SÃO PAULO – A Caixa Econômica Federal vai ampliar os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) destinados ao financiamento da casa própria. Até o final do ano, serão disponibilizados R$ 1,3 bilhão para atendimento a qualquer uma das linhas de financiamento da Carta de Crédito – FGTS, seja para imóveis novos, usados, na planta ou para material de construção. A medida foi anunciada nesta quinta-feira, dia 28.
O objetivo principal da CEF é consolidar a recuperação da construção civil, que vem apresentando sinais claros de crescimento na demanda de insumos e empregos. Para se ter uma idéia desse crescimento, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o consumo de cimento cresceu 4,5% no terceiro trimestre, enquanto dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), apontam para a criação de 8,7% novas vagas para trabalhadores em relação a 2003.
Novidades no crédito imobiliário
A Caixa anunciou ainda novidades no crédito imobiliário para diversas classes de renda. Para a população de menor poder aquisitivo, uma nova linha de financiamento trará R$ 1 bilhão em recursos. Para dezembro, está previsto às famílias com renda de até R$ 1.560,00 (seis salários mínimos), o acesso a imóvel na planta a preço de custo, e juros de 6% ao ano. Há ainda R$ 500 milhões em recursos da própria CEF, que serão oferecidos para a classe média, a juros mais baixos, para financiar imóveis novos e usados.
As novas modalidades de financiamento de material de construção irão utilizar recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), e o cliente poderá financiar suas compras por meio de cartão de crédito, ou nas próprias lojas de material de construção, da mesma forma que funciona a linha Construcard.
Quota máxima dos financiamentos
Já em novembro, mutuários e construtoras serão beneficiados com a linha de Apoio à Produção Imobiliária, que irá disponibilizar financiamento direto às empresas da construção civil. Essa linha deve facilitar a vida do mutuário que pagará encargos, em média, 20% menores durante o período de construção.
Segundo a Caixa, graças a esses recursos foi possível concretizar algumas mudanças nas quotas máximas de empréstimo de várias linhas, que agora podem chegar a 90% em alguns casos. Além disto, o prazo de amortização pôde ser ampliado para 240 meses, assim como os juros da Carta de Crédito Caixa também foram reduzidos.
Fonte: UOL – Rodrigo Turrer