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Assembléia aprova carta ao Presidente

Na assembléia de ontem, os bancários de Curitiba aprovaram a carta abaixo, que será encaminhada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região à Presidência da República.

Curitiba, 30 de setembro de 2004.

Ao Presidente da República

Sr. Luiz Inácio Lula da Silva
U R G E N T E

Senhor Presidente,

Registramos nossa estranheza quanto à indiferença das autoridades governamentais, em relação ao impasse instalado na campanha salarial da categoria dos bancários, pela intransigência dos banqueiros, representados pela FENABAN, pelo que manifestamos nosso repúdio e, mais recentemente, pela interferência tendenciosa do poder judiciário, que vem atropelar o processo negocial, que é o motivo da nossa luta.

A proposta apresentada como definitiva pela FENABAN aos representantes da categoria foi rejeitada nas assembléias, que são o foro legítimo e soberano e que considerou insuficientes os índices apresentados pelos banqueiros, levando em conta os seus lucros escandalosos, em contraste com as perdas que a categoria vem acumulando, apesar de superar todas as metas patronais, a custo de muito suor e insano estresse. Após aquela data – e até hoje – os “patrões” não apresentaram qualquer item para negociação.

Acreditamos que a esse governo democrático, construído a partir da luta da classe trabalhadora, caberia uma participação decisiva, na solução desse impasse, principalmente porque detém o controle de dois dos maiores Bancos envolvidos nessa campanha – justamente onde há a maior defasagem salarial. Pela assinatura do pré-acordo, o BB e a CEF assumiram o compromisso de aplicar as cláusulas econômicas da FENABAN, mas esta não tem compromisso com os índices eventualmente oferecidos pelos Bancos federais. Ou seja: o pré-acordo garante, no mínimo, o índice da FENABAN, mas não impede que os Bancos federais apresentem propostas econômicas específicas.

É verdade que a maior defasagem ocorreu no governo anterior – que conseguiu desarticular a luta da classe trabalhadora; mas o resultado foi a queda daquele governo, quando os trabalhadores deram um voto de confiança (e esperança) ao atual Governo. Uma eventual apresentação de cláusulas econômicas na pauta específica não implica em rompimento com a campanha unificada – pelo contrário, serviria como exemplo para os bancos privados e, em último caso, se não seguido por estes, representaria apenas a correção de uma parte da distorção havida nos últimos anos.

Temos claro que esta é uma grande oportunidade de o atual Governo demonstrar seu real compromisso com a classe trabalhadora, que o elegeu, determinando que a Direção do BB e da Caixa chamem os representantes dos funcionários para negociar a pauta própria, incluindo itens econômicos. Caso isso não aconteça, perdura o impasse e perdemos todos: além do inevitável transtorno à sociedade, haverá total desgaste da relação entre bancos e empregados, enfraquecimento dos sindicatos e das categorias trabalhadoras e conseqüentemente, um grande desgaste político do atual Governo.

Agradecemos pela atenção e providências.

Bancários de Curitiba e Região.

Por 11:47 Notícias

Assembléia aprova carta ao Presidente

Na assembléia de ontem, os bancários de Curitiba aprovaram a carta abaixo, que será encaminhada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região à Presidência da República.
Curitiba, 30 de setembro de 2004.
Ao Presidente da República
Sr. Luiz Inácio Lula da Silva
U R G E N T E
Senhor Presidente,
Registramos nossa estranheza quanto à indiferença das autoridades governamentais, em relação ao impasse instalado na campanha salarial da categoria dos bancários, pela intransigência dos banqueiros, representados pela FENABAN, pelo que manifestamos nosso repúdio e, mais recentemente, pela interferência tendenciosa do poder judiciário, que vem atropelar o processo negocial, que é o motivo da nossa luta.
A proposta apresentada como definitiva pela FENABAN aos representantes da categoria foi rejeitada nas assembléias, que são o foro legítimo e soberano e que considerou insuficientes os índices apresentados pelos banqueiros, levando em conta os seus lucros escandalosos, em contraste com as perdas que a categoria vem acumulando, apesar de superar todas as metas patronais, a custo de muito suor e insano estresse. Após aquela data – e até hoje – os “patrões” não apresentaram qualquer item para negociação.
Acreditamos que a esse governo democrático, construído a partir da luta da classe trabalhadora, caberia uma participação decisiva, na solução desse impasse, principalmente porque detém o controle de dois dos maiores Bancos envolvidos nessa campanha – justamente onde há a maior defasagem salarial. Pela assinatura do pré-acordo, o BB e a CEF assumiram o compromisso de aplicar as cláusulas econômicas da FENABAN, mas esta não tem compromisso com os índices eventualmente oferecidos pelos Bancos federais. Ou seja: o pré-acordo garante, no mínimo, o índice da FENABAN, mas não impede que os Bancos federais apresentem propostas econômicas específicas.
É verdade que a maior defasagem ocorreu no governo anterior – que conseguiu desarticular a luta da classe trabalhadora; mas o resultado foi a queda daquele governo, quando os trabalhadores deram um voto de confiança (e esperança) ao atual Governo. Uma eventual apresentação de cláusulas econômicas na pauta específica não implica em rompimento com a campanha unificada – pelo contrário, serviria como exemplo para os bancos privados e, em último caso, se não seguido por estes, representaria apenas a correção de uma parte da distorção havida nos últimos anos.
Temos claro que esta é uma grande oportunidade de o atual Governo demonstrar seu real compromisso com a classe trabalhadora, que o elegeu, determinando que a Direção do BB e da Caixa chamem os representantes dos funcionários para negociar a pauta própria, incluindo itens econômicos. Caso isso não aconteça, perdura o impasse e perdemos todos: além do inevitável transtorno à sociedade, haverá total desgaste da relação entre bancos e empregados, enfraquecimento dos sindicatos e das categorias trabalhadoras e conseqüentemente, um grande desgaste político do atual Governo.
Agradecemos pela atenção e providências.
Bancários de Curitiba e Região.

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