição vai querer retomar o assunto delegacia de polícia”, afirmou. “Quando entra nessa lógica, há muita dificuldade para focar nas votações. Tudo é motivo para obstruir, para não conversar, para desviar o foco”, completou a senadora, que, apesar de ressaltar a dificuldade, tentará reunir os líderes partidários nesta semana para tentar traçar a pauta de votações da semana que vem.

Demissão não afetaria
estabilidade econômica, diz Virgílio

O líder do PFL, José Agripino, afirmou que não cabe ao partido pedir a demissão do presidente do BC. “Vamos deixar para o governo a tarefa de demitir ou não Meirelles ou assumir a culpa”, disse Agripino. Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que a oposição está cumprindo o seu papel de cobrar explicações do presidente do BC. Segundo Virgílio, o governo não pode acusar a oposição de estar querendo desestabilizar o País, porque uma eventual demissão de Meirelles não afetaria a estabilidade econômica.

Para Virgílio, uma eventual mudança poderá ser feita “serenamente”, como foi a substituição do diretor de Política Monetária, Luiz Augusto Candiota, que deixou o cargo depois de denúncia de suposta sonegação fiscal e evasão de divisas. “Eles estão em posição incômoda. As autoridades econômicas têm de estar acima de futricas, serem auto-explicativas, e não precisar ficar se justificando, para termos um pouco de paz”, afirmou Virgílio.

Denise Madueño
Fonte: Estadão

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